sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Avanços e recuos


O sol, apanhado em excesso, infecta o organismo humano. É um facto. Mais: pode provocar problemas a nível cerebral, pois, excessiva a quantidade de raios ultravioleta, o homem alucina. Assim aconteceu dia 14 de Agosto, na Festa do Pontal.
Ao que parece, o nosso primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, expôs-se demasiado ao sol. No seu discurso, e claro em clima de festa há sempre uma piada que se atira ao ar, Passos Coelho optou por ser optimista e dizer “ Em 2013, Portugal terá um ano de retoma económica e de crescimento”. Militantes, deputados e ministros, com a ajuda de refrigerantes e de tudo o mais, consentiram as ditas palavras do homem. Mesmo sabendo que, na prática, eram os efeitos ultravioletas a falar enfaticamente.
Passando o período do excesso radioactivo e como se tratasse de um milagre, o discurso de Passos Coelho alterou-se. (Afinal era mesmo a radiação solar!)
Ontem, já em Estoril, o PM rematou “Não é possível ter elementos imediatos que digam às pessoas: a economia está a crescer […]” e, uma vez mais, deixou meio mundo a pensar. Então o mês de Setembro é propício, também, à excessiva radiação solar? Terá atingido novamente este homem? A resposta é incerta, cheia de avanços e recuos.
Afinal Passos Coelho quis afirmar, com certeza, que Portugal voltaria aos mercados em 2013, mesmo sob efeitos radioactivos, e um mês depois do Pontal, ainda com esses efeitos, contradiz-se?

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Assembleia Municipal é amanhã

Decorrerá amanhã, a partir das 20:30h a Assembleia Municipal no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Podes consultar aqui o documento, do qual consta a seguinte ordem de trabalhos
 
1. Apreciação e votação da acta da Sessão Ordinária do dia vinte e oito de junho de dois mil e doze.
2. Tomada de Posse
3. Eleição de um elemento para a Mesa.
4. Intervenção do público, nos termos do artigo 84.º, n.º 6, da Lei 169/99, com aredacção da Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro e artigo 29º n.º 3 do Regimento daAssembleia Municipal.
5. Apreciação da informação escrita do Sr. Presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, acerca da actividade municipal, feita nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 53º, da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro.
6. Tomada de conhecimento da informação sobre os compromissos plurianuais face à autorização prévia, no âmbito da lei dos compromissos e pagamentos em atraso.
7. Apreciação e deliberação, sob proposta da Câmara Municipal, para aplicação das taxas do Imposto Municipal sobre Imóveis – IMI.
8. Apreciação e deliberação, sob proposta da Câmara Municipal, para se proceder ao lançamento da Derrama.
9. Apreciação e deliberação, sob proposta da Câmara Municipal, para a Participação no IRS para o ano financeiro de 2013
10. Apreciação e deliberação, sob proposta da Câmara Municipal, da Taxa Municipal de Direito de Passagem – TMDP.
11. Apreciação e deliberação, sob proposta da Câmara Municipal, de pagamento em prestações para atividade de comércio a retalho em feiras e mercados.
12. Apreciação e deliberação, sob proposta da Câmara Municipal, de nova tabela de Taxas Municipais para o Regulamento do Cemitério Municipal – Concessão de Ossário / Columbário.
13. Apreciação e deliberação, sob proposta da Câmara Municipal, do Protocolo de Delegação das Competências nas Juntas de Freguesia do Concelho – Manutenção e valorização dos estabelecimentos públicos (Educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico).
14. Apreciação e deliberação, sob proposta da Câmara Municipal, para alteração à Postura de Transito da Cidade – Freguesia de Fornos

Comboios: Reunião da Comissão de Utentes

Na continuação do trabalho que a JS Marco tem desenvolvido no sentido de acompanhar a situação referente aos transportes ferroviários no nosso concelho, vimos dar conhecimento da reunião que a Comissão de Utentes irá realizar na próxima 6ª feira, dia 28, pelas 21h no auditório municipal Prof. Emília Monteiro (junto à Câmara Municipal). Esta reunião é dirigida a toda a população, em especial aos utilizadores deste meio de transporte, e incidirá sobre a problemática que se tem vindo a verificar no que às ligações ferroviárias concerne.
De facto, tal como a JS Marco Canaveses tem vindo a apurar de há umas semanas a esta parte, têm-se verificado frequentes supressões de ligações ferroviárias, nomeadamente entre Caíde e o Marco de Canaveses. Têm sido constantes os relatos que nos têm chegado de ligações que não são efetuadas sem que seja apresentada qualquer justificação ou seja feito qualquer tipo de compensação.
Os Marcoenses têm sofrido muito com esta situação que teima em não se resolver e, particularmente os jovens estudantes e os trabalhadores, têm-se visto a braços com um serviço intermitente e ineficaz. Será pertinente questionar quais as motivações destes sucedidos, bem como fazer a CP e a REFER notar que este assunto não está esquecido e muito menos encerrado.
Os Marcoenses merecem muito melhor!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Evolucionismo Século XXI (III)

Nós, homens, não devemos seguir as outras pessoas. Há sempre um círculo em nossa volta com duas intenções: empurrar-nos em direcção à corrente, ou então, empurrar-nos para fora dela. A sociedade do século vinte e um é assim mesmo, empurra-nos para um espectro avultado de pessoas que são apenas paisagem a nós mesmos, que são a fusão de egocêntrico com cruel, que são um conjunto de personalidades más no seu todo; esta sociedade em que vivemos é, na sua maioria, uma sociedade de oportunismo. Todos são iguais a outros que tais. Todos interagem entre si com tal homogeneidade que é impossível achar discordância absoluta ou relativa. Todos idealizam ou traçam futuros homogéneos onde apenas lhes interessa o que interessa aos outros, ou seja, viverem uma vida na sua forma mais monótona até que ela se esgote; não procuram um ponto revolucionário no seio desta sociedade, pois isso gerava um mal-estar de comportamentos dessa mesma sociedade. Pugnar, inventar e gerir uma sociedade livre desta sociedade de aparências – onde todos se movem pela mesma causa, e se há um opositor é um louco isolado – é o que o homem do século vinte irremediavelmente precisa.
Este século, ainda que estejamos no seu início, destronou a cultura. O nosso país abandonou as práticas culturais, os aspectos culturais, a identidade cultural que nos levou a um patamar invejável durante anos. Todos os países têm de ter uma cultura. Todos os habitantes merecem ter uma cultura. Todos têm a obrigação de criar novas culturas e enaltecer as antepassadas.
E, sem excepção, os portugueses de agora menosprezam a cultura… Não dão azo às suas mentes criativas nem tão pouco dão valor aos artistas. Hoje o que interessa é ter uma boa fortuna, uma boa aparência na sociedade e viver uma vida curta e hipócrita o quanto baste.

Noite Branca em Santo Isidoro



A Associação Cultural da Casa do povo da Livração organiza, em parceria com a Junta de Freguesia de Santo Isidoro, a Noite Branca. Este evento decorrerá no próximo sábado, dia 29 Setembro, no Largo da Igreja de Santo Isidoro. Atuarão os Baile Vadio (da Associação Andarilhos) e os Amigos d'Abril. A organização convida toda a população para este momento, aconselhando a utilização de uma peça de roupa branca.
Fica a sugestão...

PS Marco toma posição

O Partido Socialista do Marco de Canaveses emitiu um comunicado relativo ao processo de Reorganização da Administração Local, que se transcreve:
 
 
O Partido Socialista de Marco de Canaveses, tal como as restantes forças políticas deste Concelho, em Novembro de 2011, foi convidado a integrar uma Comissão Municipal com o objectivo de encontrar a melhor fórmula de enquadramento da Reforma Administrativa do Poder Local, então baseando os seus trabalhos no Documento Verde da Reforma da Administração Local e recentemente na Lei nº 22 de 30 de Maio.
Atendendo a que:
i) A reforma inicialmente incluía uma reforma de gestão, uma reforma de território e uma reforma política do Poder Local, que acabaram por não se verificar;
ii) Entre Fevereiro e Setembro o PS não foi convidado a participar em qualquer reunião sobre a referida reforma.
iii) Nesse incompreensível intervalo de tempo nada avançou, tendo o Coordenador desta comissão deixado para os últimos dias a discussão deste tema com os eleitos das Assembleias de Freguesia, sem margem para uma discussão séria e profunda com as populações do Marco;
iv) Esta situação esvaziou esta Comissão das funções para que foi constituída e impediu uma atempada e desejável discussão sobre o tema.
A Comissão Política Concelhia do Partido Socialista do Marco de Canaveses deliberou que, pelas razões apresentadas, não existem condições para a sua continuidade nesta Comissão a partir desta data.

Marco de Canaveses, 23 de Setembro de 2012

Deputado Municipal
João Hildeberto Valdoleiros

A Presidente de Junta
Cristina Lasalete Vieira

O Presidente da Comissão Política Concelhia
Agostinho de Sousa Pinto

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

"Arrependimento"

Deixo-vos uma coisa diferente no blog...


O arrependimento surge-nos depois da morte.
Porque enquanto somos vida, cheios dela ou não,
Vivemo-la inconstantes, ébrios sem razão,
Esperando que o fingimento se note.

Só somos verdadeiramente humildes
Quando frágeis passamos horas repugnantes.
Homem, sê humilde. Homem, vê-te como dantes,
Humilde em hora de Hades.

Pois, quando esse arcanjo sobre ti descer,
Serás mais quem um simples ser.
Serás como que não sejas ninguém
E verás arrogância desse desdém.

Arrepender-nos-emos no juízo final.
Até lá, gostando de aqui estar ou não-estar,
Viveremos contrariados num sono profundo
E ninguém irá despertar…

Nem que vá ao fim do mundo!
Que seja eu louco ou não louco!
Passe eu por funerais humildes, ó Deus!
Morra eu por essa humildade fingida!
Seja, finja, minta ou não-sinta, que me arrependa!

Álvaro Machado – 18:21 – 24-09-2012

domingo, 23 de setembro de 2012

Primeiro dia

Ontem, sexta-feira, foi dia de debate quinzenal na AR. Com a agitação recente de novas medidas de austeridade, com a mexida da TSU e com o primeiro rompimento na coligação, eram esperadas surpresas neste debate. Todavia, um breve onírico. Nada mais.
Tanto do lado da oposição como do lado da coligação ninguém se preocupou em discutir coisas sérias. Preferiram, por outro lado, seguir uma linha a que todos estão habituados: demagogia e irresponsabilidade política. Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal e líder do PSD, continua a servir-se do passado para justificar o presente mesmo passados ano e meio após a sua eleição. De facto, é mais fácil falar ainda do governo anterior. Não o nego. É mais fácil falar da campanha eleitoral do Engenheiro José Sócrates (Eu que pensava que nunca mais escreveria este nome, pelo menos por enquanto), voltados mais de 6 anos atrás na história de Portugal. E mais fácil ainda é, também, fugir aos problemas actuais do país.

A oposição, começando pelo partido socialista e por António José Seguro, conseguiu fazer um debate baseado exclusivamente em acusações à pessoa de Passos Coelho. Algumas com razão, outras sem efeito. Porém, não é o suficiente. É preciso, e urgentemente, apresentar alternativas viáveis, de facto, e esquecer o caminhar da divagação política.
Jerónimo de Sousa, cabecilha do partido comunista, pegou em aspectos importantes como o desemprego, os níveis elevados de pobreza e a falta de resposta do governo à crise. Mas não  chega falar e deixar uma névoa sob os deputados. É preciso – e volto a repetir – apresentar alternativas para combater as políticas do governo “morto”, como disse Jerónimo. Podem ser o espólio desta queda.
Enquanto que, do lado bloquista, Francisco Louçã foi como sempre é: directo na forma como aborda os problemas. Puxou pela falta de diálogo entre Passos Coelho e Paulo Portas relativamente à mexida da TSU – medida essa que Paulo Portas está contra – e fez várias questões relacionadas com isso. No entanto, ficamos a meio-gás. Louçã despôs de tempo para atacar o ministro mas dispôs de tempo, também, para apresentar alternativas. Coisa que não fez.

Ao que parece, dentro da cabeça dos políticos, passa-lhes tudo menos o que realmente é preciso. Debater ideias, alternativas, formas de crescimento económico e de dinamização da economia parece-me, neste momento, algo demasiado trabalhoso para se discutir.
Afinal o caminho de erguer um país é difícil para estas cabeças iluminadas.

Álvaro Machado - 14:00 - 22-09-2012

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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Política e os Portugueses 11

Episódios do dia-a-dia em que sinto no meu bolso (e no de todos) as políticas concretizadas no Hemiciclo (esse lugar que não raras vezes me parece distante):

I. As prioridades, em muitas ocasiões da vida, refletem em muito aquilo que pensamos ou consideramos mais importante. Para este Governo, nos dias que que vivemos, a prioridade é claramente a imagem política do partido e do governo relativamente ao diferendo com Paulo Portas, uma vez que foi tão célere a convocatória para reunião dos órgãos nacionais do partido... Uma rapidez que assombra o mais pacato dos portugueses, visto que essa mesma rapidez não se tem verificado relativamente a uma das maiores manifestações desde o 25 de Abril de 1974: no dia 15 de Setembro saíram 1 milhão de Portugueses à rua para por em causa tudo aquilo que Passos Coelhos, Paulo Portas e companhia têm feito ao longo do ano, não obstante os números massivos da manifestação... Ouvem-se apenas grilos a ecoar nos jardins de São Bento relativamente ao descontentamento nacional. Coisa secundária, portanto...

II. A Reorganização da Administração Local tal como está plasmada na lei nº 22/ 2012 é, na minha modesta opinião, redutora, ineficaz e insuficiente. Esta lei, que poderia criar as condições para uma reorganização condigna para com as populações, castra à partida muito daquilo que poderia alcançar: representatividade, eficiência administrativa, regionalização, proximidade de qualidade... Foi vergonhoso assistir ao não consenso por parte do PSD e CDS relativamente à constituição dos executivos municipais... Em cima de tudo isto, temos no Marco de Canaveses a condução do pouco que resta (agregação de freguesias) de forma deficitária, autista e autocrática!!! Lamentável... Quando a mudança se exige... O calor aperta nos nós das gravatas! Depois estranhe-se que a sociedade esteja de costas voltadas para a política!!

Vamos mudar isto ou quê?? Não é mais tempo de ficar no café a opinar ou no sofá a barafustar! Ação, intervenção e envolvimento é o que se exige!! Junta-te a nós... O Marco precisa, Portugal precisa de ti!
Porque, frequentemente, a política que ambiciono e projecto é muito distante da política praticada. Mas também porque a política é essencial para o quotidiano equilibrado de uma sociedade sustentável!!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Freixo em atividade

Decorrerão nos próximos dias 3 iniciativas na freguesia do Freixo que darão (ainda mais) vida aquela freguesia. É sempre salutar a dinamização do nosso concelho, mais ainda quando as atividades incidem em assuntos intimamente relacionados com a cultura, em particular a nossa. Assim sendo, sugerimos:
 
1. Workshop O Turismo Cultural e as Novas Tecnologias
 
 
O evento terá lugar na Estação Arqueológica do Freixo – Tongobriga, no Marco de Canaveses, a partir das 14.00 horas.  Intitulado “O Turismo Cultural e as Novas Tecnologias”, o workshop tem como objetivos sensibilizar os agentes económicos locais para a utilização de novas tecnologias, enquanto fator de valorização e promoção do turismo cultural, nomeadamente nos espaços rurais, bem como proporcionar momentos de partilha de conhecimentos e experiências de projetos turísticos considerados exemplos de boas práticas na aplicação de tecnologias de última geração.
Podes consultar mais informações acerca do evento promovido pela Rota do Românico através deste link.
 
2. Equinócio de Outono
 
 
Um ritual de agradecimento à natureza pela prosperidade que esta proporciona, bem como uma espécie de festa de boas-vindas da estação outonal. Um evento que se iniciará na freguesia do Freixo, com uma visita guiada à estação arqueológica de Tongobriga, seguida de um jantar temático e uma prometedora atuação do Grupo Coral de Vila Real. Este ano as celebrações do Equinócio terminarão na Serra da Aboboreira com o ritual do equinócio por volta das 7h matinais.
 
Mais informações acerca deste evento promovido pela Junta de Freguesia do Freixo aqui.
 
3. Workshop de Fotografia "Olhos em Tongobriga"
 
 
A Junta de Freguesia do Freixo apoia a realização de um workshop de fotografia sob o tema “Olhos emTongobriga”. A parte teórica será realizada no auditório da Estação Arqueológica, com inicio ás 9h00 de forma a elucidar os participantes acerca dos aspetos mais relevantes a ter em conta na captação de imagens fotográficas. Da parte da tarde será realizada uma visita à aldeia de modo a captar imagens, contextualizadas com o tema "Turistas e paisagens".

O workshop destina-se a quem pretende obter conhecimentos mínimos na fotografia, através da aprendizagem de noções e técnicas que permitam controlar a máquina.
Necessário levar equipamento digital e manuais de instruções do mesmo, podem levar também o analógico.
Custo 10.00 €
Inscrições:
manelcouto71@gmail.com
917 127 748
 
Fica a sugestão da JS Marco Canaveses... Façam bom proveito, se lá forem... Encontramo-nos por lá!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Novo Mapa Autárquico Proposto


Foi ontem proposto, tal como já era esperado, o novo mapa autárquico do Marco de Canaveses. Este mapa foi proposto por António Coutinho - presidente da Assembleia Municipal - aos elementos constituintes da comissão de trabalho da Reforma Administrativa, presidentes de Junta de Freguesia e movimentos civis.
A JS Marco Canaveses irá apresentar, a seu devido tempo, a reação a esta proposta, bem como a devida análise. De salientar, desde logo, a gestão absolutamente autocrata de todo este processo, onde a ausência de abertura e de sentido de serviço público têm imperado por parte do executivo municipal e do presidente da Assembleia Municipal.
 
Qual é a tua opinião relativamente a esta proposta?

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O Silêncio


O silêncio é precioso. O silêncio é sábio. O silêncio é incómodo. O silêncio é imperioso. O silêncio é assertivo. O silêncio é inapropriado. O silêncio é curto, por vezes longo. O silêncio é meu - faço uso dele sempre que entender - mas é também teu e nosso. O silêncio é apaziguador. O silêncio é perturbador – chega até a ter a força de um projétil impulsionado pela explosão que o gatilho proporciona quando premido. O silêncio é reflexo de uma multitude de cenários, é sinónimo de inúmeras realidades e é, não raras vezes, a manifestação mais ruidosa de aquilo que à frente dos olhos nos passa.

O silêncio é, porventura, a melhor palavra que descreve a minha atividade no espaço online da JS Marco de canaveses. Este mesmo silêncio – o silêncio que tenho perpetuado - é sinónimo de, tal como o anterior parágrafo, vários adjetivos. Por isso mesmo, porque do silêncio volto e porque do silêncio é possível absorver e depreender muito daquilo que são as vicissitudes do contexto que me rodeia... Faço do silêncio a palavra que me traz de novo à atividade na blogosfera. Do silêncio me excluo e volto a fazer uso da palavra.

Do silêncio saio e começo precisamente pelo silêncio, ou melhor, pelos silêncios. Pelos silêncios que se têm feito ouvir um pouco por todo o lado, silêncios esses que têm diferentes significados. Ora, aos silêncios então...

Ao meu... Que em Agosto, em termos de blogosfera, foi nulo – zero mesmo. Este é um silêncio de trabalho, um silêncio cujas implicações práticas se materializaram no JS Summer Camp 2012, na Torre de Nevões, e numa série de outras ocasiões internas à Juventude Socialista, distrital e concelhia. Um Agosto atípico, normalmente sinónimo de férias, repleto de trabalho e de preparação para os próximos 12 meses que se avizinham. Um silêncio que permitiu cimentar relações e ligações. Um silêncio precioso portanto.

Ao do presidente da Câmara Municpal... Manuel Moreira não é, nem nunca será silencioso: as suas aparições são constantes, as suas intervenções idem. Contudo Manuel Moreira tem manifestado um particular silêncio: inapropriado, inapropriadamente longa mas sábio, muito sábio. Não me vou referir às hipotéticas divergências internas, mas sim à Reorganização da Administração Local (RAL). É, acima de tudo, curta a lei 22/2012: a Regionalização, o Setor Empresarial Local e a reforma eleitoral ficam todos de fora de uma lei que poderia ser, a vários níveis, potenciadora do poder local (irei nos próximos dias abordar outro aspeto desta lei 22/2012). No entanto, tendo em conta aquilo que consta da lei, é possível desenvovler trabalho no sentido de conseguir uma gestão autárquica do Marco Canaveses mais eficiente que propicie a coesão territorial e, concomitantemente, reconheça as suas disparidades. Sobre este assunto Manuel Moreira tem sido particularmente silencioso: os presidentes de junta pouco ou nada sabem, os grupos partidários da Assembleia Muniucipal idem e, pior que tudo isto, os Marcoenses são figurantes políticos num assunto onde deveriam ser vetores ativos. Inapropriadamente longo, portanto, o seu silêncio. Mas, também por isso, sábio. Sábio porque o silêncio de que Manuel Moreira tem feito uso tem sido uma poderosa ferramenta para fazer desta reorganização um golpe de teatro, um faz-de-conta-que-vai-mudar-alguma-coisa. Sábio para Manuel Moreira que, com este silêncio, procurará perpetuar e solidificar a sua posição de poder, seja a que custo for... Porque, do ponto de vista dos marcoenses, este é um silêncio que os mantém na ignorância, um silêncio que os renega ao espaço de discussão pública, um silêncio que reduz o debate em torno da RAL a um pequeno número de pessoas que, na sua maioria, são seus fieis seguidores... Perdemos todos – até Manuel Moreira – pois perdemos a oportunidade de fazer uma mais eficiente gestão administrativa do nosso concelho.

Ao do governo da república portuguesa... Perante uma manifestação de dimensões colossais. Um silêncio que tresanda a incómodo perante o povo que elegeu este mesmo governo. Também no silêncio governamental vale a pena incluir o silêncio de Paulo Portas, entretanto quebrado, acerca das recentemente anunciadas  medidas de flagelo social (antes designadas de austeridade). Um silêncio que se revelou carnavalesco... Visto que se mascarava divergências profundas, alicerçadas na ausência de diálogo e capacidade negociar consensos de ambos os partidos que suportam o governo.

Ao silêncio que no sábado não se escutou... No dia 15, até poderia ter havido silêncio, até poderia ter ocorrido uma qualquer manifestação que fosse agora motivo de chacota por parte do poder... Mas não foi. O silêncio que se escutou no passado sábado era proveniente do interior das casas de cerca de 1 MILHÃO de PORTUGUESES. Portugal esteve na rua e fez-se ouvir... Questões partidárias à parte: GRAÇAS A DEUS QUE NÃO HOUVE SILÊNCIO. Portugal está atento, os portugueses estão conscientes do caminho político que se está a seguir.

Muitos outros silêncios existem, eventualmente bem mais interessantes que estes acima referidos... Mas, para já fiquemo-nos por aqui, para esses haverá também tempo! É bom estar de volta à vossa companhia, é bom voltar a dar o meu contributo para o espaço online da Juventude Socialista do Marco Canaveses. Vemo-nos por aqui...

Esta história não acaba assim por Pedro Santos Guerreiro

 
É muito revelador que o PSD tenha sido lesto a convocar a Comissão Política para reagir às declarações de Paulo Portas de domingo e tenha ficado mudo e quedo ante as manifestações de Sábado. O medo usado pelo Governo foi devolvido pelo povo. Quando o país desparalisou, paralisou o Governo.
Os erros de Pedro Passos Coelho estão listados. É dele e só dele a responsabilidade da crise política que desaba. É dele e só dele o romper abrupto da estabilidade social que acumulava quinze meses de austeridade tolerada. Passos Coelho errou em tudo. No que decidiu, no que comunicou, no que não fez, até na atitude desleal demonstrada na sua última oportunidade. Na entrevista à RTP, os portugueses quiseram ouvi-lo – foi das entrevistas com mais audiência dos últimos anos. Mas o primeiro-ministro voltou a exibir insensibilidade e incoerência, ao culpar os portugueses pela recessão, tinham consumido menos do que era esperado. Como aqui escreveu Manuel Esteves, somos agora acusados de viver abaixo das nossas possibilidades. Como sintetizou Teresa de Sousa, Passos disse que, afinal, o Governo cumpriu, os portugueses não.
As manifestações de Sábado foram muito mais do que numerosas. A tensão e raiva que lá se sentia fizeram das manifestações do 12 de Março (há um ano e meio) uma caminhada pela paz e amor. Nestas, pedia-se justiça, demissões, convulsões. Cada pessoa a quem se perguntava "por que razão está aqui?" respondia com o seu próprio drama. Muitas de lágrimas dos olhos. E agora?
"E agora?" é uma das perguntas que os cépticos das manifestações, e alguns amnésicos sobre o que é a sociedade, costumam perguntar no fim. Como se uma manifestação tivesse apenas dois propósitos: enrolar as bandeiras ou usá-las para partir montras. Errado. Os manifestantes é que perguntam, exigem, "e agora?". É Passos Coelho quem tem agora de responder.
O Governo responde com ameaça de cisão. Paulo Portas respondeu com cinismo a Passos Coelho, dando sequência ao processo de autodestruição da coligação. O pior cenário que temos pela frente é o de eleições, mas deixar apodrecer um Governo de traidores é como usar uma máscara de farinha ao vento. É altura de Cavaco Silva intervir. E resolver.
Passos Coelho já perdeu esta luta porque já perdeu todas. A própria "chamada" de Cavaco Silva a Vítor Gaspar ao Conselho de Estado, tornada pública, é um atestado de menoridade e um insulto ao primeiro-ministro. Cavaco chamou "quem sabe" e quem sabe é Gaspar. É esta a mensagem.
Da manifestação de 15 de Setembro à apresentação da proposta do Orçamento do Estado decorrerá precisamente um mês. Já não é possível reconstituir o que havia colando os cacos, mas é preciso reerguer algo. O aumento da taxa social única para os trabalhadores tem de cair. Até porque, como disse ontem Maria João Rodrigues, há alternativas. Mesmo sendo alternativas de austeridade.
Este é o principal dano provocado pelo Governo: ter destruído a disponibilidade para a dor que existia, porque vigorava o sentimento de que este era um caminho duro mas de injustiça justamente distribuída. Esse selo foi quebrado, irremediavelmente. Como perguntou José Gomes Ferreira, como vão ser agora aceites as próximas medidas de austeridade, que obviamente surgirão daqui até 15 de Outubro? Porque disso não nos livramos. Depois das medidas extraordinárias deste ano (que incluem a concessão da ANA, em vez de privatização), há um ror de austeridade para 2013 que não poderemos evitar. Os cortes na Função Pública e nos pensionistas, os impostos para trabalhadores.
Na delirante mensagem que deixou vai para dez dias no Facebook, o amigo, cidadão e pai Pedro escreveu uma frase certa: "Esta história não acaba assim". Pois não. Acabará de outra maneira. Acaba mal para Passos Coelho. Mas não pode acabar mal para o País.
in Jornal de Negócios

domingo, 16 de setembro de 2012

Sexta, de austeridade

Era sexta-feira, véspera de fim-de-semana, quando um senhor fez uma declaração ao país. Aquela voz assustada consigo mesma, falou num tom submisso sobre novas medidas de austeridade - um remendo por aquele chumbo do TC - onde, muitas das quais, se não todas, surpreenderam e de que maneira tudo e todos.
Essa voz exposta aos microfones televisivos e radiofónicos gerou polémica imediata. Somente Pedro Passos Coelho ficou, ao que parece, satisfeitíssimo com a sua prestação sobre "novas medidas de austeridade". O seu gosto patológico subiu para uma fasquia assinalável: a redução da TSU levou a que o povo visse de forma mais nítida o que realmente se passa em Portugal, deixando-se assim de contribuições extraordinárias e "cegas" como havia acontecido até essa véspera de fim-de-semana; e, finalmente, esse povo revoltoso ergueu-se das cinzas, encorajou-se contra medidas completamente abstractas do ponto de vista de "fazer tudo por tudo para salvar o país". Isso acabou. Agora é precisamente o contrário. É mais sério ainda: reduzir o salário aos trabalhadores, e em contrapartida transferi-lo para as empresas. Isto, meus caros amigos, chama-se insustentabilidade.

Álvaro Machado
- 16:31 - 16-09-2012

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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Suavização de Passos Coelho

   Uma coisa é sabida: este governo não quer criar empregos, não quer que a sua população tenha boas condições de vida, não quer que os jovens ergam o país; o seu discurso passa antes por eufemismos constantes onde tudo está mau e onde nunca têm culpa, e, ainda por cima, as medidas de austeridade deixam de ser surpresa - foram tornadas banais pela sua vertente de "caminho fácil".

   Aos olhos do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, o governo não tem culpa da taxa de desemprego em que o país está mergulhado, nem tem culpa do aumento de impostos, nem tem culpa que os estudantes escolhem outros locais para construir um futuro, nem tão pouco tem culpa de estarmos piores do que há um ano. "Tudo isto é necessário", afirma Passos Coelho. 

   A hipocrisia continua a ser um caminho fácil de traçar por todos os políticos em Portugal, assim como as suas políticas. Aumentar os impostos não é complicado para aumentar receita, cortar nos salários não é complicado para poupar nos cofres do Estado, destruir a vida das pessoas não é complicado desde que não seja a deles. E, por tudo isto, fico frenético em demasia!!! 

   Os dias em Portugal são claros: não há espaço para a arte, para os artistas, nem para as obras d'arte. O que os governos anseiam é números e o que realmente querem é um sistema de capitalismo avassalador.

                                                              Autor do Texto_ Álvaro Machado


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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

IC 5- Menos Tempo Mais Vida


O camarada Ricardo Marcos hoje faz-nos chegar ao blog marcoense, de forma a enriquecer o espaço, um excelente vídeo acerca do IC5, vejam o vídeo e não deixem de comentar:


"Eu vivo num distrito lembrado por uns esquecidos por outros mas afastado de todos, uns tentam aumentar distancias outros tentam encurta-las. O Ic5 contribuiu em muito para a aproximação ao resto do país, e diminuir assim os tempos de viagem, conduzindo assim a um maior bem estar da população e à melhorias das condições de vida destas gentes humildes, trabalhadoras , generosas, acolhedora etc ,podemos concluir que esta infoestrutura apenas veio melhorar a nossa vida e a vida de quem nos quiser visitar, Visto isto sentimo-nos na obrigação de Dizer: OBRIGADO SÓCRATES OBRIGADO PS !
Saudações socialistas"
Ricardo Marcos

1989 principio ou fim de um tempo ?



                                                                                                     


A 9 de Novembro de 1989, as televisões de todo o mundo sintonizavam-se na cidade de Berlim, que 44 antes, tinha sido palco do final da Guerra na Europa, com a tomada da cidade pelos Aliados. Nesse dia de Outono de 1989, milhares de alemães de ambos os lados, estavam junto ao muro, visivelmente emocionados com um dia histórico que poderia significar a união deste povo. De picaretas nas mãos começaram a destruir o muro de Berlim; a sublevação alemã de 1989 foi a talvez a única revolução popular- isto é em massa.[1]
Em 1961 é que foi construído o muro de Berlim, muro esse construído, pela acção do Governo da República Democrática Alemã (RDA), apoiado pelo então líder soviético Nikita Khrushchev. O muro foi construído para que os alemães de leste não fugissem para o lado ocidental;
Em 19 de Agosto de 1961, as autoridades de Berlim Leste puseram soldados e trabalhadores a construir uma divisória através da cidade. Em três dias foi erguido um muro grosseiro, suficiente para impedir movimentos ocasionais entre as duas metades e Berlim (…) As ruas e as praças foram cortas ao meio e todas as vias de comunicação que atravessavam a cidade dividida foram sujeitas a um policiamento apertado ou completamente suprimidas, Berlim tinha o seu muro.[2]
As duas Alemanha separadas pelo tempo e pelas ideologias juntam-se erguendo-se a uma só voz, a um só grito, a uma só bandeira, a da Alemanha;
22 anos após a reunificação alemã, a Alemanha esquece a acção que os povos europeus tiveram para com o seu povo. Guardaram para si, a palavra solidariedade, fechada a sete chaves. Mas em 1989, não foram só os alemães que derrubaram o Muro de Berlim, foram os povos da Europa.
            John Kennedy (Presidente dos EUA) em 1963, pronunciou nas ruas de Berlim junto ao erguido muro,Eu sou um Berlinense,  em plena Guerra Fria. Todos sabemos o significado daquela cidade, aquelas ruas são as veias mais vincadas da Europa contemporânea, onde até 1989 estava interrompida uma veia que não permitia a circulação para a formação de um corpo forte, a Europa.
            Os mais jovens nasceram sob o signo da Europa, sem barreiras, sem qualquer obstáculo à sua integração, sem arame farpado, sem postos de controlo, uma verdadeira auto-estrada que liga vários pontos, entre a Democracia e a Solidariedade.
            Sendo eu um jovem nascido na Europa sem muros e um europeísta convicto, vejo cada vez os países mais fortes a olharem mais para o seu umbigo do que propriamente para o sentido de União Europeia, cujos seus fundadores tinham como prioridade, a valorização de uma política consolidada nos aspectos de entreajuda, onde as pessoas são a essência.
            Quanto aos alemães, por momentos lembrem-se que a História é feita pelos homens e são os homens que fazem as nações, as nações têm memórias, é delas que se constrói uma identidade, ser europeu.  
            O ano de 1989 marca o início de uma nova era, a nossa

                                                                                                                       
                                                                                                Autor do texto_Tiago Aboim



[1]JUDT, Tony  –  O Fim da Velha Ordem. In JUDT, Tony  – Pós Guerra. Lisboa: Edições 70, 2006.  P.705.
[2]JUDT, Tony  – A Politica de Estabilidade. In JUDT, Tony  – Pós Guerra. Lisboa: Edições 70, 2006. P.298.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Dia do Socialista Marcoense 2012




O Partido Socialista do Marco de Canaveses leva a cabo mais uma festa-convívio de Verão para militantes, simpatizantes e amigos deste Partido. O evento ocorrerá durante a tarde do dia 15 de Setembro, no Parque Fluvial do Tâmega, em São Nicolau, e contará com jogos tradicionais, animação musical e porco no espeto. Todos estão convidados. Aos jovens socialistas deixamos um especial convite no sentido de fazerem parte desta comemoração do socialismo marcoense e do trabalho por todos desenvolvido.


Faz parte da matriz ideológica do Partido Socialista estar próximo das pessoas, e o PS Marco, ciente das dificuldades que atravessa o país em geral e o Marco em particular, quer-se próximo das pessoas da nossa terra. Assim mais uma vez estaremos todos, num convívio descontraído e informal, a confraternizar e a renovar laços de fraternidade para enfrentarmos mais um ano de trabalho político sempre em prol do Marco e dos marcoenses.


Para além de outros convidados estará presente o Presidente da Federação do PS Porto, Dr. José Luís Carneiro.


Podes escutar a entrevista de Agostinho Sousa Pinto, presidente da CPC do PS Marco Canaveses, através deste link.