terça-feira, 23 de abril de 2013

Manifesto da Luz


Aqui fica o Manifesto inserido na conferência PENSAR O MARCO. Tal Manifesto foi devidamente entoado na abertura da conferência, da autoria de José Vieira. 

Deixem-nos respirar! “Abram todas as janelas!”
Que o ar puro entre nesta sala e em todas as salas onde se pensa e quer pensar e voar, voar, voar mais alto. Não cruzem os braços! Não caiamos na mesmice dos dias sem Sol e sem Luz. Não fechemos os olhos ao mundo! Pensemos!, por amor de nós e da Humanidade!
 PENSEMOS!

É por não acontecer nada neste nosso país e nesta nossa cidade, que criamos estas conversas, estas conferências, por forma a voarmos mais alto, sem receios, sem medos, qual Prometeu que rouba a chama divina aos deuses!
Entrai, todos vós que amais a Humanidade como o maior tesouro que temos! Entrai! Vamos pensar contra o comodismo, contra a fatalidade saloia de futuros sem futuro! Pela Cultura, pelo nosso País, por todos nós e pelo tempo, pensemos!
Deixemos a Luz entrar, não sejamos surdos à voz do Conhecimento, do Sentimento e da Razão.
Porque nós queremos “cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.” Queremos o Autêntico, o Novo, o Genuíno. Queremos tudo isso e mais que tudo isso! Queremos novos mares, novas Índias. Queremos outros caminhos. Queremos tudo de todas as maneiras! Queremos TUDO! Mas não queremos as coisas como elas estão! Queremos Mudança. Já chega de marasmo e de tédio! Já chega de silêncio e de abulia. Basta! Basta! BASTA!                                                               
PIM!
Deixemos, de uma vez por todas, de lado, este “Portugal-centavos”, como diria Álvaro de Campos no seu Ultimatum. Deixemos este Portugal sem leme para construirmos um Portugal com velas capazes de navegar sem medo. Deixemos de lado este Marco de Canaveses de escuridão profunda para caminharmos, sem medo, em direcção à Luz. Caminhemos juntos. Vamos! Vamos agora! Vamos já! É tempo de outra coisa. É tempo de uma nova Ordem. Criemos o Caos de onde surja a Harmonia!
Deixemos para sempre este Portugal cauda da Europa. Deixemos este Portugal que com “todos estes senhores conseguiu a classificação do país mais atrasado da Europa”, diria José de Almada-Negreiros.BASTA! BASTA! BASTA!                                                                           
PIM!
Basta de andarmos com as modas, com as políticas e com as opiniões sem opinião, sem fundamento. Basta os sorrisos falsos, as hipocrisias sociais, a miséria, a fome e o desemprego! Basta!                                                                                           
IRRA!
Usemos esta nossa força “desconhecida que nos leva muita vez, disse Antero de Quental, ainda contra a vontade, ainda contra o gosto, ainda contra o interesse, a erguer a voz pelo que julgamos a verdade, a erguer a mão pelo que acreditamos ser a justiça.”
Acusemos a doença moral que assola o país e a cidade! Acusemos a pequenez intelectual! Acusemos as trevas e de quem delas se serve para reinar em terras de ResPública! Basta d’isto! Basta de tudo o que vem d’isto! Basta de gente que viva d’isto e para isto! BASTA!                                                                                                   
PIM!
Sejamos essa miséria, essa escória que quer ser independente e pensar pela sua cabeça! Sejamos isso e mais que isso e tudo! Mas não sejamos isto! Isto não! Já chega d’isto!
Pensemos Marco de Canaveses hoje e amanhã, pensemos a Democracia, pensemos a Juventude, pensemos a Arte, pensemos o Homem, as finanças e a economia. Pensemos Deus, mesmo que ele não exista.
Sejamos sem limites, sem peias! Sejamos aquilo que somos ou que devemos ser: HUMANIDADE! Não humanidade que vagueie e deambule pelas cidades e pelo campo, sem rumo, sem opinião, sem vontade, marionetas de mãos e gravatas poderosas.
“Não é lisonjeando o mau gosto e as péssimas ideias das maiorias, indo atrás delas, tomando por guia a ignorância e a vulgaridade, que se hão-de produzir as ideias, as ciências, as crenças, os sentimentos de que a humanidade contemporânea precisa” disse Antero de Quental. “Acorda, é tempo!”
Acordemos todos nós. Acordemos deste sono de séculos de nada. Acordemos e caminhemos de mãos dadas. Não queimemos edifícios nem destruamos o património público. Queimemos o pensamento passadista! Destruamos a mentalidade provinciana! Pensemos por amor da Justiça, da Verdade e da Igualdade. Façamos a nossa Revolução Francesa do Pensamento! Cantemos as nossas Marselhesas, pintemos paisagens outras, escutemos novas sinfonias, escrevamos novos textos! Que este MANIFESTO DA LUZseja o início de algo Bom, Belo, Justo. Que estas palavras sejam fogo capaz de queimar o passado que vive no obscurantismo de séculos de pão e circo. Deixemos de lado o pão e o circo. Procuremos outro Pão, um que alimente e frutifique e perdure verdadeiramente. Procuremos o Indefinido, o Inatingível! Sejamos poetas, ou loucos! Ou tudo e nada ao mesmo tempo! Sejamos MAIS! Não fiquemos satisfeitos com o pouco. Sejamos insatisfeitos! Sejamos do contra! Sejamos contra! Não nos acomodemos ao estabelecido! Não sigamos as convenções com um sorriso na cara enquanto a sociedade devora a nossa Imaginação e força de vontade! CRIEMOS!

DE UMA VEZ POR TODAS E PARA SEMPRE, ACORDEMOS DESTE SONO DOENTIO E BAFIENTO!

Façamos guerra à guerra, tenhamos ódio ao ódio. Perguntemo-nos: o que é que podemos fazer pelo nosso país, pela nossa cidade?
Não tenhamos somente força e ânimo! Precisamos de mãos e olhos e pensamento e imaginação e vontade e palavras e acções e som e silêncio. Precisamos de Deus e do Diabo, mesmo que não existam! Precisamos de TUDO e de TODOS! Só não precisamos d’isto! Somos jovens, não alfarrobas, sabemos pensar, temos capacidade de pensar por nós, somos capazes de inovar. Somos Românticos como o foram Garrett ou Herculano. Lutamos pela mesma causa: PORTUGAL. Lutamos pela nossa cidade, pelo nosso concelho: o 12º pior concelho do país para se viver!
Queremos mais e melhor! Queremos o que é díspar e não temos medo do inédito, do diferente, da mudança!
Abram as portas e as janelas! “Abram mais janelas do que todas as janelas do mundo!”
Queremos ar fresco, queremos a LUZ que acabe com as trevas. A LUZ que mude definitivamente o Sistema sombrio e oportunista, cheio de compadrio e cunhas que é este país migalhas, este quase concelho a prestações
“Escuta! É a grande voz das multidões!” Que daqui a mil anos mil outras palavras durem para todo o sempre!                                                                        
   PIM!                          

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Divagações por João Valdoleiros


 
Dei comigo a pensar no que ouvi ao senhor primeiro ministro, preocupado que estava com a atitude da banca, no que diz respeito à política daquela, na concessão de crédito às empresas, para, diz ele, podermos reanimar a economia nacional.

O problema, penso eu, é que a reanimação é um acto possível (muito frequente em urgências médicas), outra coisa, assaz pouco credível é a ressuscitação dum cadáver.

Não saberá o desatento (só?) primeiro ministro, que são já milhares as micro, pequenas e médias empresas, que deram o “último suspiro” ajudadas pela terapêutica do seu expert da folha de Excel?

Assim sendo, como “ressuscitar” esses milhares de empresas, muitas delas com processos de insolvência ainda a decorrer e desde logo proibidas de retomar a actividade por impossibilidade de obter créditos bancários?

Senhor primeiro ministro, palavras para alimentar fundadas esperanças, sem substrato, proferidas por quem há muito perdeu a credibilidade perante a larga maioria do eleitorado, só o ajudam a descredibilzar-se mais. Poupe-nos à sua retórica mentirosa e faça-nos um favor, morra depressa, sem medo, já que acredita na ressureição.

João Valdoleiros

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Menezes: decisão restaura confiança democrática dos cidadãos


Federação Distrital do Porto da JS manifesta o seu regozijo pela decisão do Tribunal Cível do Porto em relação à candidatura de Luís Filipe Menezes, considerando que restaura a confiança dos cidadãos no sistema democrático.

A Federação Distrital do Porto da JS considera a decisão do Tribunal Cível do Porto em relação à candidatura de Luís Filipe Menezes, ferida de morte pela limitação de mandatos, salvaguarda os direitos, liberdades e garantias de todos os cidadãos, restaurando a confiança dos cidadãos no sistema democrático.


Tiago Barbosa Ribeiro, presidente da Federação Distrital do Porto da JS, considera que esta decisão assegura a renovação da vida política e dos titulares de órgãos públicos, «impedindo fenómenos de perpetuação do poder e malabarismos para violar uma lei absolutamente clara, adequada às melhores práticas europeias».


Recorde-se que esta decisão está em linha com a posição assumida pela Secretário-Geral da JS e já anteriormente manifestada publicamente pela Federação Distrital do Porto da JS, que lançou uma campanha sob o mote «Limitação de mandatos: imposição legal, exigência democrática».

 
Tiago Barbosa Ribeiro
Presidente da Federação Distrital do Porto da JS

terça-feira, 16 de abril de 2013

Divagações por João Valdoleiros




O “pai” enjeitado ou o “amado” desprezado (como queiram)

Conscientemente, reconheço, que após a demissão de Miguel Relvas, Pedro Passos Coelho merece toda a minha solidariedade, pois o momento que atravessa, só pode ser equiparado àquele que sofremos quando da perda dum nosso progenitor, ou quando o objeto dos nossos amores nos atraiçoa.

E diga-se de passagem, que não se trata dum qualquer progenitor, ou dum qualquer romance popularucho, que a vida tantas vezes nos revela que há progenitores e progenitores, amores e amores.

É o caso da perda de Pedro Passos Coelho. Foi, a crer nas palavras “sentidas” de Relvas, uma enorme perda, direi mesmo irreparável.

Todos nós, mesmo os descrentes e menos atentos a estas coisas da política, tomamos conhecimento no momento do seu “adeus”, qual o mérito das obras feitas, legadas pela personagem Miguel Relvas ao seu pupilo Pedro e porque não, também a todos nós.

Para não me tornar exaustivo, centrarei as minhas atenções apenas na parte do legado de Miguel Relvas, que a Pedro Passos Coelho diz respeito.

Dedicou-lhe 5 (cinco) dos seus melhores anos a “promovê-lo” a presidente do seu P.S.D. e mergulhou de cabeça, arriscando tudo, até o seu bom nome (foi cognominado como a máquina de fabricar mentiras) durante a enérgica, transparente, honesta e respeitadora da ética, campanha eleitoral, para as legislativas, conseguindo que o seu amado alcançasse o poder.

Tanto esforço e dedicação, não poderia, nem deveria ter sido esquecido, daí que Pedro, reconhecido e grato, tê-lo promovido a ministro da presidência, etc. e tal, ou seja, sejamos mais concisos, a seu braço direito naquela brincadeira que Pedro Passos Coelho, ousou designar como o governo de Portugal, preparado e pronto para salvar da tão anunciada e nunca concretizada bancarrota, todos os seus patrícios.

Como se usa dizer, a Vida dá muitas voltas, o mundo não pára de girar, e Pedro, tantas lhe fez, tantas vezes lhe virou as costas, porque caído de amores por um tal Vítor, que lhe exigia toda a sua dedicação, que Relvas ( não há amor que resista a tanto desaforo), decidiu anunciar o rompimento do “noivado”.

Já não bastara o contínuo piscar de olho de Pedro a um tal Paulo, situação, que ele, Miguel, com a sua habitual benevolência ia desculpando, para que algo acontecesse e acabasse por fazer transbordar a taça – Pedro mostrou-se desinteressado em influenciar e mexer com aquela estória da sua licenciatura – e isso não lhe poderia perdoar. Traições, mentiras, ameaças de abandono, tudo bem, ele bem sabia como é inconstante a personalidade de Pedro. Tudo lhe perdoou, mas contribuir para lhe retirar o tão desejado título de doutor, o expoente máximo dos seus desejos na vida, isso nunca. Tão grande ingratidão, não, é  irregovavelmente imperdoável.

João Valdoleiros     

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Ciclo de Debates: Uma Política para o Território e para as Pessoas



A candidatura de Lino Tavares Dias à Câmara Municipal de Marco de Canaveses vai organizar um ciclo de debates com o propósito de aprofundar e partilhar uma “Política para o Território e para as Pessoas”. Esta iniciativa consistirá numa série de debates – complementados por visitas in loco – que se debruçarão sobre temáticas consideradas estruturantes no processo de construção de um projeto político para o Marco de Canaveses. A deslocalização dos eventos e proximidade com a população são também condições basilares da iniciativa, procurando discutir de modo personalizado e realista os problemas e as visões dos marcoenses. Através da discussão pública e dos contributos de especialistas pretende-se otimizar respostas para seis perguntas fundamentais. São elas:
Primeira: O que estamos a gerir em 2013?

Segunda: O que se pretende para o território e para as pessoas?

Terceira: Que políticas transversais devemos desenvolver neste território?

Quarta: Que políticas transversais devemos desenvolver para as pessoas que usam este território?

Quinta: Que políticas sectoriais podemos aplicar a curto, médio e longo prazo, para desenvolver e melhorar o que temos?

Sexta: Como gerir com inovação?
Projetar uma Política para o Território e para as Pessoas,  consiste na ousadia de desenvolver leituras estratégicas que valorizem as suas capacidades identitárias. Estes debates são contributos para a construção participada da estratégia política, assumindo a prioridade de valorizar as Pessoas, não só porque é fundamental para o seu desenvolvimento, mas também porque tem efeitos na economia regional e na empregabilidade.
Convidamos todos os marcoenses a participar e contribuir para a construção deste projeto político para o Território e para as Pessoas.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Divagações por João Valdoleiros



Nas minhas divagações de homem velho, saudoso da sua infância, imaginem meus amigos, dei comigo a magicar com o popular espectáculo do circo.
Não, não fiquem preocupados aqueles que por mim têm alguma estima e consideração, que possa passar mal da minha saúde mental, ou ter sofrido de quaisquer tipos de alucinações.
Não, em definitivo que não.
Acontece apenas ter ficado siderado com a mudança de estatuto de certas personagens deste circo, que é a nossa política partidária – desde já recordo aos leitores sempre me definir como independente, daí que ...
Muitos, se não mesmo a totalidade de nós, rejubilava com a presença do circo (propriamente dito) nas nossas localidades, pois assistir aos seus espectáculos, era garantia dumas horas bem passadas, dumas gargalhadas honestas com as diatribes dos tradicionais palhaços, dum arregalar de olhos inocentes e incrédulos perante a coragem dos domadores de feras, ou mesmo dum arrepio de medo e susto com os artistas que arriscavam a sua vida nos trampolins colocados lá bem alto e, ou com os equilibristas no arame.
Quem diria, tantos anos depois, que teria a oportunidade de recordar os espectáculos circenses e os seus personagens, que tanta vez preencheram a minha imaginação de criança, recordações que têm apenas um senão, aliás bem desagradável.
O circo virou política e os seus atores dizem-se homens dedicados à causa pública, à ideologia que defendem como sua, enfim, acabei como o tolo no meio da ponte.
E logo me havia de acontecer a mim, que nesta idade já algo provecta, tinha idade para ter juízo e não achar piada àqueles, que sem jeito algum, pretendem substituir na minha memória os palhaços da minha infância. Sim, os palhaços, pois que de todas as figuras circenses, eram eles, que me deixavam sempre marcadas de modo indelével as suas palavras e atuações.
Mas “prontos”! Já lá dizia a minha santa Avó, olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço.

Um abraço a todos
João Valdoleiros

domingo, 7 de abril de 2013

Visita do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas do Porto


No passado sábado, recebemos na sede do Partido Socialista do Marco de Canaveses a representante do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas do Porto. Teresa Fernandes fez-se acompanhar de elementos da mesma divisão, em representação do movimento de Isabel Coutinho, candidata à Presidência do Departamento Nacional de Mulheres Socialistas. 

A recebê-las, esteve o Presidente da concelhia do Partido Socialista, Agostinho Sousa Pinto, e a representante do movimento de Mulheres no concelho, Dulce Ramos, assistidos de um grupo de militantes e simpatizantes do Partido Socialista  e elementos da Juventude Socialista. 

No contexto da visita houve um momento de acolhimento num café local, seguindo-se um esclarecimento na sede do Partido Socialista acerca da Moção de Isabel Coutinho, em que foi realçada a importância da aproximação das mulheres na vida política. Houve ainda uma visita a uma criadora de produtos regionais e locais, uma visita à cidade romana de Tongobriga e, para finalizar, um almoço num restaurante tradicional local.






sexta-feira, 5 de abril de 2013

Porquê Pensar o Marco?

“Escuta! É a grande voz das multidões!”, disse Antero de Quental no Soneto Surge et ambula, da obra Odes Modernas, publicadas pela primeira vez em 1865.
Hoje, volvidos quase 150 anos, que importância e actualidade terão estes sonetos, terá a expressão latina, já presente no Evangelho de Mateus 9:5?
De facto, o diálogo, o debate e a conversa são das melhores formas de exercer a cidadania, de promover o pensamento livre, de difundir as Ideias, de impulsionar a Humanidade na senda no Progresso e da Civilização.
Deste modo, as Conferências Pensar o Marco, são uma iniciativa e uma oportunidade para todos os marcoenses, jovens e adultos. Uma oportunidade e iniciativa de falarmos sobre o nosso concelho, a nossa cidade, o nosso país e o mundo! Pensar o Marco pretende ser um hino ao diálogo, ao respeito, à cultura. Queremos uma cidade melhor, mais aberta, uma cidade que pense sem medo, que exponha as suas ideias, os seus anseios, as suas dúvidas. Os seus problemas. Pensar o Marco, é, também, pensarmo-nos enquanto cidadãos, por forma a termos consciência do que fizemos, do que temos vindo a fazer ou do que não ficou feito. 
Assim, Pensar o Marco será um ciclo de conferências, num ambiente descontraído, ao estilo do Café literário ou cultural de outros tempos, onde teremos um espaço agradável, convidativo, onde os nossos sentidos serão despertados por vários e bons motivos. Pensar o Marco será um monumento para ficar e continuar, será o início de algo bom, belo e justo, onde todos terão o direito ao pensamento, onde todos participarão activamente, sem peias.
Queremos um mundo melhor, um país melhor, uma cidade mais desenvolvida? Comecemos por Pensar o Marco, embarquemos neste conceito, pois temos a certeza de velejar até novos horizontes, novas Índias, verdadeiras e interiores.
Enfim, Pensar o Marco é sermos mais e melhor!
Surge et ambula! Levanta-te e anda!

quarta-feira, 3 de abril de 2013

A Gaitada da Decadência - Habemus Tudo! PUM!







Habemus Papam! O Cristianismo e a Evangelização da Europa.
Pum! Pum! Pum! Habemus fogo-de-artifício e uma taxa de desemprego digna de um continente civilizado!
Habemus José Sócrates e barulhinho!
Marcel Proust, “Em busca do tempo perdido”, foguetes e Marco de Canaveses num romance de três volumes.

Bem-vindo, leitor sempre amigo, sempre fiel, sempre leitor! Raio de chuva que não passa! Como vais? Como foi a tua Páscoa? Ouviste a badalar do sino dizendo “tem lêndeas- tem lêndeas - tem lêndeas”, como dissera Torga num dos seus contos? O da criação do mundo. Esperamos que sim! E esperamos que tenhas tido uma Páscoa sem cortes, isto é, sem mais cortes! É que, por este andar, até a própria Cruz e o próprio Cristo terão de pagar imposto sobre a fé e crenças. Mas tudo pago em duodécimos, pois de dízimos viveu a igreja instituição durante séculos.
Habemus Papam! Quem diria? Um papa argentino, da América Latina, de um continente outro que não a Europa. Será isto um sinal dos novos tempos? Será a Igreja outrora evangelizadora e senhora da Europa e mundo a ser a evangelizada e ensinada? Bem, parece-nos, pelo que temos visto e ouvido e lido que lições de Pobreza, Humildade, Carinho, Perdão, Fraternidade e Paz são muitos dos pendões deste novo papa de nome Francisco, igual àquele de Assis que, sendo nobre, tudo deixou para viver com o “irmão Sol e com a irmã Lua”, ou àquele Xavier evangelizador das Ásias de outros tempos e tempos outros, missionário. Mas não sejamos assim tão partidários, senão dir-nos-ão que não somos imparciais e que estamos, cegamente, defendendo a Igreja. Nada disso! Cada um pense o que quiser, pois cá, bem, pois, cá, nós gaitamos como bem nos aprouver, enquanto não houver comentários, pois nunca os há, vamos lá saber o porquê disso, e assim, gaitamos contra e a favor de tudo e de todos e de ninguém e de Deus ou do Diabo!
Mas, ainda agora começamos, bravo leitor, desbravador destas palavras fracas e nada zombeteiras! Habemus muita coisa, muitos assuntos, outros, para gaitar de forma estridente, sem escrúpulos e com medo da Troika! Habemus tudo! PUM!
O tempo continua chuvoso, Beethoven chega-nos através do nosso egoísmo e medo de mostrarmos ao mundo o outro lado da tempestade. Ora porra! Mas que vem a ser isto?! Desculpa-nos, leitor amigo. Pelo cão! Deu-nos um laivo primaveril ou lá o que foi isso na ponta dos dedos. Às vezes as mãos são mais rápidas que a vontade. E falamos de mãos de fome. Mãos com vontade de altos voos.
Habemus, outra vez, José Sócrates! Veio o homem directamente dos anfiteatros da Sorbonne 4 para as arenas portuguesas da RTP 1! Os dois jornalistas, da ludus laranja, mercenários ou doctores, deram os seus golpes, fizeram as suas feridas, mas Sócrates, do alto da sua capacidade oratória, usando o gladium que Górgias lhe ensinara sob as oliveiras de Delfos, foi-se desviando de assunto em assunto, quando estes não interessavam e convinham, pois, quando a causa era o dominus Cavaco o gladium parecia ter vida própria e ser incisivo nas armaduras constitucionais deste país República. Ai, leitor fiel, Sócrates é tão amado e odiado que a multidão que o ama e odeia acaba por ter pão e circo para os dois lados. Pena que esse pão não seja distribuído por todos os pobres. Pena que esse pão esteja dentro dos partidos. Pena que esse Pão e esse circo aconteçam dentro do Parlamento, à hora do chá e dos bolos, e do brioche, pois Maria Antonieta não passava sem ele e, com certeza, domina Maria Cavaco Silva não passará sem eles, ou sem os pastéis de Vouzela. Blague!
Proust andava em busca do tempo perdido, já as nossas mãos parecem cair com as suas finas penas, o seu monóculo de chuva e o seu sobretudo, em busca do dinheiro perdido por este concelho. Quase que conseguiríamos fazer um romance em volumes como o fez Proust. Não seriam sete volumes mas três. Não seria uma catedral como a “Recherche” mas que daria uma grande barraca daria! Ou Gaitada.
Num primeiro volume teríamos “Em Busca do Dinheiro Perdido – do lado direito do Tâmega”. Ah! Maravilhas da Literatura! Oh delícias estúpido-literárias! Seria um romance doce onde o leitor amigo deliciar-se-ia com os milhares de euros estupidamente gastos em fogo-de-artifício no Domingo de Páscoa. As carrinhas cheias de canas e fogo preso. A azáfama de quem prepara tudo isso. A alegria de uns quantos parolos sentados nos seus automóveis, ao longo do rio e da ponte de Canaveses, com a igreja de Sobretâmega e São Nicolau mudas e envergonhados com o estrondoso e estridente barulho de umas quantas explosões de pólvora! PUM! PUM! PUM! Enquanto estouram milhares de euros em cerca de quinze ou vinte minutos ou menos, há mais cinco desempregados; enquanto as canas se erguem contra os céus implacáveis há mais uma família sem pão. Mas isso não interessa! Haja fogo para que possamos e tenhamos pretexto para pegar no automóvel, vestir uma roupa nova que, talvez ainda nem paga está, ou ficou em dívida interminável, estacionar ao pé do rio ou noutro lugar e maravilhar-se com este espectáculo digno de Marco de Canaveses. Um PUM pelos onze concelhos que são piores que este para se viver. Pois por cá somos o 12º pior. Coisa pouca. PUM! PUM! PUM! PUM! PUM! PUM!PUM! PUM! PUM! PUM! PUM!
No segundo volume teríamos: “Em Busca do Dinheiro Perdido – à sombra dos buracos financeiros nos buracos do centro da cidade.” Este seria um volume, todo ele matemático, com laivos de uma poesia de influência francesa tida como OULIPO, isto é, Ouvroir de Littérature Potentiel, pois o que teríamos em potência seriam dívidas e buracos pelo centro da cidade. Ah! E três milhões de euros enterrados em cerca de quinhentos metros entre as bombas de gasolina da BP e de uma rotunda perto de uma tal farmácia. Esse romance seria uma delícia, os leitores, amigos e fiéis, iriam viajar por passeios já marcados pelos pneus dos autocarros que não conseguem fazer manobras, depois iriam sentir o rugoso paralelo velho enlatado no chão, murmurando palavras de velho, praguejando contra o empreiteiro, a empresa e os calceteiros! Por fim, depois do encontro romântico entre o Orçamento municipal e a empresa que ganhou o direito à destrutiva ideia de reconstruir o centro daquilo a que chamam cidade de Marco de Canaveses, o nosso amável leitor teria a oportunidade de assistir a episódios de amor ardente, de falta de esgotos pelo concelho, de enamoramento poético e falta de água canalizada, de encanto primaveril e de hipocrisia social. Ah! Que romance! Que obra de arte!
No entanto, a Pièce de Résistance seria mesmo o terceiro, último e derradeiro volume desta saga, desta epopeia. Qual Ulysses, de Joyce! Qual Guerra e Paz, de Tolstoi! Qual Os Irmãos Karamazov, de Dostoiévski! O seu título seria: “Em Busca do Dinheiro Perdido – Um Marco em nada!” Este seria um canto épico. Seria rodeado de epítetos a Marco de Canaveses.
Teríamos poesia digna de uma tasca cheia de bolor e podridão:

 Uma cidade bela e encantada
 uma cidade de empreendimento
 O Marco em tudo e em nada
 Um Marco sem água nem saneamento.

E as rimas saloias por aí continuariam, seríamos o poeta-mor da cidade e o orgulho da Douta Escola marcoense! Blague!
Mas não!, os epítetos têm mais alcance. Um Marco na vergonha! Um marco na pobreza! Um marco na desigualdade! Um Marco no desemprego! Um Marco na mentira! Um Marco na hipocrisia! Um Marco na inveja! Um Marco na pequenez provinciana! Um Marco no obscurantismo intelectual! Um Marco na poluição! Um Marco nas filas de espera! Um Marco na incompetência municipal! Um Marco parado no tempo! Um Marco na corrupção! Um Marco na VERGONHA! Enfim, leitor amigo, um Marco na merda… Não achas que está na hora de mudarmos o rumo desta cidade, deste concelho?
Acredito que depois da leitura destes três grossos e pesados volumes estejas cansado, tonto, perdido. Descansa um pouco, respira fundo, fecha os olhos. Agora pensa connosco? Vais continuar a querer todos estes epítetos para a tua cidade?
Se queres mudar, abre os olhos, lê os sinais dos tempos, está atento ao que se passa, presta contas com aqueles que estão no poder. Se queres permanecer neste estado, bem, boa sorte e boa viagem até à próxima festa onde haja fogo de artifício! PUM!
Vamo-nos rir, pois!

O Comentador de Paris por Pedro Leal in P3

 
É com grande orgulho que transcrevo, de novo, um texto de opinião publicado no P3 cuja autoria pertence ao jovem marcoense Pedro Leal.
 
O ambiente ficou de “cortar à faca” nos últimos dias, o momento não é para menos — José Sócrates regressa à vida ativa publicamente em grande, a comentar na RTP. Esta notícia surtiu duplo efeito; uns apoiam e outros criticam, estes últimos rejeitam auscultar o ex-Primeiro Ministro.
 
Contudo o grau de confusão e excitação enlouqueceu a atmosfera social, e agora resta perceber os efeitos desta situação. No exato momento em que o PS apresenta uma petição de censura ao governo e o bloco de toda a esquerda se junta, embora de forma artificial.
 
É notório o efeito de braço de ferro que Seguro terá de fazer com o primeiro-ministro, necessariamente com tudo isto o secretário-geral do PS terá de mostrar o que vale perante o país e os socialistas, antes que Sócrates chegue e manifeste maior fôlego para fazer frente ao governo.
 
Em suma António José Seguro terá a penosa tarefa de se assumir enquanto político, já que nos últimos momentos funcionou apenas com base no comentário e sem consequências diretas para as políticas governativas do país. E mais, agora é o querido líder socrático que terá tempo de antena assegurado.
 
De certa forma o mais interessante não será discutir a presença de Sócrates na RTP, mas a utilidade que este novo entrevistador trará. Este poderá ser o fim do governo apontar continuamente o dedo a uma identidade (in)visível, sem possível defesa do inquirido, argumentando constantemente que a causa de toda a tragédia do país teria um dono, residente em Paris. Por isso há que temer que o governo, made in Berlim, continue na senda de destruir o futuro dos Portugueses diretamente de S. Bento e logo de seguida aponte o dedo a José Sócrates, o comentador de Paris.
 
Mas não deixará de receber resposta, e que resposta. Logo agora que Seguro começou a olhar para o momento de governação Socrática com certo respeito e aceitação, terá o próprio Sócrates a defender as suas políticas não precisando de intermediários. E agora para que servirá Seguro?
 
Mas as atenções falharam, os focos foram mal direcionados e de tudo isto há que retirar uma ilação. O pais continua aprisionado a políticas irreais projetadas em Berlim e por uma espécie de máfia financeira, fazendo crer que José Sócrates é responsável. Gostaria, ao invés de Sócrates, ter Cavaco Silva como comentador, isto sou eu a sonhar, já que o seu exercício ativo enquanto Presidente da República é muito baixo. Mas os tempos são conturbados e ao invés de se fazerem petições para exigirem que Cavaco Silva dialogue com os portugueses, fazem-se petições para se calarem os que ainda se mostram com coragem de falar.
Quanto ao resto, venha o comentador de Paris e que o Governo saiba ser governo de Portugal e dos Portugueses. Por isto este não será o momento mais certo para José Sócrates aparecer, nem o mais ideal. Afinal Sócrates é responsabilizado pelos atos governamentais, até pelo facto de a emigração ser uma ponderação séria para os portugueses.Com isto, José Sócrates com o ato de regresso à pátria, sem dizer uma única palavra, já contradisse uma medida política do governo, aguardando-se muitas mais -Isto promete! Esperemos para ver, inclusive, o que mudará dentro do próprio Partido Socialista.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Petição contra a Suspensão da Requalificação da Escola Secundária de Marco Canaveses

"Pelo Marco de Canaveses, pelo futuro do concelho. Pelos jovens, que um dia serão menos jovens, e pelos seus sonhos... Pelo amanhã que se constrói dia a dia... Por todos os marcoenses vamos fazer a nossa voz ecoar nos corredores dos gabinetes de Lisboa e mostrar que a escola é um espaço de todos nós. Desafio-o, caro leitor, a assinar a petição em defesa da continuidade das obras de requalificação da Escola Secundária do Marco Canaveses e partilhar pelos seus. O Marco ficar-lhe-á grato."

Lino Tavares Dias, candidato pelo PS à Câmara Municipal Marco Canaveses
 
A sua assinatura, divulgação e envolvimento são essenciais para a continuidade deste projeto