quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sessão Esclarecimento - 1 Junho | Toutosa


Inicia-se já amanhã o Ciclo de Sessões de Esclarecimento que a Juventude Socialista do Marco de Canaveses concretiza durante os meses de Junho e Julho. Esta iniciativa, inteiramente dirigida a toda a população marcoense, é composta por 5 (cinco) sessões que decorrerão em Toutosa (amanhã), Penha Longa (dia 16/06), Alpendorada e Matos (dia 30/06), no Freixo (dia 13/07) e em Soalhães (dia 28/07).

É nosso desejo que os marcoenses adiram em massa a esta iniciativa, demonstrando a sua preocupação e interesse por assunto tão pertinente no horizonte do nosso concelho. Desta forma, apelamos à vossa presença e ao vosso contributo, no sentido de fazer destas sessões um momento de auscultação da população e de partilha de opiniões e visões. Este é o momento para dizer aquilo que pensa e deixar o seu contributo para esta importante temática.

A sessão de amanhã terá como representantes dos partidos marcoenses Artur Melo (PS), Rui Cunha (PSD) e Avelino Ferreira Torres (CDS) sendo moderada por Leonardo Machado (JS). É um privilégio poder contar com o contributo dos representantes máximos dos partidos marcoenses, num claro sinal da importância que recobre este assunto. Mais ainda, estão também confirmadas as presenças das juntas de praticamente todas as freguesias abrangidas por esta sessão, sendo elas: Toutosa, Santo Isidoro, Banho e Carvalhosa, Constance, Sobretâmega e Maureles. Apenas uma junta de freguesia não conseguimos ainda contactar no sentido de confirmar a sua presença. Estes são sinais claros da necessidade de debate e divulgação de informação no seio da comunidade marcoense.

Os detalhes estão a ser ultimados, os convidados estão confirmados... E o leitor? Vai lá estar? Contamos com o seu contributo.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Ciclo Sessões Esclarecimento: Toutosa 1 Junho


Deixamos aqui o cartaz relativo à Sessão de Esclarecimento que irá decorrer na freguesia de Toutosa, no próximo dia 1 de Junho (6ª feira), pelas 21:30h.
A JS Marco Canaveses convida toda a população a fazer parte deste evento que pretende ser um verdadeiro contributo de todos para o concelho marcoense. Podem esperar total liberdade de opinião e um ambiente d elivre cicrculação de ideias, onde a visão de todos os partidos políticos será respeitada e projetada. Este é um ciclo de sessões dirigido aos marcoenses, não é um qualquer veículo de propaganda política... Contamos com todos para este conjunto de iniciativas! Até 6ª feira...

Para mais informação, por favor consultar:

Tema do Mês: Pedido de Desculpas


Caro leitor, pedimos desculpa pelo incumprimento do compromisso assumido para contigo no sentido de publicar o contributo semanal do Tema do Mês, todavia, por motivos de força maior, incontornáveis portanto, não nos foi possível publicar o cointributo desta semana. Desde já pedimos desculpa pelo incómodo e asseguramos a publicação do contributo num período tão breve quanto possível.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ciclo Sessões Esclarecimento: Reforma Administração Local



A Juventude Socialista do Marco de Canaveses (JS Marco) irá concretizar uma iniciativa no sentido de procurar clarificar e dissipar algumas dúvidas e questões dos marcoenses relativamente à reforma da administração local. Esta iniciativa consistirá num ciclo de sessões com o intuito de esclarecer os marcoenses acerca deste premente assunto do panorama político e quotidiano. Ao longo dos meses de Junho e Julho decorrerão 5 (cinco) sessões de esclarecimento dirigidas a todo o concelho marcoense, constituindo um conjunto de sessões com as seguintes datas:

1 de Junho – Casa Povo Livração | 21:30h: Toutosa, Constance, Banho e Carvalhosa, Sobretâmega, Vila Boa de Quires, Maureles e Santo Isidoro;

    16 de Junho – Junta Freguesia Penhalonga | 21:30h: Penhalonga, Paços Gaiolo, São Lourenço Douro, Sande e Paredes de Viadores;

    30 de junho – Junta Freguesia Alpendorada e Matos | 21:30h: Alpendorada e Matos, Torrão, Várzea do Douro, Favões, Vila Boa do Bispo, Ariz e Magrelos;

    13 de Julho – Auditório Estação Arqueológica Tongobriga | 21:30h: Freixo, Rosém, Tuías, Manhuncelos, São Nicolau, Fornos, Rio de Galinhas e Avessadas;

     28 de Julho – Casa Povo Soalhães | 21:30h: Soalhães, Tabuado, Várzea de Ovelha e Aliviada e Folhada.

A JS Marco pretende com este ciclo dissipar dúvidas dos marcoenses relativamente ao processo de reformulação da administração local, promovendo, para tal, encontros dos partidos políticos marcoenses com a população.  Pretende-se, ao longo das sessões, dar a conhecer a posição de cada um dos partidos relativamente a esta temática, assim como aprofundar as mesmas, conferindo um aspeto informativo em torno dum assunto cuja importância é elevada. Através de um modelo de debate e interação com a plateia, os atores políticos marcoenses terão a possibilidade de melhor informar os marcoenses acerca das dúvidas relativas ao processo, nomeadamente o período temporal da sua concretização, quais as implicações no quotidiano marcoense, tal como escutar as palavras da população, no sentido de recolher contributos para um processo que se pretende, idealmente, consensual.

A JS Marco convida toda a população para um conjunto de iniciativas a si dirigidas, com o intuito último de informar e aproximar a população aos decisores políticos marcoenses. Estes serão, por certo, momentos de debate e troca de perspetivas enriquecedores para o concelho e para todos os marcoenses. Não falte e deixe o seu contributo, esta é uma iniciativa da JS Marco que se pretende de todos e para todos.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

JS + Perto de Ti: AD Constance


Associação Desportiva Constance (AD Constance)

Ano de Fundação
1987
Presidente
Armando Pinto
Sede
Rua da Sortelha, Constance
Massa associativa
Aproximadamente 160
Instalações
Campo futebol 7, Campo futebol 5 (coberto), Balneários, Instalações columbofilia, Bar
Secções
Columbofilia, Tuna Sénior Santa Eulália Constance (TSSEC)
Parcerias
Special One, Câmara Municipal, Outras


No dia 5 de Maio a Juventude Socialista do Marco Canaveses (JS Marco) visitou a AD Constance, deslocando-se às suas instalações e procurando conhecer a realidade da mesma. Esta visita não é fruto, de todo, do acaso, esta visita tinha em vista conhecer o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nesta associação e que tem tido uma visibilidade considerável no nosso concelho, conferindo brio à atividade desta coletividade. A JS Marco pretende dar o seu contributo a este mesmo trabalho, projetando-o e difundindo-o tanto quanto possível, no sentido de aproximar todos os possíveis interessados em contribuir para o enriquecimento desportivo, cultural e associativo do Marco de Canaveses.
Esta visita inseriu-se no projeto "JS + Perto de Ti" que visa calcorrear a realidade marcoense, tratando-a por tu e fitando-a nos olhos de forma a melhor a conhecer e interpretar. Foi com este pensamento que nos deslocamos à sede da AD Constance e verificamos uma realidade muito interessante, repleta de ambição, dinâmica, organização e perseverança. Recebidos de forma muito amistosa e hospitaleira por Armando Pinto (Sr. Armando) e Pedro Pinto conhecemos as instalações da associação, a sua realidade, as suas atividades, parcerias e projetos. Deixamos aqui algumas observações recolhidas e alguns assuntos debatidos:
1. Tuna Sénior de Santa Eulália de Constance (TSSEC): uma das vertentes da AD Constance cuja vitalidade, dinâmica e organização são objeto de um grande louvor. De facto, numa realidade comum a tantas outras associações marcoenses, foi fantástico conhecer o percurso desta iniciativa. Possuidores de equipamento próprio - que foi sendo adquirido com recurso a atividades, candidaturas a apoios públicos e outras parcerias, milimetricamente organizado e meticulosamente cuidado, a TSSEC faz da sua realidade motor de trabalho e rentabiliza o mesmo (cedendo equipamento e serviço de som e luz para eventos). Ah, já agora: as caixas de armazenamento de equipamento são feitas pelos próprios membros da TSSEC (tal como mutos outros engenhos muito peculiares)! Este é um projeto que confere uma grande visibilidade à AD Constance, dada a sua repleta agenda de atividades (até ao fim de Agosto, os fim-de-semanas estão já praticamente todos os reservados). No próximo dia 2 de Junho haverá Cernata. A TSSEC é, no nosso entender, um exemplo de atividade, organização e ambição no tecido associativo marcoense. Os nossos sinceros parabéns aos seus elementos (especialmente ao Pedro Pinto pela enorme dedicação).

2. Secção de Columbofilia: A AD Constance tem uma secção de columbifilia que vários praticantes deste desporto (um dos mais praticados no país) vão dinamizando através de provas, criação de pombos e troca de experiências com outras coletividades columbófilas do país.

3. Equipamentos: Foi muito agradável constatar o asseio e excelente estado em que se encontram as instalações desta coletividade, desde o aspeto exterior ao espaço interior. Isto confere um valor acrescentado à associação e permte-lhe trabalhar parcerias que, de outra forma, possivelmente não existiriam. Paralelamente a este aspeto foi possível verificar que a AD Constance assumiu a mudança e concretizou alterações às suas instalações que a fizeram inovar e melhorar: transformaram o campo de futebol de 11 em dois campos de futebol de 7 e um recinto coberto, um claro sinal de adaptação e ambição.

4. Parceria Special One: Interessante também foi constatar a existência de uma parceria com o centro de atividades de tempo livre Special One que consiste numa escola de futebol dirigida aos mais pequenos. Esta pareceria permite uma aproximação do tecido associativo ao tecido empresarial promovendo a sua sustentabilidade e conatnte dinamização e renovação.

5. Recinto fechado - um pavilhão desejado: Por último queremos deixar uma ressalva ao projeto que a AD Constance tem em gaveta: o fecho do ringue (atualmente com cobertura) transformando-o em pavilhão multiusos. Esta estrutura permitiria a prática de desporto de forma mais confortável ao longo de todo o ano, além da possibilitação de melhores condições de sonorização e logística para eventos de índole cutural (atividades da TSSEC por exemplo). Tendo a candidatura a fundos públicos sido aprovada, resta angariar 30 mil € para que a empreitada se possa concretizar. A Câmara Municipal não dispõe, de momento, de recursos financeiros para tal, afirmou o Sr. Armando. Pena é que assim seja, as opções políticas foram tomadas noutro sentido, acrescentamos nós. Este projeto teve ainda um valioso contributo do gabinete de projetos e engenharia de Rui Valdoleiros. Esperemos que as condições, de alguma forma, se alterem para que este projeto avance.
Foi com um agradável convívio no Café Jardas em Constance que terminou a nossa visita à AD Constance. Ficou bem clara a capacidade de trabalho e a dinâmica que atualmente carateriza esta associação. Foi uma tarde de conhecimento, confraternização e, acima de tudo, aprendizagem. A JS Marco tem a agradecer a receção e hospitalidade demonstrada perante o nosso interesse.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Sugestão: Debtocracy

Queria deixar aqui uma sugestão... Por 2 motivos (simples):

1. Porque posso (tão só e apenas)!
2. Porque o Pedro Leal tem alimentado aqui um hábito muito saudável de publicação curtas metragens de pertinência indiscutível!

Não sei se já viram o filme Debtocracy, algo como Dividocracia! Um filme feito, segundo os autores, pelo público acerca da crise grega. O filme é já do ano de 2011, não acabou de sair nem sequer acabei de o ver! Lembrei-me, nesta fase em que a crise grega agudiza de forma severa... Talvez seja o ponto de viragem para toda a Europa e não apenas o fundo do poço para os gregos.
Este filme alimentou muitas sessões de cinema ao ar livre em praças públicas repletas, desde Atenas até Madrid. Por cá, o Bloco de Esquerda levou a cabo também diversas sessões de visionamento. A meu ver, este filme serve, acima de tudo, para apurar o sentido crítico relativamente à situação grega. Marginalizado pelos media de massas e, não obstante isso, visto por milhões de pessoas, Debtocracy mostra o outro lado da crise grega que as notícias que nos chegam teimam em omitir. Como todos os filmes mais radicais, é necessário espírito crítico para assimilar aquilo que interessa ou, simplesmente, saber aquilo que interessa!

Mas, enfim... Palavras em demasia já! Caso decida aceitar a minha sugestão... Boa sessão!



OBS: Esta versão tem apenas legendas em inglês!

terça-feira, 22 de maio de 2012

II Cernata - Certame Nacional de Tunas Académicas, em Constance




É já no próximo dia 2 de Junho, pelas 21:00 horas, que se realiza o II Cernata - Certame Nacional de Tunas Académicas,organizado pela Tuna Sénior de Santa Eulália de Constance

A edição deste contará com a presença da Tuna de Ciências da Universidade do Porto - Javardémica, a Tuna Académica do ISEP, a Real Tuna Universitária de Bragança e Tuna Académica da Universidade Portucalense - Infante D. Henrique, que estarão a concurso, atuando, extra-concurso, a tuna anfitriã, Tuna Sénior de Santa Eulália de Constance.
A iniciativa realizar-se-á no Complexo Desportivo de Constance, sendo um evento de Entrada Livre.

Soalhães censura Manuel Moreira

No passado dia 30 de Abril foi aprovada na Assembleia de Freguesia de Soalhães uma Moção de Censura ao executivo da Câmara Municipal. Além das publicações nos blogues marcoenses, pode consultar a mesma aqui, no sítio online da Freguesia de Soalhães, no Portal das Freguesias.

Esta é uma moção que merece uma atenção mais detalhada por parte dos marcoenses que uma qualquer jogada partidária. Esta moção espelha o estado de espírito da freguesia de Soalhães relativamente ao executivo camarário. Basta, para tal, verificar que foi aprovada por unanimidade, isto é, inclusivamente com os votos a favor dos elementos eleitos pelo PSD (para os mais distraídos, o partido que comanda os destinos da Câmara Municipal).
Esta é uma fábula inusitada e bastante insólita. Que consiste, de forma sucinta, na candidatura a financiamento estatal para a construção do Centro Escolar de Soalhães, integrado na carta educativa do concelho. Candidatura aprovada, a bola passou para o lado do município, que tratou de adquirir o terreno, por 500 mil euros e encomendar a elaboração do projeto. Daqui em diante é tudo desastre! Enumero esses pequenos desastres entrelaçados por perguntas que não interessa mais fazer nos locais indicados (Assembleia Municipal e Reuniões de Câmara) pois Manuel Moreira pura e simplesmente nada responde:

1. Como é possível adquirir um terreno com o fim de construção de um centro escolar cujas características não permitem construção? Poderia-se argumentar que o mesmo seria, entretanto, passível de ser submetido a construção, no entanto, até agora, NADA! Que executivo é este que adquire um terreno para um propósito para o qual o terreno não pode ser utilizado? 500 mil € não são trocos!

2. Sendo o plano alterar o caráter do terreno em questão, possibilitando depois a construção do Centro Escolar, como justifica o executivo o atraso COLOSSAL na atualização do PDM? Este importante instrumento (para alguns apenas, talvez) está incrivelmente desatualizado e não há ainda sinais de conclusão do processo de atualização. EMBARAÇOSAS as justificações de Manuel Moreira para tal atraso, quando praticamente todos os concelhos limítrofes têm o seu atualizado ou prestes a estar.

3.Como justifica o executivo marcoense o atraso de largos meses nas respostas à CCDR-N, quando esta pede esclarecimentos à Câmara Municipal? Faz até parecer que não quer a concretização deste projeto - coisa de que duvido.

4. Qual o porquê de tanto silêncio a tantas questões? Nada tem a dizer? Nada quer acrescentar? Fazer de conta que o elefante branco na sala não existe?

5. Será ainda a culpa do Sócrates? Será ainda o PS contra o desenvolvimento do Marco de Canaveses? Ou será apenas um presidente de Câmara que tarda em renovar o PDM? Que se escusa a dar satisfações aos munícipes e autarcas e a procrastinar algo que nunca irá resolver?

Enfim...
É, todavia, minha opinião que o executivo camarário, apesar do inegável envolvimento da vereadora da educação, pouco tem que ver com esta questão, parecendo, concomitantemente, claro aos meus olhos que a ação e a forma de agir de Manuel Moreira é que colocam este projeto em causa. Melhor ainda, é apenas este senhor que diz que vai fazer o Centro Escolar vezes sem conta sem nada apresentar na realidade para corroborar essas palavras... Dito de outra forma menos literária: MENTE CONSTANTEMENTE AOS MARCOENSES.
Soalhães, farta da mentira insistentemente apregoada, censurou, EM PESO, Manuel Moreira.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Política, Religião e Liberdade


Como dirigente da Juventude Socialista e como coordenador da Pastoral Juvenil da Vigararia do Marco de Canaveses, considero-me conhecedor das diferenças que separam a Política da Religião. São dois caminhos distintos, com preceitos próprios mas que estão inevitavelmente ligados. 

Tanto um como o outro são capazes de arrastar multidões, conferindo um enorme poder a quem os lidera. Um poder tantas vezes descurado ao ponto de colocar em causa alguns dos direitos que considero fundamentais. 

Durante anos, a política e a religião caminharam juntos como um só fazendo com que as opções religiosas, sexuais, diferenças de etnias, etc. servissem como desculpa para diferenciar os cidadãos. Não tenho dúvidas que a separação destes dois conceitos foi uma das maiores conquistas democráticas no nosso tempo. “Somos diversos nas nossas opções de vida, mas devemos ser iguais nos nossos direitos como cidadãos” 

É por isso que, apesar de pertencer a uma religião tantas vezes apelidada de fechada e inexcedível, não sinto qualquer divergência em defender questões tão controversas como o casamento gay, o aborto ou outro qualquer assunto que tenha como objectivo o de habilitar cada um de nós dos mesmos direitos e competências para escolher qual o caminho a seguir. Porque é disso que verdadeiramente se trata: dar a opção a cada um de nós para escolher a sua liberdade sem com isso comprometer a liberdade do nosso próximo. 

Este conceito precisa de ser valorizado… ou melhor, precisa de ser aplicado! É necessário reflectir sobre o que realmente é importante e deixar cair todos os preconceitos que nos prendem no caminho para a evolução social. É por isso que a Igreja e o Estado têm um papel fundamental na defesa desta concepção. Apenas através de um perfeito equilíbrio, poderemos afirmar a nossa liberdade. 

A separação do Estado e da Igreja deve por isso ser absoluta. Defendo um estado laico, não religioso, capaz de oferecer educação, serviços médicos e acção social sem estabelecer diferenças pelas opções de cada um. A Igreja não deverá impor as suas concepções. A religião é algo que se busca. É um caminho que deve ser seguido por convicção. Só assim faz sentido. 

Sou socialista e católico, porém, a minha liberdade transcende estes dois conceitos. Sou antes um homem hábil para evitar extremismos e para compreender as diferenças. Um homem, como tantos outros, capaz de falar abertamente sobre o que nos separa e com vontade de encurtar distâncias.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

pUblicitação de pRojectos cInematográficos- Curta Metragem- "Artur"

   




   No ciclo de apresentação de projectos cinematográficos (curtas- metragens) de promoção às artes audiovisuais portuguesas, hoje é apresentada a curta "Artur".Flávio Pires é o jovem realizador e argumentista do filme, promovido por Fernando Ribeiro e Mafalda Castelo-Branco.


Sinopse_


    "«Artur» é uma curta-metragem realizada por um grupo de alunos da Universidade Católica Portuguesa do Porto que regista a vida do realizador Artur Ramadas, com depoimentos de figuras como Sérgio Godinho e José Luís Peixoto, Francisco Louça, entre outras personalidades nacionais.
    Artur Ramadas é um realizador portuense (embora nascido em Portalegre, tem o coração na Invicta), devoto absoluto de cinema, que terá feito o primeiro filme aos 23 anos, em 1962, «Pai», e assinado várias fitas até 2004, com «O Luto Solitário».
Um grupo de alunos de Cinema e Audiovisual da Universidade Católica Portuguesa do Porto resolveu fazer uma curta-metragem sobre o próprio cinema e registar em filme a carreira de Artur Ramadas, com depoimentos de figuras nacionais que com ele terão privado, como António Pedro Vasconcelos, Esperanza Gomez, José Luís Peixoto, Júlio Machado Vaz, Vítor Teixeira e Yrjó Váhámáki."

Prémios:
Melhor Filme - Prémio Take One!, Curtas de Vila do Conde 2011
Melhor Filme - Competição de Escolas de Cinema – Fantasporto 2012
 Melhor Filme – Competição Abril 2012 – Shortcutz Lisboa


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Informações sobre a eletrificação da Linha do Douro



A Juventude Socialista de Marco de Canaveses não esquece as suas lutas e, como tal, tem acompanhado a evolução do processo de eletrificação da Linha do Douro, no troço Caíde-Marco.

Tal como já avançamos,  foi publicado em Diário da República, no passado dia 14 de maio, a Resolução da Assembleia da República n.º 73/2012, aprovada a 20 de abril, que recomenda ao governo a eletrificação do troço Caíde-Marco. 


A JS Marco sabe, também, que depois da manifestação levada a cabo na estação do Marco de Canaveses e posterior conversação entre a Comissão de Utentes da Linha do Douro e a CP, da qual saiu um ajuste nos horários dos comboios, a entrar em vigor, apenas, quando for dada luz verde para a eletrificação, a REFER já apresentou um estudo sobre a obra, que lhe tinha sido solicitado pelo governo, estando neste momento a trabalhar na alteração do projeto da eletrificação, para que esta obra seja concretizada.


Resta agora esperar por novos avanços, sendo que logo que tenhamos mais novidades daremos conta aqui no blogue.


quarta-feira, 16 de maio de 2012

O POVO faz toda a diferença III

As ligações ferroviárias para o Marco de Canaveses representam um serviço essencial ao desenvolvimento da nossa comunidade, ajudando a esbater diferenças entre o litoral do distrito, com índices de desenvolvimento superiores, e a zona mais interior do mesmo. Este serviço é, de facto, basilar, não apenas para a comunidade marcoense mas também para os concelhos circundantes, visto que esta representa uma oferta de mobilidade valiosa, sustentável e eficiente. É, aliás, surpreendente o argumento que a CP utiliza da inviabilidade financeira da ligação Marco - Caíde, uma vez que esta se verifica apenas porque a eletrificação da linha não foi ainda concretizada. Neste ponto em particular, não posso deixar de atribuir parte da culpa aos governos socialistas, uma vez que esta é uma promessa política que remonta já a 1997, não isentando, por isso, também os governos social-democratas. É importante, todavia, salientar um aspeto central nesta contenda marcoense: nunca o anterior governo [socialista] colocou em causa a ligação ferroviária urbana Marco - Caíde, ao contrário do que está, atualmente, em cima da mesa, pelo que não se compreende as injúrias sucessivamente concretizadas pelo atual executivo camarário e pelo PSD Marco.
Importa então clarificar alguns aspetos de todo este processo, de forma a situar os marcoenses, conferindo uma noção mais exata da matéria:

1. Está, neste momento, em negociação a alteração de algumas ligações, nomeadamente o ajuste de horários do serviço inter-regional, entre a CP e a Comissão de Utentes; as ligações que estão em estudo são as abaixo indicadas.


2. A CP propôs o usufruto dos comboios inter-regionais a tarifas urbanas, isto é, mais económicas, de forma a não prejudicar a população pela supressão e ajustamento das ligações atualmente existentes.

3. Deverão ser mantidas 90% das ligações Marco - Caíde, ou seja, serão suprimidas apenas 4 a 5 ligações, de acordo com o volume de utilização das mesmas, diminuindo, deste modo, o impacto negativo da medida;

4. Estes ajustes serão concretizados caso - ISTO É IMPORTANTE - seja assegurada a concretização da eletrificação da linha ferroviária até ao Marco de Canaveses. Quer isto dizer que o SERVIÇO APENAS SE MANTERÁ CASO O GOVERNO ASSUMA O COMPROMISSO DE ELETRIFICAR A LINHA FERROVIÁRIA.

5. Caso NÃO SEJA ASSUMIDO O COMPROMISSO DE ELETRIFICAÇÃO DA LINHA FERROVIÁRIA o serviço de ligação Marco - Caíde TERMINARÁ.

6. A decisão de eletrificar a ligação ferroviária Marco - Caíde é da competência da tutela das empresas CP e REFER (o investimento nas infra-estruturas deve ser feito pela REFER e não pela CP), assim sendo, a decisão cabe ao Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro (tal como já havia indicado aqui).


7. Este é o momento de aguardar pela decisão do governo relativamente a esta questão, tendo presente que foram reprovadas recomendações do PS e do BE para a eletrificação e aprovada a recomendação, no mesmo sentido, do PSD.

À luz destes factos, é perentório assumir que esta é uma luta que não foi ainda vencida. Os marcoenses conseguiram vencer a batalha da supressão das ligações ferroviárias, de forma temporária, uma vez que, caso não avance a eletrificação, essa vitória terá sido em vão. Não podemos dar a luta por vencida até estar concretizada a eletrificação. Os marcoenses não podem deixar este assunto cair no esquecimento, sob a ameaça de não o conseguirem, caso seja demasiado tarde, reavivar.

Aguardam-se mais desenvolvimentos acerca deste assunto, sendo certo que a JS Marco Canaveses dará conta de todos os avanços e novidades, partilhando com os marcoenses as informações que tão fulcrais são para o seu quotidiano. ESTIVEMOS, ESTAMOS E ESTAREMOS SEMPRE do lado dos marcoenses nesta e noutras lutas, por isso asseguro-vos... PODEM CONTAR COM A JS MARCO DE CANAVESES.

terça-feira, 15 de maio de 2012

O Monoteísmo conduz ao Fundamentalismo?

http://camaraclara.rtp.pt/

Deixo-vos um link do programa "Câmara Clara" da RTP 2 cujo o tema deste Domingo foi a Religião e a religiosidade.
Ambos os intervenientes são especialistas nas áreas da Religião, Teologia, História e Filsofia, sendo também professores na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Recomendo o visionamento deste programa que é assaz interessante e produtivo.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Eletrificação da ligação ferroviária Marco - Caíde

Foi hoje publicada em Diário da República a recomendação da Assembleia da República ao Governo onde se destaca a necessidade de investir, de forma prioritária, "em investimentos criteriosos

de proximidade, com benefício efetivo das populações e economia locais em detrimento de projetos mais mediáticos mas exigentes de avultados recursos e por essa razão de inexequibilidade certa no contexto atual".


Esta não é mais que a formalização da recomendação aprovada pela Assembleia da República no dia 20 de Abril de 2012, pelo que não consiste num avanço efetivo do processo. Relembramos que este projeto está a ser avaliado no Ministério da Economia, mas especificamente no gabinete do Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro.
Publica-se abaixo o conteúdo da Recomenda constante no Diário da República.



Resolução da Assembleia da República n.º 73/2012
Recomenda ao Governo a eletrificação do troço Caíde -Marco
de Canaveses na linha do Douro



A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5
do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo
que:

1 — A aposta prioritária seja em investimentos criteriosos
de proximidade, com benefício efetivo das
populações e economia locais em detrimento de projetos
mais mediáticos mas exigentes de avultados recursos
e por essa razão de inexequibilidade certa no contexto
atual.

2 — Seja retomado o projeto de eletrificação do troço
Caíde -Marco de Canaveses e ainda a implementação de
sinalização eletrónica, e telecomunicações, na linha do
Douro.

3 — Seja mantido o troço Caíde -Marco de Canaveses
da linha do Douro na rede suburbana do Porto.
Aprovada em 20 de abril de 2012.
O Presidente da Assembleia da República, em exercício,
Guilherme Silva
.

A religião e a política ao serviço das relações humanas



Sem dúvida que dicotomia entre religião e política, é um assunto bastante complexo e que remonta ao período do neolítico. Mas não se pretende aqui analisar toda a história desta relação, que conta já milhares de anos, e muito menos fazer juízos de valor. Desejo apenas lançar algumas luzes para ajudar à reflexão do estado atual das coisas e talvez, quem sabe, ajudar a melhorá-las!

A política tem a ver com a gestão e a administração do estado das coisas que pertencem a uma sociedade, e que, de certa forma, são os bens (materiais e imateriais) do conjunto das coletividades. Proporcionar condições para que a sociedade funcione expeditamente e, deste modo, preservar uma ordem mais ou menos dinâmica, pressupõe o “poder” para tomar decisões e a “capacidade para gerir”, sem perder o respeito. Não podemos esquecer que aqueles que assumem o governo das coisas públicas chegam a esse posto e mantêm-se nele por algum tipo de acordo ou consentimento dos cidadãos.

A religião organizada tem a ver com o cumprimento dos deveres para com Deus. Deus que é tido como Criador e Senhor, o fundamento último da realidade, e tem um desígnio para ela. Implica, deste modo, a preservação da ordem estabelecida por Deus, tida como bem para todos. Estenda-se que os representantes da religião são representantes escolhidos por Deus e que portanto têm capacidade e poder para desempenhar as suas funções, sendo esse estatuto reconhecido pelos que professam essa fé religiosa.

Depois destas breves caracterizações, podemos afirmar que há uma semelhança estrutural entre a maneira como se apresentam e exercem a religião e a política. Através de um olhar atento pela história, constata-se que para aperfeiçoar o seu domínio, os chefes dos povos tenham reclamado o caráter sagrado de si próprios (faraós, imperadores, reis, etc.), elevando esta tendência por vezes ao grau de deuses. Por outro lado, alguns líderes religiosos pretenderam por vezes assumir a condução política da sociedade como enviados plenipotenciários de Deus.

Mas, entre ambos os poderes, o mais frequente tem sido “o pacto” onde se reconhecem mutuamente: os políticos aceitam que o horizonte último que pauta a sociedade é construído por Deus e representado pela religião e pelos seus líderes, gozando assim de um estatuto privilegiado. Os representantes da religião estabelecida, por outro lado, consagram os políticos, reconhecendo-os como nomeados em último termo por Deus e pelos seus representantes. O efeito desta aliança, na maioria dos casos, foi sacralizar os usos e lutar contra os abusos, para que a ordem social pudesse perdurar legitimamente. Mas, em qualquer caso, como “o pacto” se fazia entre os representantes da religião e da política, os cidadãos e os fiéis mantinham-se definitivamente na condição de súbditos.

No entanto, nos momentos mais dinâmicos da história, verificamos uma relativa independência entre os poderes políticos e os poderes religiosos. Nessas alturas, o poder político apoiava-se no povo e ia na direção das melhores possibilidades de realidade histórica com as transformações necessárias e possíveis. Por outro lado, o poder religioso esforçava-se por tornar mais transparente a “religação” que nos fundamenta e potencia. O resultado foi, tanto uma simpatia entre ambos os poderes como uma liberdade mútua que permitia o reconhecimento, assinalando aquilo que não se via bem encaminhado.

No que toca a cidadãos e fiéis, a relação com os seus representantes era muito mais natural. Baseava-se, acima de tudo, no reconhecimento dos seus direitos e da sua condição de membros adultos e ativos. Baseava-se também numa atuação mais transparente, aberta à crítica e à divergência sendo, deste modo, geradora de uma autêntica hegemonia. Nesses momentos a sacralidade assentava mais em Deus e nas pessoas, e os representantes ficavam relativizados, e, precisamente por isso, eram sinceramente reconhecidos e solidamente apoiados.

                Para concluir, apenas quero realçar o facto de que o Cristianismo tem ideais, mas não é uma ideologia. Isto porque, não propõe nenhum sistema alternativo. Porém, ao considerar as pessoas como entidades sagradas, vinculadas entre si pelo espírito da fraternidade (a partir de Jesus, todos são filhos do mesmo Deus – portanto, irmãos), proporciona relações fundadas na liberdade e no mesmo pé de igualdade, e põe tanto a religião como a política (acrescente-se aqui também a economia) ao serviço destas relações. Este aspeto é muito importante, porque implica que elas (religião, política e economia), se comportem de tal maneira que sejam o reflexo dessas relações, em vez de serem obstrução ou propaganda. Assim, a dedicação, tanto à religião como à política como à economia são vocações genuinamente cristãs, porque são vocações de serviço necessárias. Mas devem ser exercidas com responsabilidade, isto é, com atitude de serviço e com a exigibilidade da prestação de contas.

                Como seres humanos, que somos, estamos abertos à transcendência. E como tal tendemos a adorar aquilo que sai de nós, ou a deuses que não são mais do que projeções ao infinito das hierarquias económicas e sociais, do dinheiro e do poder, que andam sempre juntos. Para os cristãos, está claro que é esta a mensagem de Jesus. Ele afirma categoricamente que não se pode servir a Deus e ao dinheiro, mas não porque sejam dois concorrentes no mesmo plano, mas porque o Deus de Jesus é um Deus criador e libertador, e o dinheiro escraviza e não é a fonte da vida.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O POVO faz toda a diferença II





Não era própria a intenção de escrever este texto de modo segmentado (I, II e III), porém fi-lo, de forma a evitar qualquer indução de erro relativamente aos factos sucedidos nas semanas transatas, almejando somente enaltecer um pequeno-grande aspeto a ter em conta: com esta segunda parte quero deixar um pequeno tributo ao trabalho feito pelos fantásticos militantes da JS Marco de Canaveses. A estrutura concelhia da JS Marco esteve, como disse antes, desde o primeiro momento com a população marcoense (mesmo que, para alguns, o 1º momento seja 2010: sim estivemos com os marcoenses, fizemos TANTO quanto outras forças políticas fizeram nesse momento!).

Existiu, contudo, um momento de viragem da nossa ação: 15 de Abril de 2012. Se, antes, tínhamos acompanhado o desenrolar da situação, tínhamos dado a conhecer aos marcoenses a realidade que se desvendava (através do blogue, páginas e grupos nas redes sociais), tínhamos entrado em contacto com os intervenientes (Comissão de Utentes, CP, REFER e até deputados da Assembleia da República) alertando para a possibilidade da supressão das ligações, a partir desse dia a nossa ação tornou-se muito mais incisiva, concisa e pragmática. A JS Marco Canaveses sabia que os marcoenses teriam de sair à rua, teriam de mostrar toda a sua indignação e descontentamento perante uma hipótese que não deveria nunca ter sido colocada.

A JS Marco Canaveses fez então uso de todos os meios possíveis e impossíveis no sentido de mobilizar o máximo de marcoenses e não só para uma causa que ultrapassa, indubitavelmente, as fronteiras do município.

Fizemos uso intensivo das redes sociais (quantos de vocês não souberam do que se iria suceder através de comunicações da JS e dos seus membros?), criamos suportes de divulgação, tais como imagens, cartazes, banners, tarjas e ainda vídeos (todos estes elementos estão visíveis ao longo do texto). Esta face mais visível da nossa ação permitiu, na minha perspetiva, divulgar a manifestação de forma muito eficaz.

Por outro lado, concomitantemente, estava a ser desenvolvido um trabalho menos visível aos olhos dos munícipes: movimentações no sentido de assegurar a maior abrangência regional possível. Os resultados estavam à vista de todos: TODAS AS ESTRUTURAS CONCELHIAS DA JS PORTO ESTIVERAM COM OS MARCOENSES, marcando presença na manifestação; além disto, verificou-se ainda a presença dos presidentes das Câmaras Municipais de Baião e Amarante, demonstrando a solidariedade dos Socialistas para com o povo marcoense. Mais ainda, entramos em contacto com diversos autarcas marcoenses, procurando assegurar a sua presença na mesma manifestação (foi fantástico, neste particular aspeto, o contributo da Junta de Freguesia do Torrão: quem não escutou o grupo de bombos, liderados pelo Sr. Manuel Lopes?).

Foi, sem espaço para dúvidas, um trabalho intenso mas, olhando para trás, profícuo e, acima de tudo, justificado... Pois o Marco de Canaveses é uma causa bem maior que qualquer força partidária. Foram dias de suor, dias em que a cor partidária foi, inúmeras vezes, esquecida.


Foram muitos os marcoenses que reconheceram mérito ao trabalho desenvolvido pela JS Marco Canaveses pela causa ferroviária, conferindo algum brilho ao esforço por nós desenvolvido. Um muito obrigado pelas palavras!


Hilariante foi notar as expressões de desagrado de alguns, pouquíssimos (muito poucos mesmo), conterrâneos perante tamanha mobilização da JS Marco Canaveses. Tendo mobilizado mais de 70 camaradas para uma causa que não podia ser perdida, tendo demonstrado a força viva que esta estrutura é, tendo revelado que, quando é o Marco de Canaveses que está em risco, não há energias a poupar e contribuindo, deste modo, para o sucesso da manifestação marcoense... Foi deveras cómico (sempre fui fã de eufemismos) verificar o desagrado de outros! Não era o Marco de Canaveses que estava desagradado... Eram alguns!

Corro o risco, eu sei, de parecer querer glorificar o trabalho da JS Marco Canaveses... Não quero! Pretendo apenas salientar o trabalho que foi desenvolvido e as forças despendidas no sentido de mostrar que o Marco de Canaveses não estava disposto a perder esta batalha. Não quero, muito menos, fazer qualquer aproveitamento político do sucedido (menos aproveitamento político seria impossível, o dia teria sido propício para o fazer!)... Quero que estas sejam as letras de um simples OBRIGADO a todos que ajudaram nesta luta (que não está ainda terminada). Para terminar este capítulo, sublinhar apenas que, na minha ótica, aproveitamento político consiste em pouco ou nada fazer e, no momento certo, aparecer de mãos a abanar e nada para acrescentar à exceção de um "presente". Palavras leva-as o vento...

Continua... Para a 3ª e última parte.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Formalização dos órgãos distritais ANJAS Porto



Ainda na tarde de domingo, 22 de Abril (continuação do texto realtivo ao Clube Formação Política) decorreu a sessão de formalização da estrutura distrital da Associação Nacional de Jovens Autarcas Socialistas (ANJAS).


 Este momento contou com a presença do presidente da estrutura nacional da ANJAS (José Sá) e deu a conhecer uma nova estrutura a nível distrital da JS. Foi constituído seu presidente Nélson Oliveira (presidente da JS Lousada) e, entre outros, vice-presidente Miguel Carneiro (JS Marco Canaveses).


Este é um projeto que terá como objetivo assumido, desde logo, a presença efetiva de militantes da JS em todas as candidaturas autárquicas, do Partido Socialista, de 2013 no distrito do Porto. É do conhecimento comum, cada vez, que as gerações mais recentes são portadoras de mais e melhores qualificações, adquiridas num contexto mais competitivo e abrangente, pelo que se reconhece a premência de inserção destes valores em posições com capacidade de decisão.


A estrutura concelhia da JS Marco de Canaveses recebeu camaradas de todo o distrito, numa clara demonstração de proximidade e reconhecimento entre estruturas concelhias da Federação Distrital do Porto.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O Socialismo deverá ser o Cristianismo dos nossos dias


E se o Cristianismo voltasse a ser a revolução dos nossos dias?
         Aquando da conclusão da sua intervenção nas Conferências do Casino Lisbonense, com o título Causas da decadência dos povos peninsulares, em 1871, Antero de Quental remata a sua intervenção com este célebre pensamento. “ O Cristianismo foi a Revolução do mundo antigo: a Revolução não é mais do que o Cristianismo do mundo moderno.”
         De facto, que Cristianismo é esse? Que Revolução devemos esperar?
         Política e Religião. Talvez dois temas, duas matérias aparentemente distantes e talvez, talvez, bastante próximas.
         Da Política sabemos que é uma das mais nobres das artes humanas. Sim! A Política também é uma arte, pelo menos, se não o é, deve aspirar a sê-lo, como mais tarde veremos. É pena que o poder autárquico marcoense não tenha essa consciência artística, nem na política nem na cultura! Blague!
         Da Religião conhecemos os credos do mundo inteiro, as peregrinações, os cultos, os santuários. Uma humanidade inteira que se ajoelha perante deuses tão díspares e tão irmãos. O Amor.
         Na verdade, se fizermos uma viagem até ao étimo da palavra religião iremos desvendar dois significados bastante interessantes.
         Por um lado, encontramos, segundo Cícero, orador e político romano, relegere, o que significa voltar a ler; por outro lado, podemo-nos confrontar com o étimo proposto por Lactâncio, um dos primeiros escritores cristãos, religare, que podemos traduzir como voltar a ligar.
         Ora, em ambos os casos está presente a necessidade de voltar,isto é, a religião surge aos olhos do Homem como algo primordial do qual nos desligamos no Alfa, no Início dos inícios, mas ao qual nos temos de voltar a unir. A unidade só existe na multiplicidade.
         Assim, Religião é um retorno a algo perdido em nós.
É interessante notar como Platão, um dos maiores filósofos de todos os tempos, apresenta uma ideia semelhante quando fala do mundo sensível e inteligível, pois o homem, ser inteligível mas que vive no mundo sensível, deve voltar a ligar-se ao mundo inteligível.
         Pois não há semelhanças entre os étimos de religião e esta ideia de Platão?
         Já o étimo de política é diferente e pode ter várias significações, o que nos leva a escolher somente duas propostas que surgem como antonomásia de todas as outras. Uma é Politeia, que significa o direito dos cidadãos, enquanto outra é polis+technè, o que podemos traduzir como a arte política, de bem gerir a polis, cidade-estado.
         Este último conceito vai ao encontro do que Mário Soares publicou no seu penúltimo livro intitulado “O Elogio da Política”, afirmando que a Política é das artes mais nobres do ser humano.
         De facto, não é a Política a Arte de saber organizar, até certo ponto e de certo modo, a Sociedade, a Humanidade?
         Após esta introdução aos vocábulos Política e Religião, voltamos a Antero e ao seu pensamento.
O Cristianismo foi a Revolução do mundo antigo: a Revolução não é mais do que o Cristianismo do mundo moderno.”
O que é o Socialismo?
(Caro leitor, não estranhes se por vezes a voz que fala tomar uma atitude própria. Não te assombres se a voz ganhar vida própria e existir nestas palavras. Não te admires se, por vezes, surgir um eu que escreve e que pensa. Um eu que vive.)
         Uma pergunta que me leva a reflexões repletas de silêncio e de pianos que choram enquanto penso no Socialismo.
         Se penso como um amante das Letras, dir-vos-ia que o Socialismo é a Literatura dos Pobres.
         Defino o Socialismo com três palavras grandes: Justiça, Igualdade, Verdade. Como se se tratasse de uma trindade profana, mas que no fundo, como iremos explicar, torna-se divina.
         No fundo, qual é a base de todas as religiões senão o Amor?
         Atentemos no Cristianismo, que é de todas as religiões aquela em que estamos mais inteirados, sendo crentes ou agnósticos, tendo em conta que não acredito no ateísmo (caso queiram colocar alguma dúvida sobre este ponto último comentem que responder-vos-ei prontamente).
         O Amor, aliado ao Perdão, é o maior ensinamento de Jesus Cristo entre nós.
         Só o Amor constroi, edifica e prevalece.
         Há um ditado indiano que diz que “O Amor vence tudo”
         Dois mil anos depois o Cristianismo prevalece. Dois mil anos depois o Amor prevalece.
         Política e Religião. Estarão assim tão distantes uma da outra?
         Socialismo e Cristianismo. Serão assim tão desfasados?
         A Religião Cristã ergue-se na Cruz e brota do sangue de Cristo. Sangue e Água. Vida e Amor.
         Deus é Amor, um dos ensinamentos maiores do Cristianismo. E o Amor leva à Verdade, a Deus.
         Numa perspectiva religiosa, Deus é o mistério último da realidade, porque há outros mistérios como o universo e as leis que o regem.
         O Socialismo procura uma sociedade mais Justa, mais Igualitária, onde a Verdade seja o pendão do poder.
         Ora, não foi Cristo um homem, um deus que lutou pela Justiça, pela Igualdade e pela Verdade através do Amor? Não morreu Ele numa cruz, em agonia, por Amor à Humanidade? Não será isso uma forma de manifestar o Amor em estado puro? A Vida?
         E desta forma nasceu o Cristianismo que foi uma verdadeira revolução do mundo antigo.
         O Socialismo surge visivelmente em finais do século XVIII, inícios do século XIX, por Saint-Simon, Fourier, com a revolução industrial, os grandes êxodos rurais das capitais europeias da zona setentrional, com o advento do Romantismo nas Artes, sejam elas a música, a pintura, a literatura.
         Porém, é em meados do século XIX que o Socialismo ganha verdadeira força, com Proudhon e depois com Marx.
         O que nos interessa aqui é a perspectiva de Antero, pois para além de ser um socialista de cariz utópico, com linhas ideológicas de Proudhon, é português, daí esta nossa escolha. É preciso saber valorizar o que se faz, pensa e escreve no nosso país.
         Ora, o Socialismo sempre lutou pelos pobres, pelos mais desfavorecidos. Nunca desistiu de assegurar melhores condições àqueles que viviam miseravelmente.
O Socialismo luta pela Verdade, contra a corrupção e todas as injustiças praticadas em nome da política e da democracia.
         Antero via o Socialismo como a forma mais justa de tornar a sociedade mais igualitária, mais fraterna. Os que não tinham voz deviam ser ouvidos.
         Não foi isto o que Jesus Cristo preconizou? Justiça. Igualdade. Verdade. Não são estas as condições sine qua non do Socialismo?
         A nosso ver, o Cristianismo preconiza a Justiça, a Igualdade e a Verdade através do Amor, enquanto o Socialismo luta pela Justiça, Igualdade e Verdade para podermos chegar ao Amor. Duas formas não diferentes, mas complementares.
         O Socialismo é como um Cristianismo profano, em que o seu deus é a Humanidade, enquanto o Cristianismo é como um Socialismo sagrado que diviniza o homem se ele souber amar e perdoar.
         Eis a forma de vermos o Socialismo numa perspectiva do sagrado. Não será a Humanidade em si um deus tão grande como o Deus Cristão?
         Se Religião é voltar a ligar Socialismo é voltar a ser homem em plenitude, no sentido em que é justo, igualitário e verdadeiro, no sentido em que através destas premissas nos divinizamos e elevamos esta coisa santa que é a Humanidade.
         Política e Religião.
         É certo que os Estados devem ser laicos, isto é, não ter nenhuma religião oficial de modo a haver tolerância religiosa.
         E por tolerância entendemos o admirar e amar o outro por ser diferente, por ter uma outra riqueza que não a nossa, e não o aceitar por aceitar, o aceitar conforme o dever, utilizando aqui uma expressão Kantiana.
         Assim, Política e Religião não estão tão longe uma da outra.
         Assim, o Cristianismo e o Socialismo talvez caminhem de mãos dadas, porque o que interessa é a Justiça, a Igualdade e a Verdade.
         Enfim, o Socialismo deverá ser o Cristianismo dos nossos dias!