sexta-feira, 20 de abril de 2012

Os Poemas Possíveis, 25 dias, 25 poemas





José Saramago.
Eis o autor do poema de hoje.
Escritor que só o seu nome carrega toda uma vasta, complexa e maravilhosa Literatura, Literatura essa que é um universo imenso.
Prémio Camões em 1995 (maior prémio Literário nacional); Prémio Nobel da Literatura em 1998, autor de inúmeros romances, ensaísta, dramaturgo, jornalista, serralheiro mecânico, entre tantas outras coisas que fez, foi, faz e ainda é.
José Saramago era membro do Partido Comunista, mas é importante notar que o seu primeiro partido foi sempre a Justiça, a Igualdade, no fundo, a Humanidade.
José Saramago é o exemplo de como a Arte é uma forma de engrandecer a Política, mas a Política não se deve servir da Arte como mero objecto. A Arte deve e tem de ser o espelho de tudo aquilo que queremos que seja o Bom, o Belo e o Justo.
Só uma grande consciência é capaz de ter horizontes sem limites, como era o seu caso.
O poema de hoje insere-se na sua obra Os Poemas Possíveis, publicada em 1966.
Pequeno em palavras é o poema que vos apresentamos.
Mas como as palavras escondem sempre outras palavras, pois a Poesia é sempre outra coisa para além do que se vê, a riqueza deste poema é incalculável.
Enfim, tudo o que se possa dizer sobre este Homem será sempre pouco.
José Saramago é um dos pilares inalianáveis da Literatura Portuguesa.
Afinal, o que é a Vida sem Arte?
Bem-haja!


Só direi
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quanto me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.

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