sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Os motivos que me motivam

Nunca como hoje senti tanta motivação para fazer parte de uma juventude partidária (e já lá vão 8 anos de militância!). Talvez os tempos de crise despertem nos jovens um sentimento de descontentamento tal que os levem a tomar a iniciativa, a participar, a discutir...Enfim, uma motivação! Hoje decidi enumerar algumas das principais razões que fazem com que dedique convictamente algum do meu tempo à JS Marco:


1- Existência de uma vontade comum nos jovens militantes socialistas de contribuir para um município melhor: inconformismo e preocupação.


2- A JS Marco conta com pessoas qualificadas e informadas, que, à sua maneira, prestam um contributo essencial: cada uma contribui de acordo com o seu conhecimento, as suas aptidões, a sua experiência, os seus gostos. A cada dia aparecem pessoas novas e interessadas, dispostas a contribuir, independentemente de serem militantes ou não.


3- Os jovens socialistas marcoenses prosseguem prioritariamente a política da massa cinzenta e das boas ideias. Contrariamente, rejeitam a política de massas e do populismo, claramente desprovidas de conteúdo e propósito.


4- Dinamismo: muitas vezes a faceta dinâmica desta juventude partidária não é projectada para o exterior, mas o que é certo é que a JS Marco tem feito muito bem o trabalho que lhe compete (muitas vezes nos "bastidores"), tem batido a diversas portas (e algumas não são abertas, infelizmente e lamentavelmente), tem ido ao encontro dos problemas e tem tentado propor soluções.


5- A crítica é sempre uma constante, no entanto pretende-se que esta seja sempre construtiva.


Enfim, há empenho e motivação. Leva-se a cabo uma forma de política desinteressada, na medida em que o nosso principal intuito é contribuir para o bem comum - o bem de cada um dos marcoenses acima de tudo! Fazêmo-lo através da atenção que prestamos ao que se passa ao nosso redor, procurando sempre o melhor rsultado. A JS Marco é hoje claramente sinónimo de democracia, cidadania e responsabilidade, indo para além da política. São estes os motivos que me motivam!

Muito + Que Política


     Nós Somos a Juventude Socialista (JS). Somos elementos de uma das maiores organizações de juventude nacionais. Somos elementos básicos mas basilares. Somos nós o oxigénio e é o nosso pulsar que dá vida à Juventude Socialista. Somos nós que vamos definir a traça futura e o panorama de tempos vindouros na Juventude Socialista (a nível nacional, distrital ou local). Somos nós que vamos delinear o horizonte que se avizinha. Somos nós o rosto e a interface da JS com a sociedade. Somos nós que lutamos, vencendo ou perdendo. Somos nós que caminhamos, fazendo sol ou chovendo. Somos nós, cada um em si, uno mas plural, e em JS que vamos fazer o amanhã.
Eu escrevo estas palavras ciente do que projecto e consciente de que o que almejo é, porventura, maior que o que a realidade permite concretizar. A VONTADE de mudar, a vontade de fazer, a vontade crescer, a vontade de levar a JS Marco de Canaveses a patamares sempre maiores... Vontades diversas e intensas caracterizamm em certa parte, a candidatura que aqui apresento. TRABALHO: capacidade para o fazer, iniciativa de o começar e preserverança de o terminar. A VOZ que eu quero projectar é a minha, é a tua, é a dos marcoenses e é a de todos os portugueses: é a da JS, é a da JS Marco de Canaveses. É a voz de todos, escutando e valorizando todos. Estas palavras que preenchem estas páginas e vos ocupam o tempo são apenas e tão só (por vezes são muito mais que isso) palavras: acção é o que se impõe. INICIATIVA, DINÂMICA E ACTIVIDADE são sinónimos de juventude. Pois eu quero que sejam predicados prontamente associados à JS Marco de Canaveses. Porque nós somos MUITO + QUE POLÍTICA.
A JS Marco de Canaveses é uma força viva, eu vejo-a pujante, com capacidade e ambição para o ser cada vez mais. Pretendo projectar a JS Marco de Canaveses por todo o concelho, levá-la a todos os jovens e a todos os Marcoenses. Fazer chegar a todos uma estrutura íntegra e séria que ausculte os seus conterrâneos e lhes dê a voz de que necessitam. Vamos continuar um capítulo de crescimento: de militantes e de actividade. Vamos elevar ainda mais a JS Marco de Canaveses enquanto estrutura de referência na nossa sociedade.

Não somos, realmente, muitos mas somos capazes. Somos capazes de mais e cada vez mais. Com o apoio e ajuda de todos os militantes podemos criar uma dinâmica que prevaleça sobre quaisquer jogos de poder, calúnias difamatórias ou argumentações falaciosas. Preciso do vosso apoio, de todo o apoio que possam (e queiram) dar. Apenas em equipa conseguiremos concretizar o potencial que em nós habita. Acredito num projecto ambicionado por um conjunto de militantes fenomenais, capazes e voluntariosos que me irão ajudar a dar forma aos projectos a concretizar. Esta candidatura não é só minha, é de todos os miltantes que me apoiam, de todos os militantes que a integram e de todos os militantes que queiram nela participar.
Aos militantes da JS Marco de Canaveses e a todos os meus amigos e companheiros deixo o meu sincero desejo de que partilhem destas palavras a vós dirigidas. Espero que nos unamos todos em volta de algo que sempre nos unirá: o Marco de Canaveses.

Miguel João Teixeira Carneiro, militante nº 113107.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Tesouros do Antigo Egito ocupam Reitoria da U.Porto "Coleção Egípcia da Universidade do Porto"


Fica aqui uma proposta para a agenda cultural dos marcoenses:
  
  Pensar no Antigo Egito remete a imaginação para cenários fantásticos, povoados por múmias, esfinges, sarcófagos e faraós. Pois bem, a partir do próximo dia 23 de setembro, a imaginação vai tornar-se realidade quando o edifício da Reitoria da U.Porto abrir ao público as portas da exposição "Coleção Egípcia do Museu de História Natural da Universidade do Porto".

Naquele que promete ser um dos pontos alto das comemorações do Centenário da Universidade do Porto, mas também do cartaz cultural da cidade em 2011, os visitantes vão poder usufruir de uma verdadeira aula de História em três dimensões, proporcionada pelas 103 peças que compõem o núcleo egiptológico da U.Porto. Esta é, afinal, uma oportunidade rara para conhecer aquela que se configura como a segunda maior coleção de antiguidades faraónicas conservadas em Portugal.

Máscaras funerárias, múmias, amuletos, um sarcófago, vasos para guardar as vísceras do defunto, escaravelhos e estatuetas funerárias são alguns dos tesouros que vão recriar os hábitos de vida dos antigos egípcios numa sala preparada para o efeito no 3º piso do edifício da Reitoria. Aí estarão representadas "praticamente todas as grandes épocas da história do antigo Egito", revela Luís Manuel Araújo, egiptólogo, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e comissário científico da exposição

Além de apreciarem a riqueza patrimonial e científica da exposição, os visitantes vão também ter a oportunidade de conhecer a forma como a coleção chegou à Universidade do Porto. Trata-se, na verdade, de um espólio oferecido a Portugal em 1926 pelo governo alemão, numa "atitude de gratidão" pela devolução de um navio aprisionado e retido no país durante a I Guerra Mundial, quando transportava um importante espólio arqueológico originário de Assur, na antiga Mesopotâmia. Em 1921, o espólio do "Cheruskia" foi cedido à U.Porto por decisão de Augusto Nobre, então ministro da Instrução Pública e histórico cientista e professor da Universidade, tendo servido posteriormente como "moeda de troca" no processo que trouxe a coleção egípcia do Museu de Berlim para o Porto.

A inauguração da exposição está agendada para as 17 horas do dia 22 de Setembro e será precedida de uma conferência sobre "As coleções egípcias em Portugal", protagonizada por Luís Manuel Araújo. Uma hora depois, cabe a Rogério Sousa, do Instituto Superior de Ciências da Saúde-Norte, apresentar o catálogo da coleção. Já no dia 23 de Setembro, pelas 18h00, Luís Manuel Araújo fará a apresentação do catálogo no Fórum da FNAC de Santa Catarina, no Porto.

Após a inauguração, a "Coleção Egípcia do Museu de História Natural da Universidade do Porto" pode ser visitada de segunda a sexta-feira entre as 10 e as 17 horas. A entrada é livre.

Mais informações em http://centenario.up.pt/


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Política e os Portugueses

Episódios do dia-a-dia em que sinto no meu bolso (e no de todos)  as políticas concretizadas no Hemiciclo (esse lugar que não raras vezes me parece distante):
      I: No princípio do mês de Setembro recebi uma boa notícia: Foi-me atribuida subvenção no Programa Porta 65 Jovem. Fiz a minha candidatura online, preenchi todas as secções, fiz o upload dos documentos necessários e fiz ainda uma prestação de esclarecimentos tal como me foi pedido. Consegui, por direito próprio, uma subvenção de 50% do valor da minha renda pelo período de 1 ano. Fiquei radiante!! É uma preciosa ajuda para o meu bolso. Fico feliz por aqui reportar um exemplo positivo de políticas na área da Juventude, mais concretamente da Emancipação Jovem. Este foi um projecto pelo qual a Juventude Socialista lutou muito e concretizou em prol dos jovens.
      II: Sou trabalhador independente, isto é, estou a recibos verdes. Nada de especial... Sou mais um nesta situação (antes isto que estar sem fazer nada, sem ganhar dinheiro ou sem autonomia para me sustentar). O que me indigna mormente nesta situação em que muitos jovens se encontram é a inexistência de Fundo de Desemprego. Eu trabalho como os outros, desconto como os outros (ainda mais que os outros: 21,5% retenção em fonte), contribuo para a Segurança Social como os outros... Simplesmente não tive a felicidade de me ter sido oferecido um contrato de trabalho. Não o espero (em pé ou sentado), trabalho apenas: mostro o meu valor e a minha competência diariamente para justificar mais um mês de prestação de serviços. Porque RAIO não tenho eu direito a Fundo de Desemprego?? Não o desejo ou pretendo, apenas acho-me no direito de, tendo já mais de 18 meses de trabalho, ser equiparado a todos quantos e trabalham... E têm a felicidade de ter um contrato de trabalho como segurança.
Porque, frequentemente, a política que ambiciono e projecto é muito distante da política praticada. Mas também porque a política é essencial para o quotidiano equilibrado de uma sociedade sustentável!!

O Caixote no Centro

Já por várias vezes me tinha interrogado acerca de um CAIXOTE (objecto quadriculado e castanho) de proporções enormes no centro da cidade do Marco de Canaveses. Falo desta coisa:


Uma relíquia!! Um exemplo formoso de arquitectura urbanística!!
Ao que consegui apurar (e pode estar muito enviesada esta opinião) isto é um Quiosque!!! Parece que sim, um quiosque futurista e de design apurado... Ou então 1 caixote com Ar Condicionado. A verdade é que serve de pombal, suporte publicitário, encosto de contentores de lixo... É multiusos!!
Pelo que consegui saber seria um Quiosque do Século XXI em substituição do Quiosque existente na rua acima (Avenida Avelino Ferreira Torres - coincidência) com traça mais tradicional e em formato mais arredondado, já que este último foi desviado para a freguesia de Alpendorada e Matos.
Não se pretende com isto questionar opções ou apontar dedos mas sim denotar, apenas, a existência de um enorme "MONO" no centro da cidade do Marco de Canaveses que de agradável e belo nada tem... Já quanto a utilidade revela-se, deveras, multiusos...
Peço desculpa pelas fotos noturnas, foi quando me ocorreu de fotografar o dito cujo.
Já agora, obrigado ao fotógrafo pela disponibilidade e prontidão em ajudar a documentar esta pitoresca estrutura!!

Física na Secundária do Marco Canaveses


A disciplina de Física (não confundir com Educação Física) é essencial no Ensino Secundário. Não só porque é, em algumas Faculdades de Engenharia (caso de Engenharia Civil na FEUP, por exemplo), disciplina obrigatória de acesso, como também é uma disciplina fulcral na compreensão de diversos fenómenos naturais e não naturais como... A tão adorada matemática ou ainda álgebra!!
Recentemente a JS Marco de Canaveses acompanhou muito de perto o desenrolar de uma situação que punha em causa o normal funcionamento escolar e a igualdade de acesso ao ensino superior dos estudantes da Escola Secundária do Marco Canaveses: a não abertura de uma turma de Física quando existiam 18 alunos inscritos para tal disciplina. Esta condição era justificativa de abertura de uma turma (mínimo estabelecido de 15 alunos). No entanto essa turma não abriu.
Foi colocada em causa a igualdade de acesso ao ensino superior dos estudantes desta escola.
A JS acompanhou a curta distância esta situação: contactou alunos e docentes para se inteirar da situação. Contactou a Federação Distrital do Porto da JS, colocando-se a para das condições e apoios que poderiam ser prestados pela JS (temos uma estrutura própria de apoio aos alunos do Secundário, do Ensino Superior e às Associações Estudantes de ambos os ensinos). Um dos aspectos mais controversos em causa era a possibilidade de não incluir os alunos em questão em qualquer das turmas existentes caso se recusassem a ceder quanto à escolha da disciplina, contrariando a condição mínima de 15 alunos para formação de turma (estavam 18 alunos em questão).
Este processo culminou com a distribuição dos alunos em questão por diversas turmas de forma a garantir a sua integração numa instituição pública de ensino e a sua igualdade de direito à educação. Não houve lugar a exaltações e protestos exacerbados já que a direcção da escola secundária contactou os alunos em questão e chegou a acordo com os mesmo quanto à colocação numa turma.
Segundo a JS Marco Canaveses apurou (contactou fontes de ambos os lados da contenda) a formação da turma de Física era justificada com o número de alunos existente mas, por questões financeiras, não é possível contratar um professor para o efeito. Ora, por questões orçamentais, os alunos da Escola Secundária do Marco Canaveses não têm direito a igualdade de acesso ao ensino superior. Os cortes governamentais chegaram à Educação e à população estudantil do Marco de Canaveses especificamente. A direcção da Escola Secundária do Marco Canaveses teve que tomar opções que, certamente, não pretendia mas que resultam, inegavelmente, em injustiça para os estudantes deste estabelecimento.
A JS Marco Canaveses reconhece a necessidade de contenção de despesa pública, assim como reconhece que é possível fazê-lo de uma forma mais justa sem pôr em causa a igualdade de acesso ao ensino superior. Este é um caso verificado no Marco de Canaveses mas que se deve repetir por diversas escolas do país.

A JS Marco Canaveses que reiterar a sua disponibilidade para apoiar os jovens estudantes e marcoenses em questões diversas, que ultrapassam a esfera escolar, de forma a prestar os melhores esclarecimentos e ajudar a desenvolver um futuro mais sustentável para todos nós.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mercado Municipal do Marco em Coma


O mercado Municipal de Marco de Canaveses há muito que perdeu a sua vitalidade e com o tempo foi sendo esquecido tanto pelo poder autárquico como pelos habitantes marcoenses. Hoje apraz-me falar deste espaço de Marco de Canaveses, com toda a importância e pertinência que vejo nele para a rentabilização e desenvolvimento da minha- nossa cidade.
  Hoje, no presente, o mercado está abandonado e a maioria das lojas comerciais estão fechadas, as bancas de frescos, aos poucos desaparecem e fica uma bruma que se apodera das paredes de um cinza escuro que torna o espaço feio, asqueroso e sem ânimo para continuar com vitalidade. As bancas há muito que deixaram de ter pregões porque os clientes não aparecem.
  Os mercados municipais, em Portugal, estão a ser esquecidos. Estive na manifestação contra o encerramento do Mercado do Bom Sucesso no Porto, e constatei que os mercados são rentáveis, têm poder e pernas para continuarem a promover a vida nas cidades e ao mesmo tempo rentabiliza-las, mas o que está a acontecer no presente, infelizmente, é o seu desmantelamento.
   Em Itália a ideia é apostar fortemente no comércio tradicional como forma de promover a vida nas cidades, em Espanha na cidade de Barcelona surgiu um projecto recente que caminha na mesma aposta. Os países Europeus do arco do mediterrâneo voltaram a olhar para os seus velhinhos mercados e feiras.  Portugal precisa disso mesmo, de cidades que se tornem auto suficientes, onde as pessoas possam comprar produtos vindos da região e não de outro país ou continente. Ainda para mais nesta fase de reduzir as importações, outros países Europeus não fecharam os olhos a isso. Obtendo benefícios económicos e ambientais pois os produtos não precisam de sofrer grandes deslocações. Portugal mais uma vez está de olhos fechados e só acordará para a realidade daqui a uns bons anos, Marco de Canaveses acompanha o estado de sonolência e de desaproveitamento dos mercados e feiras.
   Estamo-nos a esquecer das senhoras dos pregões, dos verdes frescos predispostos nas bancas, com um colorido que mais parece uma pintura que se apodera dos nossos olhos. Esquecemo-nos da nossa própria identidade, e camuflamos a realidade com um sibilino ar de nostalgia. Mas isto não é nostálgico, é antes um princípio para fortalecer as cidades, dar vida às nossas            ruas, carisma e ânimo aos habitantes.
   O Marco de Canaveses precisa urgentemente de inverter a realidade e apostar no Mercado Municipal, esquecido por todos nós. Aquele espaço está num centro nevrálgico da cidade, e seria importante conferir-lhe uma identidade à muito perdida. Porque não termos um mercado pluridisciplinar, com uma identidade rejuvenescida. De dia podíamos ir fazer compras, à noite podia ser um espaço de divertimento nocturno, poderia conviver com o cinema, o teatro, a música. Podíamos ir às compras e ao mesmo tempo, ao lado das bancas, “consumir” uma exposição de arte, ou uma performance, e porque não uma biblioteca ou um bar, ou porque não haver mesmo ali uma cinemateca. Porque não…Ser um espaço de agregação e construção de uma cidade fortalecida. O objectivo não é tornar o Mercado Municipal um coitandinho, mas sim injectar-lhe sangue novo, dar-lhe um novo ânimo e reaproxima-lo das pessoas, porque aí ele ganharia vida própria e seria importante para a cidade voltar a contar com a presença deste espaço de excelência. Com uma convivência salutar entre o comércio tradicional e a cultura.
   Hoje noto que os vendedores tradicionais não se conseguem aproximar dos consumidores, porque não usufruem de minutos de publicidade, nem têm um serviço online. Simplesmente vendem qualidade e um pouco da nossa região. Apesar de tudo, o Marco ainda vive muito da agricultura de subsistência, e não podemos ignorar o facto mas sim promover que os pequenos e médios agricultores se agreguem no Mercado Municipal dando uma imagem inovadora, desenvolvida e consciente. São muito os vendedores que se fixam, muitos ilegalmente, junto à ponte de Canaveses em S. Nicolau, porque não levar toda aquela dinâmica para o centro da cidade, Marco de Canaveses só teria a ganhar. Hoje os hipermercados apoderaram-se dos consumidores, faz parte do progresso. Isso é óptimo, mas não significa que desaproveitemos o Mercado Municipal que pode ir ao encontro da promoção da produção agrícola regional e da rentabilidade enérgica da cidade do Marco, como uma cidade exemplar, atenta à realidade e que contribui para uma vida melhor de todos os marcoenses.
   A câmara municipal continua alheada em relação às positividades da nossa terra. Devemos mudar de política urgentemente em Marco de Canaveses. Não podemos inconscientemente continuar a promover um executivo autárquico que está desatento face à realidade, isso é impensável.


Links Relacionados com o tema:
http://jpn.icicom.up.pt/2008/03/27/barcelona_mercados_municipais_sao_motores_de_dinamizacao_de_bairros.html

JS Marco de Canaveses

No próximo dia 15 de Outubro a JS Marco de Canaveses vai a votos, eleições esses que não irão contar comigo como candidato a Coordenador Concelhio da JS Marco de Canaveses (apesar de ainda reunir as condições (idade) para o fazer).

Há alturas na vidas em que se tem de saber sair de cena, e julgo que este é o momento oportuno para dar lugar a novas ideias e a novos rumos para a política de juventude em Marco de Canaveses.

Chegado este meu fim de ciclo, congratulo-me de ter trabalhado com uma juventude motivada como até à data ainda não tinha visto. Sei que o futuro desta organização está assegurado e que a sua intervenção irá muito mais além da política, finalmente vejo uma juventude interessada para o bem comum e disponível a partilhar conhecimentos/competências com outros que o precisam.

Foi sem dúvida um dos melhores momentos da minha vida, quer vivida localmente quer a nível de intervenção nas políticas nacionais.

Este texto não deverá ser encarado como uma despedida, pois penso que ainda terei lugar na JS por mais alguns tempos, mas com ele tendo abrir portas a qualquer militante que se sinta motivado a coordenar o futuro da JS Marco de Canaveses par os próximos dois anos.

Espero que desse lado do monitor avaliem a minha passagem pela JS Marco de Canaveses com um resultado positivo e que de algum modo tenha contribuído para a evolução das políticas de juventude do Marco.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

MARCO REAL: o bom e o menos bom

Prosseguindo a minha caminhada pelo Marco real...



O espaço contíguo à Câmara Municipal - Largo Sacadura Cabral - é actualmente um local que se transformou numa espécie de "ágora"(praça principal) para os jovens marcoenses, principalmente aos fins de semana. É um local de reunião com os amigos, de conversas mais curtas e mais longas ou de reencontro com colegas antigos. Todavia, a aglomeração dos jovens naquele ponto nem sempre acontece da forma mais correcta e tem as suas vicissitudes. Efectivamente, o Largo Sacadura Cabral espelha, simultaneamente, o bom e o menos bom do concelho.

É BOM ver que o centro da cidade do Marco tem alguma vida, e que essa dinâmica provém particularmente dos jovens. Além disso, importa referir que naquele local se encontram estabelecidos alguns cafés/bares explorados por jovens marcoenses, o que significa que o movimento que ali se verifica fez surgir empresários com algum sucesso. Revela-se igualmente positivo o aproveitamento daquele largo para a realização das mais variadas iniciativas - destaque-se, por exemplo, a conferência "Os Jovens e a Política" em Julho ou os concertos realizados na semana da juventude. Não pode ainda deixar de se salientar que a juventude dos concelhos vizinhos, não raras vezes, escolhe o Marco como destino para as suas noites de fim de semana. Deste modo, é de apreciar o ambiente que se vive naquele local, enquanto espaço de encontro, convívio e recreação.

No entanto, a reunião dos jovens no Largo Sacadura Cabral tem o seu aspecto MENOS BOM, na medida tem suscitado problemas de alcoolismo e toxicodependência. São temas indissociavelmente relacionados com a juventude e que merecem toda a atenção. Assim sendo, devem reclamar-se mais acções de sensibilização no que respeita a estas questões, aproveitando-se o forte movimento daquela zona para facilmente se disseminar a mensagem e abranger o máximo de jovens possível. Fica a sugestão para os nossos decisores! Outro facto a destacar, negativamente, são os actos de puro vandalismo e falta de civismo que ali se verificam. Refiro-me, por exemplo, aos vidros de montras partidos ou às garrafas lançadas contra os edifícios. A este respeito, não há decisores que valham, porque o que está em causa é a educação e civismo de cada um. É isso que se pede aos jovens que frequentam aquele lugar e é este o alerta que se lhes deixa. Além disso, não pode ignorar-se que existem casas de habitação adjacentes àquele local, e que o rebuliço de sábado à noite perturba aqueles moradores, tornando-se, por vezes, muito incomodativo para quem ali vive (tal situação já originou várias queixas a vários níveis!). É uma consequência que a "movida" naquele lugar acarretou e que não pode ocultar-se, devendo procurar-se uma solução de consenso, de concordância prática.






quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Ciência e Saúde


      A JS Marco de Canaveses não é só e apenas política. É mais! Somos mais! Somos hoje, e amanhã, presente e futuro, crescimento e sustentabilidade... Somos e queremos ser sempre mais parte da construção de um Marco de excelência e qualidade. Como tal, queremos dar os nossos contributos nas diversas áreas da sociedade. Queremos ser fonte e também veículo de informação e evolução. Aqui inicia-se um novo espaço no nosso Blog: Ciência e Saúde. Contaremos com contributos de especialistas e intérpretes nas áreas em questão, com especial preferência para jovens valores marcoenses, de forma a adicionar conteúdos precisos, correctos, informativos e construtivos. Esperemos que seja do vosso interesse.

Células Estaminais - Uma perspectiva da Realidade
       Nos últimos dez anos, muito se tem discutido sobre o conceito de células estaminais, a sua criopreservação bem como a sua aplicabilidade no âmbito clínico e científico. Apesar da muita controvérsia ainda existente sobre a questão da criopreservação, a verdade é que estudos clínicos e científicos têm demonstrado resultados promissores na sua utilização. Foi com base nesse propósito que o anterior ministro da Ciência, Prof. Mariano Gago, defendeu que os estudos com células estaminais deveriam ter um novo regime jurídico, de modo a estimular a sua utilização defendendo que, a investigação teria que chegar às terapias e aos doentes.
       As células estaminais são células com capacidade de auto-renovação, altos níveis de proliferação e diferenciação em todo o corpo humano, desde a fase de embrião até ao estado adulto. As células retiradas de embriões designadas de estaminais embrionárias são consideradas pluripotentes, uma vez que detêm a capacidade de se diferenciarem em qualquer um dos diferentes tipos de células que compõem o nosso organismo. No estado adulto, existem vários tipos de populações sendo as de maior interesse as células estaminais da medula óssea, células estaminais do tecido adiposo e células estaminais do cordão umbilical. É com base nestas três populações que cientistas nacionais e internacionais se têm debruçado com o objectivo de criar novas e possíveis terapêuticas para as mais variadas patologias como o cancro, diabetes, doenças hematológicas e neurodegenerativas.

     Como exemplo recente, tivemos o primeiro auto-transplante de sangue artificial realizado em humanos. Este trabalho, publicado na revista científica “Blood” por uma equipa de investigadores franceses, demonstrou que é possível efectuar uma transfusão em que os pacientes podem ser os próprios doadores. Para tal finalidade, este grupo de investigadores isolaram células estaminais de medula óssea que através de um protocolo científico, conseguiram converter estas células em glóbulos vermelhos. Esta descoberta poderá assim representar uma alternativa para a crescente necessidade de doações de sangue no mundo o que poderá assim suprimir a carência de doadores.

Num outro contexto, cientistas da Universidade de Coimbra, demonstraram que células estaminais do cordão umbilical podem ser uma mais-valia para o tratamento de feridas de doentes com diabetes. Pessoas com diabetes têm um processo altamente inflamatório o que faz com que todo o processo de cicatrização não aconteça ao ritmo que devia acontecer. Neste estudo, publicado na revista cientifica PLos One, estes investigadores demonstraram que após aplicação das células estaminais do cordão em modelos animais com diabetes, ocorria uma regeneração parcial das suas feridas.

       Sob o ponto de vista neurológico e da sua aplicação em doenças neurodegenerativas como a doença de Parkinson, estudos tem demonstrado que tanto as células estaminais da medula óssea como do cordão umbilical parecem diferenciar-se em linhagens celulares neurais embora, ainda haja bastante controvérsia acerca deste tema na literatura científica. Contudo, estudos pioneiros realizados em modelos animais com a doença de Parkinson parecem revelar que após transplantação de células estaminais parece existir uma “espécie” de neuro-protecção das linhagens neurais, estando assim em aberto um longo caminho de modo a compreender de que modo isto ocorrerá e se as células estaminais serão ou não uma possível terapêutica para todo um painel de patologias que infelizmente atinge milhões de pessoas em todo o mundo.
     Como investigador no âmbito das Neurociências e Medicina regenerativa, acredito, apesar de considerar que ainda teremos um longo caminho pela frente, que as células estaminais terão um papel preponderante não só em termos de biologia fundamental e aplicada mas também, no âmbito terapêutico com vista à sua aplicação na clínica. Sendo assim, é com base nestes e muitos outros estudos já publicados, que grupos de investigadores apostam e acreditam que esta capacidade multi-potencial dos diferentes tipos de células estaminais poderá explicar muitos dos resultados obtidos até agora bem como novas perspectivas para o desenvolvimento de novos estudos de futuro.
Fábio Rodrigues
Aluno de Doutoramento em Ciências da Saúde
Investigador em Neurociências e Medicina Regenerativa
Instituto Ciências da Vida e Saúde (ICVS), Universidade do Minho

A REPÚBLICA MADEIRENSE E O GOVERNO REGIONAL DO CONTINENTE


Que Portugal estava confrontado com o Cobrador do Fraque já se sabia; que tenha ainda de suportar o Cobrador Fantasiado de Shaka-Zulu acrescenta enxovalho ao que já era embaraçoso. 

Este ano, excecionalmente, Alberto João Jardim começou o ano político a pedir dinheiro ao governo. Alguma vez tinha de ser. A crise toca a todos, e a prova é que até um homem conhecido por se contentar com o orçamento de que costuma dispor - que, além do mais, é acanhado - dá por si com falta de liquidez. Quer isto dizer que Alberto João Jardim está endividado, como boa parte dos portugueses? Não. Quer apenas dizer que Alberto João Jardim está endividado. Mas endividado à sua maneira, com uma dignidade e um sentido de Estado que as dívidas dos seus concidadãos não possuem.Talvez os leitores incapazes de distinguir as dívidas normais das dívidas patrióticas não compreendam a diferença sem uma explicação adicional. Felizmente, Alberto João Jardim forneceu-a. Disse que aumentou a dívida da Madeira para se defender do "ataque financeiro"constituído pela lei das finanças regionais, aprovada pelo governo anterior. "Com este rombo nas finanças da Madeira, eu só tinha duas hipóteses: ou fazia como no boxe, jogava a toalha ao chão e desistia(...) ou então enfrentava-os como enfrentei e aumentei a dívida da Madeira." E acrescentou que optou pela "derrapagem financeira" para "resistir à agressão socialista (...) e agora poder negociar com o Governo que é liderado pelo PSD". A explicação é cristalina, mas talvez fique ainda um pouco mais clara se vertermos algumas expressões para um português mais simples. Quando diz que, perante a lei das finanças regionais, podia ter feito como no boxe e lançado a toalha, Jardim quer dizer que podia ter optado por cumprir a lei, mas isso seria uma mariquice equiparável a desistir de uma boa zaragata; quando diz que enfrentou o governo anterior e vai negociar com o atual, quer dizer que usou o nosso dinheiro indevidamente e agora chegou a altura de pagarmos a conta. Que Portugal estava confrontado com o Cobrador do Fraque já se sabia; que tenha ainda de suportar o Cobrador Fantasiado de Shaka-Zulu acrescenta enxovalho ao que já era embaraçoso.No entanto, trata-se de um embaraço merecido. O povo português endividou-se por inconsciência, irresponsabilidade ou laxismo; Alberto João optou por contrair dívidas porque é corajoso, rebelde e arrojado.É apenas justo que quem se endivida da maneira errada pague também as dívidas de quem se endivida da maneira certa. Eu próprio tenho algumas dívidas, mas são todas da responsabilidade do governo anterior. Para enfrentar José Sócrates, tive a presença de espírito de me endividar.Creio que ele já aprendeu a lição. Assim que o povo português acabar de pagar as dívidas de Alberto João Jardim, faça o favor de pagar as minhas.


Ricardo Araújo Pereira
Fonte: Visão

Valores


If we can not respect another
How can we expect them to respect us
If we can not respect someone’s beliefs
How can we expect them to respect ours
If we can not respect another’s race
How can we expect that race to respect us
If we can not respect others
How can we expect respect in return

Excerto de Respect, David Harris
 
       Um lugar numa fila: simples, óbvio, justo, etéreo e ordenado. Este é o lugar numa fila. É meu porque lá cheguei antes de quem me sucede e depois de quem me precede. Posso cedê-lo em prol de alguém necessitado ou apressado ou simplesmente prescindir dele. É um lugar numa fila apenas. Exactamente por isso é inócuo entrar em colisão por um. Exactamente por isso é inócuo tentar procurar um de forma injusta. É tão simples e fácil pedir/perguntar. Não! É bem mais fácil tentar enganar/ignorar. Não falo de uma qulaquer experiência pessoal desagradável, quero tão só e apenas referir-me à falta de valores predominante no (pelo menos no) meu quotidiano, no que (pelo menos a mim) me circunda. Espero ter os meus intactos, não estou livre de falhas.
        Precariedade é um termo em voga, nomeadamente no que toca à temática laboral. Queria resgatá-lo para a temática social: Precariedade social. É o que, por vezes, me surge quando reflicto no mais simples acto do nosso quotidiano ou até em escolhas mais ponderadas. Surge-me quando se impõem ideias utilizando o volume/ruído, surge-me quando se julgam actos/pessoas de leve ânimo (se é a tua opinião exprime-a como tal ou guarda-a para ti, pode ser o mais útil a fazer), surge-me quando se invocam razões irracionais (???) para se reprova a adopção por parte de casais gay (as opiniões pessoais são válidas e aceitam-se, simplesmente não utilizem argumentos falaciosos e defendam-na como tal: uma opinião), surge-me quando escuto novas formas de ludibriar e utilizar o estado (somos todos nós, eu e tu. Nós fazemo-lo, porque não os políticos?!), etc.
        Surge-me e vai-me surgindo... A Liberdade (consagrada como direito constitucional) deve sempre coexistir com o Respeito (por mim, por ti, por todos, pelo Estado, pelo Público, pelo Privado, pelo planeta Terra e um Direito e Dever Universal). A precariedade social que creio existir leva-me a pensar que estes dois valores (muitas vezes apenas termos) se desencontraram: ora surgindo, ora surgindo outro (por vezes nenhum surge)... Raramente se vislumbram simultaneamente!!
        Não sei se sou de outro tempo (será que noutro tempo fomos diferentes??), não sei se tenho os tais valores errados, não sei se os sentidos me atraiçoam ou ainda se também faço tudo aquilo que acima enumero e não o condeno... Não sei! Talvez devaneio existencialista de um iletrado, obliterado pelo cansaço e hiperbolizado pela consternação momentânea.
     Só sei que, não raras são as vezes, me recordo do que a minha avó (a tua provavelmente diz-te a ti também) me diz (sabiamente, diga-se): "O respeitinho é muito bonito". Ora, nem mais Dona Conceição!!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Geração à Rasca


      Há já algum tempo que conhecia este texto e, vá-se lá saber porquê, surgiu-me na memória, por entre as paredes indistinguíveis do meu labirinto mental, quando pretendia abordar a temática das questões sociais. Não se refere exactamente ao que pretendia explanar, mas é, a meu ver, uma óptima introdução.
Queria apenas salientar que este texto surgiu, inicialmente, como sendo da autoria do escritor (Biólogo de formação) Mia Couto. É falso. O próprio autor já o veio sublinhar! Não quero, todavia, deixar de o partilhar:

Um dia, isto tinha de acontecer.Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
      Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida. Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações. A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo. Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
        Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, aminha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor. Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem delesa geração mais qualificada de sempre (já lá vamos…), mas também lhesderam uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais dediversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada. Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual nãohavia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
       Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, … A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.
         Foi então que os pais ficaram à rasca. Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado. Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuara pagar restaurante aos filhos, num país onde  uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais. São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquer coisa phones ou pads, sempre de última geração.
        São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer “não”. É um “não” que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
      A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
       Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados. Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional. Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a  informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere. Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal adiferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam. Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras. Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável. Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada. Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir demontada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.
        Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração? Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos! Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, enem  são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós). Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e asubir na vida.
          E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos – e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas – ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!
         Novos e velhos, todos estamos à rasca. Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
         Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles. A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la. Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço? Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta. Pode ser que nada/ninguém seja assim.

Depósitos a Prazo

       Numa altura que é preciso poupar, os depósitos a prazo continuam a ser a melhor forma que as pessoas encontram para aplicar as suas poupanças. Uma das razões, senão a principal é que se trata de uma aplicação sem risco e que remunera as poupanças com uma taxa garantida, sabendo logo no momento da aplicação qual o rendimento que irá obter no final do prazo escolhido. O depósito a prazo representa um investimento seguro (coberto pelo  “Fundo de Garantia de Depósitos” até €100.000).Na tabela a baixo estão representadas as melhores taxas de juros dos depósitos a prazo;


Taxas de juro dos depósitos a prazo disponíveis em Portugal *
* Taxas que estavam em vigor 19 de Setembro de 2011

        Este contributo (conciso e informativo) chegou-nos da parte do nosso colega Pedro Coelho, Bancário no Grupo Santander.

A Não Política da Política

Caros visitantes,

      A Juventude Socialista do Marco de Canaveses reconhece que a política é uma área vasta, cujas interacções são extensíveis a praticamente (senão mesmo a todas) todas as áreas de actividade da nossa sociedade. Como tal, pretendemos que os nossos espaços virtuais contemplem diversas áreas da nossa sociedade numa perspectiva "apolítica" e descomprometida mas interessada de forma a contribuir para um Marco mais informado, no qual todos possamos encontrar as condições para desenvolver o nosso quotidiano de forma sustentável e saudável.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dar voz ao cidadão

Como hoje estou sem assunto, vou publicitar uma banda que tem um vocalista marcoense e já passa na rádio portuguesa.





Espero que gostem

domingo, 18 de setembro de 2011

As boas notícias de Portugal


Ciência e arquitectura em destaque, mais uma vez


















   Na passada semana, vi mais uma luz ao fundo do túnel, para o país da Troika, do FMI, do buraco orçamental na Madeira escondido às sete chaves, pelos “monges Jardinenses”. Em suma para um país repleto de notícias agoirentas e muito “negras”.
  O biólogo Rui Reis, da Universidade do Minho, ganha o prémio Georgio Winter, uma distinção na área dos biomateriais. A acrescentar a esta muito boa notícia junta-se mais um senhor, o matemático André Neves, do Imperial College de Londres que recebeu um prémio de um milhão de euros para futuras investigações. Na área da arquitectura Eduardo Souto de Moura, ganha pela terceira vez o prémio Secil, uma distinção que se acumula ao prémio Pritzker ganho no mês de Junho. A escola do Porto continua a demonstrar um bom apanágio, do que melhor se faz no país no campo da arquitectura. Isso só denota que afinal o país tem futuro, e que futuro! O que é preciso é saber apoiar, incentivar e rentabilizar os bons valores do país. Dar a voz aos bons exemplos, para servirem de alavanca ao progresso nacional.
                                

 O que, ainda, precisa de ser feito por terras Lusas:
                              
   Centenas de portugueses todos os dias trabalham em prol de um país mais próspero, sejam anónimos ou os que vêm nas notícias. Todos os dias existem portugueses que lutam, correm riscos, para criarem valores neste país. Não podemos ficar pelas boas notícias, é preciso reconhecer os grandes valores. Mas também é preciso apoiar, investir, lutar por um Portugal melhor e não pensarmos somente em nós e no nosso ego.
  Precisamos de fazer um ponto de situação consciente e repensar como agir no futuro, que não tarda em chegar. É preciso haver uma adesão massiva aos partidos políticos, é preciso os jovens acreditarem, darem as suas ideias e fazerem-se ouvir. Só assim conseguiremos ter novos políticos e novas políticas. Já vimos que a política do “deita abaixo” não resulta. Vimos como o actual governo está a agir, a destruir o estado social, a pôr em causa valores tão importantes como do ensino superior, as áreas da investigação sofreram um corte drástico, apesar de se ver a importância de tudo isso. Constatamos desta forma, como todos os portugueses são precisos, para combaterem as desigualdades apregoadas pelo governo que nos representa, TODOS são chamados a cooperarem e iniciarem um projecto com o nome de PORTUGAL.
   Todos nós “fazemos” o Governo, e por isso precisamos já de começar a construir algo de que nos orgulhamos, algo que demonstre o verdadeiro espírito desta nação. Os marcuenses podem fazer muito para a região, estamos repletos de jovens com alento de, capacitadamente, começarem a construir o novo Portugal. É necessário e urgente revolucionar mentalidades, criar projectos, incentivar e dialogar.
   Após ler o comentário da jornalista Ana Sousa Dias, no JN, na edição de sexta-feira, fiquei ainda mais ciente de uma realidade que precisa de ser alterada, passo a citar: “A Casa das Histórias que Souto Moura tão extraordinariamente concebeu para guardar e mostrar o trabalho da pintora Paula Rego tem à entrada uma caixa de esmolas feita pela própria artista. … Quando chega a hora de arranjar dinheiro para manter a casa em funcionamento ninguém quer pagar a conta. Nem mesmo quem gostou de aparecer na fotografia da inauguração.”
   E a pessoa que apareceu na fotografia da inauguração foi o presidente da república Cavaco Silva. Dei umas risadas, mas logo desfiz o sorriso porque a realidade é lastimante. Investir nos bons valores com pernas para andar, que deveria ser o objectivo, neste momento não o é. O nosso Presidente da República só vai ter com os portugueses por conveniência, porque fica bem para aparecer numas fotografias. Uma estátua de cerâmica do Zé Povinho é mais proveitosa, porque incita uma mensagem político pedagógica, do que o Sr. Presidente Cavaco Silva que é de carne e osso. (Desculpem este meu desabafo.)
   Pelo Marco de Canaveses não temos o Zé do Povinho, apesar de ele ser de todo o Portugal, tem certificado de origem das Caldas, mas temos uma figura que pode ser tida como exemplo; a Carmen Miranda, que soube ser diferente, que distante da sua terra prestou provas de uma mulher cheia de convicções. Tal como os marcuenses de hoje o podem ser se assim o quiserem.
    Em suma remato com as ditosas palavras que se perfizeram em surdina, outrora, apresentando-se como fachos ardentes de acção e convicções. Claras e tépidas o quanto baste, outras vezes sôfregas e negras, mas no fundo são palavras que reflectem muito bem a realidade deste nosso país:
Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
(…)
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Manuel Alegre