O poema de hoje hoje é da autoria de José Manuel Mendes e encontra-se na obra Os Dias de Trigo.
Nascido em Luanda, cursado em Coimbra, este escritor e actual professor de Comunicação Social na Universidade do Minho esteve sempre atento à realidade do seu país, quer através das críticas, quer através da sua pena.
Com apenas 15 anos publicou o seu primeiro livro de poesia.
Neste poema encontramos um eu lírico preso à terra e aos tesouros que ela esconde. Terra essa que é o Alentejo, mas que pode ser visto como todo Portugal.
Não apagarão nosso rastronas areias do tempo
fertéis são as terras onde lavramos
os sinos
da manhã
não calarão o brado solidário
alentejos da esperança
país da coragem
mineral
podem matar-nos
não provarão o mel
dos rios
serão cinzas ao findar
da noite
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