terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Desconstruíndo o mito anti-taurino

"Há já alguns anos que tenho vindo a acompanhar a “disputa” entre os defensores e os opositores da realização de corridas de touros em Portugal. A minha opinião é por muitos conhecida; sou totalmente a favor das touradas.
São já habituais as provocações de lado a lado mas nos últimos tempos, temos vindo a assistir a uma campanha nefasta anti-taurina por parte dos colectivos, das associações e organizações que se dizem defensoras dos animais mas que apenas usam esta “bandeira” para atingirem fins pessoais.
Querem ser respeitados mas nada fazem por isso. Prestam-se a tristes espectáculos de auto-humilhação ao organizarem manifestações com meia dúzia de pessoas, ao recorrerem à violência e ao insulto gratuitos quando vêem que a maioria da população é franca admiradora da grande festa taurina. Veja-se o caso das corridas de touros nas Festas da Senhora da Agonia – em Viana do Castelo –, em que activistas anti-touradas tentaram agredir os espectadores da tourada e chegaram mesmo a danificar automóveis com pontapés e com pedradas. Este é o caminho para a descivilização.
Que fique bem claro que ser socialista e pró-taurino não é um contra-senso. Para mim, e para todos os admiradores da festa brava, a tourada é Cultura e é uma tradição que faz parte deste país milenar. Tem toda a razão de ser.
Quando me chamam ignorante por ser aficionado, costumo dizer que ignorantes são os que não sabem respeitar os gostos dos outros. Seria de bom tom que este clima de insegurança e de baixa auto-estima por parte dos anti-taurinos parasse de uma vez. Revelam ter as próprias convicções abaladas e a desfragmentar-se.
Alguns dos argumentos expostos contra as touradas são: a defesa dos animais, as imagens ofensivas transmitidas pela TV e uma possível influência dessas imagens na educação das crianças e dos jovens.
Como espectador assíduo de touradas, que sou, não consigo entender em quê que as touradas influenciaram a minha conduta enquanto cidadão e em quê que estas podiam ter feito de mim uma pessoa agressiva, desumana e insensível perante as pessoas e os animais.
Também é comum dizerem que não se pergunta aos touros se querem participar no espectáculo. Esse é um argumento parvo. Quando comem um frango assado perguntam ao frango se aceita ser decapitado, depenado, assado e comido?
Vivemos em Democracia e, jamais, aceitarei que me imponham seja o que for, que me proíbam de ver touradas ou que me “obriguem” a seguir e a cumprir à risca as ideias fabricadas por certos ideólogos que se julgam superiores a todos os outros. Só vê quem quer e não, ninguém desconta nos impostos para patrocinar as touradas! Esse é outro falso argumento que aqui desmascaro.
Terminar com as touradas? Então porquê que não terminam com as discotecas que incitam os jovens e adolescentes ao consumo de álcool e de drogas?
As touradas enaltecem a nobreza do touro e é deslumbrante observar a sintonia com os cavalos a bailarem em frente a um touro.
Relembremos que no Império Romano se matavam pessoas em plenas arenas e em que os touros eram os carrascos ao investirem contra os cristãos que se encontravam amarrados em barrotes. Também não é desumano?
Os pseudo-argumentos abolicionistas das touradas já “passaram à história” e os portugueses cansam-se da baixeza de tantos movimentos criados para cimentar interesses usando a bandeira da defesa animal. Fica-vos mal, muito mal mesmo!
Quando comerem bife de vaca lembrem-se que o bife já fez “mú” e quanto aos anti-taurinos vegetarianos, em vez de comerem alface comam pedras. Lembrem-se que também mataram a pobre da alface para vos encher a barriga.
Aficionado confesso. Assim sou e serei!"

Diogo Ribeiro de Campos, JS Porto