terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Desconstruíndo o mito anti-taurino

"Há já alguns anos que tenho vindo a acompanhar a “disputa” entre os defensores e os opositores da realização de corridas de touros em Portugal. A minha opinião é por muitos conhecida; sou totalmente a favor das touradas.
São já habituais as provocações de lado a lado mas nos últimos tempos, temos vindo a assistir a uma campanha nefasta anti-taurina por parte dos colectivos, das associações e organizações que se dizem defensoras dos animais mas que apenas usam esta “bandeira” para atingirem fins pessoais.
Querem ser respeitados mas nada fazem por isso. Prestam-se a tristes espectáculos de auto-humilhação ao organizarem manifestações com meia dúzia de pessoas, ao recorrerem à violência e ao insulto gratuitos quando vêem que a maioria da população é franca admiradora da grande festa taurina. Veja-se o caso das corridas de touros nas Festas da Senhora da Agonia – em Viana do Castelo –, em que activistas anti-touradas tentaram agredir os espectadores da tourada e chegaram mesmo a danificar automóveis com pontapés e com pedradas. Este é o caminho para a descivilização.
Que fique bem claro que ser socialista e pró-taurino não é um contra-senso. Para mim, e para todos os admiradores da festa brava, a tourada é Cultura e é uma tradição que faz parte deste país milenar. Tem toda a razão de ser.
Quando me chamam ignorante por ser aficionado, costumo dizer que ignorantes são os que não sabem respeitar os gostos dos outros. Seria de bom tom que este clima de insegurança e de baixa auto-estima por parte dos anti-taurinos parasse de uma vez. Revelam ter as próprias convicções abaladas e a desfragmentar-se.
Alguns dos argumentos expostos contra as touradas são: a defesa dos animais, as imagens ofensivas transmitidas pela TV e uma possível influência dessas imagens na educação das crianças e dos jovens.
Como espectador assíduo de touradas, que sou, não consigo entender em quê que as touradas influenciaram a minha conduta enquanto cidadão e em quê que estas podiam ter feito de mim uma pessoa agressiva, desumana e insensível perante as pessoas e os animais.
Também é comum dizerem que não se pergunta aos touros se querem participar no espectáculo. Esse é um argumento parvo. Quando comem um frango assado perguntam ao frango se aceita ser decapitado, depenado, assado e comido?
Vivemos em Democracia e, jamais, aceitarei que me imponham seja o que for, que me proíbam de ver touradas ou que me “obriguem” a seguir e a cumprir à risca as ideias fabricadas por certos ideólogos que se julgam superiores a todos os outros. Só vê quem quer e não, ninguém desconta nos impostos para patrocinar as touradas! Esse é outro falso argumento que aqui desmascaro.
Terminar com as touradas? Então porquê que não terminam com as discotecas que incitam os jovens e adolescentes ao consumo de álcool e de drogas?
As touradas enaltecem a nobreza do touro e é deslumbrante observar a sintonia com os cavalos a bailarem em frente a um touro.
Relembremos que no Império Romano se matavam pessoas em plenas arenas e em que os touros eram os carrascos ao investirem contra os cristãos que se encontravam amarrados em barrotes. Também não é desumano?
Os pseudo-argumentos abolicionistas das touradas já “passaram à história” e os portugueses cansam-se da baixeza de tantos movimentos criados para cimentar interesses usando a bandeira da defesa animal. Fica-vos mal, muito mal mesmo!
Quando comerem bife de vaca lembrem-se que o bife já fez “mú” e quanto aos anti-taurinos vegetarianos, em vez de comerem alface comam pedras. Lembrem-se que também mataram a pobre da alface para vos encher a barriga.
Aficionado confesso. Assim sou e serei!"

Diogo Ribeiro de Campos, JS Porto

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Lista A - composição

Tendo já assumido que encabeçaria uma lista para a coordenação concelhia da JS Marco e tendo referido, inclusivamente, que me acompanhavam pessoas incansáveis, de um companheirismo incrível e de uma capacidade de trabalho inesgotável, cumpre-me agora revelar os seus nomes. Eis a lista completa:

Secretariado


Ana Marisa Monteiro de Moura Pinto, militante nº 83788
Tiago Edmundo Teixeira Moreira, militante nº 110748
Leonardo João Castro Machado, militante nº 116172
Inês Margarida Monteiro de Moura Pinto, militante nº 113108
Marcos José Baldaia Queirós, militante nº 117101
Marco António Pereira Pinto, militante nº 117442
Maria João Pereira Mendes, militante nº 109279
Bruno Miguel Teixeira Queirós, militante nº 117103
Maria João Aires Barbosa Ribeiro Ferreira, militante nº 119064
Pedro Emanuel Sousa Colaço Leal, militante nº 102652
Álvaro Diogo Magalhães Machado, militante nº 117519
Leandro Filipe Carvalho de Freitas, militante nº 109280
Ana Catarina Teixeira Vieira, militante nº 117443
Tiago Daniel Pereira Vieira, militante nº 119070
José Emanuel Coelho Vieira, militante nº 109282
Frederico Rafael Moreira de Vasconcelos, militante nº 104316
Cristiana Isabel Pereira Silva, militante nº 118791
Fábio Daniel Castro Cardoso, militante nº 119067

Assembleia Concelhia

Miguel João Teixeira Carneiro, militante nº 113107
Ricardo Manuel da Silva Soares, militante nº 109277
Dina Marieta Mezia Pinto, militante nº 117102
Joana Rita do Couto Rodrigues, militante nº 119061
Paulo Rafael Oliveira Teixeira, militante nº 117439
Luís Carlos Soares Vieira, militante nº 1190622




quinta-feira, 7 de novembro de 2013

"TU FAZES PARTE"



A JS Marco demonstrou, nos últimos dois anos, que é possível reinventar a política, renovando-a e tornando-a criativa. O trabalho dos jovens socialistas marcoenses, que ajudei a desenvolver com muito gosto, é a prova manifesta de que a política é muito mais que política e, assim, ainda é possível acreditarmos nela. É esta minha assumida e entusiasta crença que hoje me motiva a apresentar a minha lista de candidatura (Lista A) à coordenação concelhia da Juventude Socialista de Marco de Canaveses.
Atribuímos desde logo uma importância basilar ao prosseguimento da actividade, sólida e constante, que esta estrutura tem desenvolvido nos últimos tempos, logrando o que foi construído, em particular a dinâmica das pessoas (militantes e não militantes) que se foram agregando em torno da JS Marco ao longo destes dois anos, e que se tornou na mais-valia deste grupo.
É com esta convicção de que o contributo de cada um, à sua medida, é, mais do que útil, indispensável, que esta candidatura se apresenta a votos, pretendendo que a sua acção seja sempre pautada por uma lógica de proximidade e de preponderância da participação cívica de cada um. Só assim animaremos os jovens marcoenses a contribuírem com as suas ideias e projectos. Só assim, contando com todos, é que a política fará sentido.
Não te esqueças: Tu Fazes Parte!


Ana Moura Pinto

terça-feira, 5 de novembro de 2013

CONVOCATÓRIA

Cara (o) Camarada,
No uso da competência que me é conferida pelo n.º 1 do Artigo 9.º do Regulamento Eleitoral Geral da Juventude Socialista, conjugada com o Artigo 92.º dos Estatutos da Juventude Socialista, convoco todos os militantes da Concelhia de MARCO CANAVESES para uma Assembleia Concelhia, que terá lugar no dia 16 de NOVEMBRO de 2013, das 15 às 19 horas, na Sede do Partido Socialista, sita na Rua de São Nicolau, nº 12, Marco de Canaveses, com a seguinte ordem de Trabalhos:

Ponto único - Eleição dos Órgãos da Concelhia


Entrega de Listas:
Até dia 14 de NOVEMBRO de 2013, entre as 9 e as 20 horas, na Sede do Partido Socialista, Rua de São Nicolau, nº 12, Marco de Canaveses

MARCO CANAVESES, 23 de OUTUBRO de 2013

O Presidente da Mesa

BRUNO CAETANO

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Manifesto da JUSTIÇA!

“Heróis do mar, Nobre povo,/ Nação Valente, Imortal…”
            Por onde anda esse nobre povo que desmatou o desconhecido, que desbravou mares imensos, que “deu novos mundos ao mundo”? Por onde paira o espírito aventureiro, corajoso e audaz dos portugueses que fazem Portugal existir com muita força, com muita Luz?                                                                                                                                                   PIM!
            Que o ar puro entre por nós adentro e em todos os lugares onde se pensa e quer pensar e voar, voar, voar mais alto. Não cruzem os braços! Não caiamos na mesmice dos dias sem Sol e sem Luz. Não fechemos os olhos ao mundo!                                      VOTEMOS!
            Façamos as nossas escolhas, não tenhamos medo dos nossos medos! Tenhamos ódio ao ódio, declaremos guerra à guerra! Caminhemos sempre de coração limpo, mãos imaculadas e consciência tranquila! Sejamos sempre pessoas de bem! E seja sempre bem-vindo quem vier por bem! Sempre! Não esqueçamos os nossos direitos nem os nossos deveres! Pensemos a Democracia e a Causa Social! Pensemos a Cultura e a Humanidade! Não fiquemos em casa enquanto outros decidem por nós o nosso Futuro, o nosso Tempo de Acção, a nossa Grande Oportunidade de mudarmos o rumo deste nosso concelho que, à custa das modas, dos sorrisos convenientes e do comodismo ganhou o estatuto, que é uma realidade, de 12º pior concelho do país para se viver!
            Basta de Passado! Basta de falsas promessas! Basta de politiquices e politicarrecos! Queremos gente trabalhadora e com mais vontade ainda de trabalhar! Queremos gente sem mordomias, sem motoristas, e com um afecto verdadeiro pelo nosso Marco de Canaveses!                                                                                                                                                   VOTEMOS!
Entrai, todos vós que amais a Humanidade como o maior tesouro que temos! Entrai, todos vós que sabeis que podemos fazer mais, muito mais e melhor pela nossa terra! Vamos votar contra o comodismo, contra a fatalidade saloia de futuros sem futuro! Vamos votar pela Cultura, pela nossa Identidade, pelo nosso concelho, por todos nós,                                                                                                                                                   VOTEMOS LINO TAVARES DIAS!
Porque nós queremos “cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.” Queremos o Autêntico, o Novo, o Genuíno. Queremos tudo isso e mais que tudo isso! Queremos novos mares, novas Índias. Queremos outros caminhos. Queremos tudo de todas as maneiras! Queremos TUDO! Mas não queremos as coisas como elas estão! Queremos Mudança. A VERDADEIRA MUDANÇA! Já chega de marasmo e de tédio! Já chega de silêncio e de abulia. Basta! Basta! BASTA!                                                                           PIM!
Sejamos novamente heróis do mar, sejamos novamente um povo nobre, com ideias, com valores, com sentido ético! Descubramos, agora, mares interiores, votando contra os antigos monstros e dinossauros que não permitem uma nova madrugada, uma nova Luz! Votemos bem, votemos em prol da nossa família!             VOTEMOS PARTIDO SOCIALISTA!                                                                                                                                  PIM!
Votemos e sejamos inéditos, todos juntos! Vamos, vamos todos, vamos agora, vamos já no dia 29 de Setembro! Vamos votar e fazer história neste nosso concelho de Marco de Canaveses! Deixemos a rosa e o punho falarem mais alto, por meio de pessoas rectas e transparentes como são os nossos candidatos às assembleias de freguesia e à assembleia municipal! Votemos com a certeza que um novo sentido virá para a nossa câmara! Vamos votar tendo consciência que esta é uma candidatura da Ética, uma candidatura assente na tríade que os clássicos, por meio de Platão, nos legaram: uma campanha assente no que é Bom, no que é Belo e no que é Justo!
A Juventude está farta de pão, música e circo! Queremos mais, muito mais! Queremos Cultura, queremos Pensamento, Queremos Identidade, queremos Reflexão, queremos Arte e Presença! Queremos Voz! Uma voz que ecoe por todos os poros desta marcoense sociedade! Uma voz que se faça ouvir e escutar em todas as casas, em todas as consciências. É nesta candidatura que temos o espaço, a oportunidade e o privilégio de sermos ouvidos; é nesta candidatura que respiramos bem-estar e ambição salutar! É nesta candidatura que nos sentimos aquilo que devemos ser verdadeiramente, como afirmou Píndaro: conscientes, activos e responsáveis!
É na candidatura do Partido Socialista e do professor Lino Tavares Dias que a juventude tem a sua casa, a sua ALMA MATER política, onde aprendemos, todos os dias, em todas as acções de campanha, em todos os porta a porta, lições de humildade, de trabalho e de esperança!
Escutem! É a grande voz da Verdade e da Justiça que nos acompanham e nos guiam! Escutem essa voz que se espalha por todas as freguesias deste nosso concelho, é a voz de o único partido que tem candidaturas em todas as freguesias e que, em todas elas, a juventude tem o seu espaço.                                                     VOTEMOS! PIM!
Esta é a hora, única e verdadeira, diria Sophia de Mello Breyner, esta é a hora de velejarmos a nau dos nossos destinos rumo a outros ventos, a outros continentes, velejemos sem medo, confiemos no professor Lino Tavares Dias!                                               VOTEMOS!
Vamos valorizar o Nosso Comércio, as Nossas Paisagens, os Nossos Recursos, a Nossa Gastronomia, a Nossa História, as Nossas Gentes!
Basta de andarmos com as modas, com as políticas e com as opiniões sem opinião, sem fundamento. Basta os sorrisos falsos, as hipocrisias sociais, a miséria, a fome e o desemprego!                                                                                                                    BASTA! PIM!
Usemos esta nossa força “desconhecida que nos leva muita vez, disse Antero de Quental, ainda contra a vontade, ainda contra o gosto, ainda contra o interesse, a erguer a voz pelo que julgamos a verdade, a erguer a mão pelo que acreditamos ser a justiça.”
Acusemos a doença moral que assola o país e a cidade! Acusemos a pequenez intelectual! Acusemos as trevas e de quem delas se serve para reinar em terras de ResPública! Basta d’isto! Basta de tudo o que vem d’isto! Basta de gente que viva d’isto e para isto! BASTA!                                                                                                                           PIM!
            Basta de gente que só sabe fazer mal ao Marco de Canaveses!
            Assim, a Juventude apoia esta candidatura, pois sabemos que no Lino Tavares Dias podemos confiar!
            Quanto maiores as dificuldades, maior será a satisfação, disse Cícero há mais de mil anos! Não cruzemos os braços e lutemos!
            É A HORA!

      VAMOS FAZER O QUE FAZ FALTA!                                                                                  PIM!

domingo, 22 de setembro de 2013

A azáfama das inaugurações: uma questão de seriedade

Deixa-se desde já um alerta: nem tudo o que parece é! 
Atendendo à agenda da Câmara Municipal desde há cerca de um mês para cá, constata-se que o senhor Presidente de Câmara de Marco de Canaveses e restantes vereadores não têm tido mãos a medir para tantas inaugurações. Vejamos:
-9 de Agosto: Inauguração do Bar da Música em Vila Boa de Quires
-10 de Agosto: Inauguração do Pavilhão de Futebol da Légua
-18 de Agosto: Inauguração do Cemitério Municipal, em Fornos
-7 de Setembro: Inauguração das obras de requalificação da cidade do Marco
-14 de Setembro: Inaugurações na freguesia de Tabuado
-14 de Setembro: Inauguração da sede social do grupo Festada, Cantares e Danças de Santa Maria de Vila Boa do Bispo
-15 de Setembro: Inauguração da Casa Popular de Maureles
-16 de Setembro: Inauguração das obras de requalificação da E.B. 1 do Marco
-21 de Setembro: Inauguração dos Equipamentos desportivos, quiosque e sanitários do Parque de Lazer do Marco
-21 de Setembro: Inauguração do Marco Forum XXI.

Sinceramente, parece-me pouco séria esta correria de inaugurações em vésperas de eleições autárquicas, que visa criar, propositadamente, um clima de confusão entre o que é acção do executivo camarário e o que é propaganda social-democrata para as eleições do próximo dia 29. 
E pior: terminam-se (e mal) obras à pressa, "lava-se a cara" às estradas... o importante é fazer-se uma inauguração e fazer parecer que se fez! Além de pouco sério, é subestimar os marcoenses e o seu discernimento.  

Em tudo o que fazemos, devemos procurar ser sérios, honestos e transparentes. Em particular, quando alguém é eleito pelo povo para o representar e administrar o que é público, esses deveres de seriedade, honestidade e transparência têm necessariamente de ser acrescidos. Se assim não for, a relação de confiança estabelecida em decorrência do voto quebrar-se-á inevitavelmente, e com razão. Os decisores, ou seja, aqueles a quem o povo deu um voto de confiança, ficarão fragilizados e dificilmente merecerão que se lhes renove o crédito que outrora lhes foi concedido, e que se permita, assim, que prossigam com a sua política. 

Portanto, quem não leva os marcoenses a sério, quem não lhes dá o devido apreço e não fez por merecer o prosseguimento da relação de confiança estabelecida, jamais poderá requerer a continuidade do lugar que ocupa.

Não basta apregoar que somos sérios. Há que o demonstrar com acções, na conduta. 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A Campainha da Consciência - "Dark Side of The Autárquicas"

Adopto a primeira pessoa, pois há alturas em que todos nós temos direito a um “eu”. Deste modo, esta nossa, perdão, o hábito, o hábito! Esta minha segunda crónica tem como foco o zunido que as autárquicas fazem por este concelho que é belo, mas que tem tudo para ser esplêndido, maravilhoso.
Quem, por motivos vários, visitar a cidade, ou algumas freguesias do concelho, seja quais forem, terá, a meu ver, e como que instantaneamente, três reacções: a primeira será que se sente bombardeado por cartazes ou faixas de propaganda política, qual álbum de fotografias velho que temos lá por casa; a segunda será que as figuras são (quase) sempre as mesmas: Manuel Moreira, candidato pelo PSD e Avelino Ferreira Torres, candidato independente; a terceira é uma questão – mas onde está o do candidato do PS – Lino Tavares Dias? Ora, façamos uma roda, esqueçamos Beethoven e as coisas belas por um momento, mesmo que isso custe bastante.
O país atravessa, perdão, nós estamos cercados, de todos os lados, por uma crise assustadora, medonha, o desemprego galopa, a pobreza grassa como a peste negra em tempos idos; o nosso concelho, em particular, é dos mais pobres deste lugarejo no extremo da Península, temos uma quase não rede de água e saneamento, ainda há gente sem luz eléctrica em casa; temos idosos vivendo isolados das povoações; enfim, somos o 12º PIOR CONCELHO DO PAÍS PARA SE VIVER! É certo que, quem é meu companheiro de viagem e de silêncio, por meio das palavras, sabe que acentuo sempre, de forma intensa e com luvas de pelica (vestidas do avesso) este aspecto.
Continuemos a esquecer as coisas belas, ia dizer “leitor amigo”, mas isso é de outras andanças, mais risonhas, ainda que pessimistas. Continuemos, então. Porque não tem o Partido Socialista tantos cartazes quanto os outros dois candidatos supramencionados? Porque é que não nos cruzamos, em todos os poros deste concelho, com um cartaz mostrando o punho fechado e a rosa?
Em primeiro lugar, e não é preciso ler o “Bom Senso e Bom Gosto” de Antero de Quental para se ter o mínimo de Bom Senso!: o país não precisa que os partidos gastem sempre milhões em cartazes de todos os tamanhos, em canetas e brindes outros; em segunda posição, é uma forma de respeitar todos os portugueses, particularmente os marcoenses, que trabalham, que não têm emprego, que vivem com reformas baixíssimas, que não tem possibilidades de ter uma vida com melhor qualidade; em terceiro lugar, e em jeito de proposta, a todos, de meditação e reflexão, o candidato Lino Tavares Dias tem andando em TODAS as juntas de freguesias, com as respectivas equipas candidatas pelo PS, em arruadas, no porta a porta, em sessões de esclarecimento já começadas há mais de dois meses! É certo que não o encontraremos em todas as casas do concelho, mas, sem dúvida, vê-lo-emos num largo por nós conhecido, num caminho, numa ponte, perto de uma igreja, num café, numa mercearia. Mais do que mostrar a cara nuns quantos metros de lona com slogans tão leves quanto a inconsciência, o professor Lino Tavares Dias caminha ao lado das pessoas, debatendo com elas, apresentando propostas e ideias, revelando um conhecimento profundo do concelho, da nossa história enquanto gente, cultura, território e humanidade. Quando virem um senhor de baixa estatura, de óculos negros, um sorriso luminoso, um chapéu de palha com uma fita negra à sua volta, mostrando uma pena de um pássaro qualquer presa a um botão que trará uma boa história para ser contada, estarão perante o candidato do Partido Socialista à câmara municipal do Marco de Canaveses! Temo ter ultrapassado os limites da crónica e passado ao elogio quase passional! Não temo isso! É difícil sermos imparciais quando estamos perante alguém assim! Quando quiserem conhecer o professor Lino Tavares Dias, não o procurem nos três cartazes, SIM, TRÊS CARTAZES QUE TEM EM TODO O CONCELHO: um na entrada da ponte de Canaveses, sentido Sobretâmega – Marco; outro à entrada da Avenida Francisco Sá Carneiro, em Alpendurada e um terceiro ao pé da rotunda com direcção para Tabuado, Soalhães, perto da estação. Quando quiserem conhecer este senhor, passem pela sede, perguntem por ele, apareçam nas sessões de esclarecimento ou comícios das dezasseis listas visto que o PS é o único partido com listas a TODAS as freguesias, conversem com ele, coloquem-lhe as vossas questões, cavaqueiem! Tenho a certeza que irão ter a sensibilidade que, com este Homem, iremos fazer mais, muito mais, e melhor!
Bem, já lá vão mais de setecentas palavras, é tempo de terminar, de arrematar. O “Dark Side of The Autárquicas” está no dinheiro esbanjado por essas freguesias e lugares em lonas, ferros e plástico.
Está em causa o nosso Futuro, o nosso bem estar, por amor das coisas Belas!

Vamos fazer o que faz falta?

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A Gaitada. A Decadência. VERITAS FILIA TEMPORIS


A Gaitada. A Decadência.
ACTO III – VERITAS FILIA TEMPORIS

            Ora viva, caro leitor amigo! Ora viva! Já era tempo de darmos, novamente, sinais de vida e de umas quantas gaitadas! Eis, finalmente, o ansiado e almejado terceiro e último acto desta opereta trágico-sentimental! Eis o desenlace, o Pathos há muito aguardado! Esperamos que aprendas alguma coisa com ele, pois, afinal, é esse, também o objectivo do Pathos, aprender com os grandes sentimentos que abalam os fundamentos do ser humano, que o fazem pensar e reflectir sobre tudo o que fazemos.
            Vamos mergulhar no texto, leitor fiel e amigo. As luzes diminuem de intensidade, o pano vermelho abre-se. Dos camarotes escuta-se um ou outro tossir de alguém mais velho ou doente. Talvez o imperador Francisco José da Aústria-Hungria.

A GAITADA. A DECADÊNCIA.
ACTO III 
VERITAS FILIA TEMPORIS

CENA I

(Portas, caindo da ponte vermelha enquanto a lua dormitava pensativamente. O coro escutando a Marche Funebre de Chopin, enquanto do fundo das águas do Tejo surge um submarino alemão, imponente, elegante, caro como os olhos dos deuses!)

PORTAS – Será isto a morte, este constante cair no precipício? Será isto a morte? Este silêncio que corta as veias? (ao cair na água uma escotilha do submarino abre-se e saem de lá uns quantos mergulhadores do exército português)
Será isto a morte? Ser acolhido como um herói entre soldados que viveram debaixo das sombras de Delfos, enquanto o Peloponeso era uma ameaça? Oh que glória esta, mesmo depois da morte, que maravilhas e fortuna a minha!

(Após ser acolhido no interior do submarino, eis que surgem duas personagens, trajadas à senador romano, ilustre e orador)

SILVA_CAVACO – Que pensas tu fazer, Portas romântico e naïf? Recolhe-te nos milhões que deitaste ao mar! Dorme e cala-te, pois amanhã iremos falar! Como podes ver, este aqui ao meu lado, o senhor doutor Rabbit, terá uma conversa bastante séria contigo! Mas que porra é esta? A atirar-se abaixo da ponte em plena crise económica e social?! Mas tu és maluco ou de direita? É que não entendo estas tuas atitudes! Mas amanhã iremos falar! Amanhã! Hoje não! Preciso do meu pastel de Vouzela e dos livros de Saramago para poder adormecer, visto que nada têm de interessante!  (o coro grego, desta vez composto por alunos de economia e finanças e ciências reitera cantado gregorianamente: AMÉN. PALAVRA DE HONORIS CAUSA EM LITERATURA PORTUGUESA!

CENA II

(No dia seguinte, já recolhido dos submarinos comprados há volta de dez anos atrás, reúnem-se num palácio, em Sintra, à sombra de um carvalho, tomando chá e trincando biscoitos, Portas e Rabbit voltam a encontrar-se)

RABBITAs tuas atitudes de Drama Queen não funcionam mais! Basta desses teus ataques, dessas tuas manias, desses teus devaneios hipócrito-românticos! Basta!

(o vento assopra de nordeste e algumas folhas fogem daquele sítio maravilhoso e condenado! As luzes adquirem um tom amarelecido, o Outono parecia querer chegar, mas tudo era fantasia, o Verão estava ainda no seu vigor. O coro murmura sonetos de Camões, enquanto Portas responde a Rabbit)

PORTAS – Foste a coisa mais importante da minha vida, enquanto tive todas as regalias possíveis e imagináveis! Tenho pena que nunca tenhas confiado em mim. Esse foi o nosso problema, Rabbit que um dia foste meu. Nunca me deixaste ser a tua Julieta. Nunca te deixaste ser o meu Romeu!

(Neste momento, o maestro do coro vira-se para Portas e diz-lhe para jamais voltar a fazer esse tipo de rimas numa opereta tão trágica e grandíloqua)

Gostava que tudo tivesse sido de outra forma, meu querido, mas há momentos na vida em que tomamos atitudes irrevogáveis, sem volta a dar! Demiti-me, para sempre! Tenho pena de te deixar, é certo que vou sofrer, mas o tempo é o melhor lenitivo. O tempo tem uma resposta para tudo.

RABBIT – Tens a certeza que não queres ficar? (Prostra-se perante Portas, com olhos lacrimejantes) Olha o futuro que podemos ter pela frente? Temos ainda 3 anos em São Bento, temos todos os portões de todos os jardins europeus abertos, meu lindo! Temos todos os salões de chá, todos os cantinhos para segredarmos e despedirmos uns milhares de funcionários que estão a mais! Fica, meu Portas. Fica! Peço-te por tudo, peço-te por nós, pelo valor do nosso amor que não tem valor, que é inestimável, assim como  a estima que os portugueses têm por nós!

PORTAS – (com a lágrima no canto do olho. O coro enternece-se, puxa de um lenço laranja e azul, assoa-se e atira o ranho para o desgraçado público que vê nisso um agouro bastante nefasto: desemprego)
Como posso eu rejeitar tais palavras, meu Amor? Como posso eu? Esquece o irrevogável, esquece as minhas birras! Prometo ser uma cocotte  mais requintada e comedida. Mas isso trar-te-á custos adicionais, meu amor laranja! Quero ser vice-primeiro-ministro. Quero mandar! Quero uma tiara e um laço azul no cabelo! Quero um vestido de seda e uma chaise-longue divinal! E quero que todos me beijem a mão e que aquela senhora que veio para as Finanças me preste contas como os portugueses, fofos, prestam todos os dias às finanças, à Troika e ao governo! Mas sim, sim, volto para o governo, meu amor! (Abraçam-se, o coro volta a limpar o ranho enquanto entoa o Magnificat)

RABBIT – Eu sabia que irias voltar, meu anjo, meu Portas querido! Eu sabia! Como podias recusar os braços, a falsidade e a hipocrisia deste teu Rabbit que te quer bem? És meu, estás na minha mão, assim como nós estamos, felizes e disciplinados, nas mãos de outros. Amo-te!

PORTAS – Eu também te amo. (voltam a beijar-se)

RABBIT – Agora vamos, rápido! vamos a Belém! Vamos, sem mais demoras, pois o Silva_Cavaco quer falar connosco!

PORTAS – Vamos sim, meu amor!

CENA III

(Esta cena, filosófica, começa com uma pequena reunião em Belém, ao som de Ravel e de pastéis de Vouzela)

SILVA_CAVACO – Já resolveram os vossos problemas? Espero bem que sim, pois não posso continuar a falar em eleições para o próximo ano, dá-me gases e a Mariazinha não aguenta nem isso nem a sua mísera reforma de 800 euros, coitadita! Por isso, quero-vos frescos e lavados nos Jerónimos, pois vai ser uma cerimónia grandiosa, estonteante, maravilhosa! Agora, toca a mexer que há muitos discursos a fazer, muitas palavras a verborrear!

PORTAS – (algo envergonhado e constrangido) Sua “incelência” esqueceu-se de um pequeno pormenor: a questão do “IRREVOGÁVEL”. O que vamos fazer em relação a tal discurso que fiz há uns dias atrás? As pessoas não vão gostar, a imprensa bombardear-me-á e eu não sei se aguento com tamanha pressão. (suspirando profundamente)

SILVA_CAVACO – isso é fácil de resolver, Portas amigo! Deixa isso comigo, pois podemos sempre falar na semântica das palavras (que ele não conhece), da sua complexidade, do IRREVOGÁVEL ser aplicado somente ao cargo em que te encontravas, blá blá blá trrr trrr trrrr ( o coro começa a berrar, pois não aguenta tais barbaridades do nosso HONORIS CAUSA EM LITERATURA PORTUGUESA E PRESIDENTE DA REPÚBLICA) Fica descansado, pois, do alto da minha vetusta sapiência brotará um novo sentido para a palavra IRREVOGÁVEL! O mesmo será feito com (é o coro quem diz, cantando em uníssono, os seguintes conceitos alvo de alteração semântica): TRANSPARÊNCIA, EQUIDADE, JUSTIÇA, EMPREGO, ENTENDIMENTO, PROGRESSO, DEMOCRACIA, CULTURA, CIVILIZAÇÃO, IDENTIDADE, PATRIMÓNIO, HISTÓRIA, POLÍTICA.

RABBIT – (de mão dada com Portas) Podemos, então, ficar descansados e adormecer tranquilos. Agora, sim, interessa prepararmo-nos para esse glorioso dia 7 e Julho, em que o país verá como estamos unidos, apaixonados e com vontade de continuar o trabalho (?) que temos vindo a fazer!

(Entretanto, enquanto o pano fecha para se alterar o cenário para o derradeiro momento, a nossa pièce de resistance!, deixamos algumas observações, caro leitor amigo. Senta-te ao nosso lado, agora, pois ainda estamos no intervalo e Beethoven foi até lá fora fumar com Napoleão, mesmo que ambos não fumassem! O que vimos até agora é simplesmente fruto da nossa imaginação, nada do que foi relatado por este autor desta opereta irrisória aconteceu verdadeiramente! É mais vero Beethoven estar sentado à minha direita e Napoleão e Goethe do seu lado do que estes senhores brincarem aos políticos e aos ministros e aos governos e aos países! Porra! Até iriam pensar que somos um país brinquedo, marioneta, fantoche, perdido! Nada disso, amigo e fiel leitor! Tudo isto se passa no domínio da ficção! Tanto as datas como os nomes e acontecimentos aqui descritos, ouvidos, vistos e narrados! A diferença é que com o coro tudo parece mais real, mas não te deixes ludibriar, leitor camarada. Agora, volta ao teu camarote, pois parece que, afinal, estás sentado no lugar de Napoleão III, e olha que ele não gosta lá muito de portugueses, mas está a adorar a cena! Até breve!

CENA FINAL

(Mosteiro dos Jerónimos, uma tarde sol quente, abafado e insuportável. Altos dignatários do país presentes, todo o governo e entidades de renome – só pessoas de “gabarito” ?)

SILVA_CAVACO – (falando para Portas e Rabbit, antes de entrarem nos Jerónimos) Agora façam o favor de ser felizes novamente (esboçando um quase sorriso amarelo e torpe), de levar este país na senda do progresso e na mudança! Lembrem-se do actual presidente do Marco de Canaveses! Não fez nada que se aproveite em 8 anos, mas “a Mudança continua”! Que mudança? Perguntar-me-iam, não interessa! Interessa sim os cartazes e as festas! Não pensem duas vezes para votar nele, pensem três! Não criou emprego nem abasteceu o concelho com água e saneamento! Colocou os marcoenses no 12º lugar de pior concelho do país para se viver, mas não interessa! Há que apostar nessa “mudança” que tanto FAZ FALTA! Mas vamos a assuntos sérios e dignos: portem-se bem, lá dentro, sorriem e acenem, pois está tudo feito para que sejamos recebidos como se de um funeral vestido do avesso se tratasse, pois em vez de carpideiras para gritar e chorar em escabelos, contratei os vossos deputados que servem de chocalheiras e para batedores de palmas não estão nada mal!

PORTAS E RABBIT – Vai ser um sucesso, então, esta nossa entrada! Cavaco, é de gente como esse tal Manuel Moreira que precisamos nas câmaras municipais: gente que aumente a dívida pública, que não apoie a cultura, que só largue dinheiro para freguesias com bastantes eleitores e que faça festas e mais festas! Havemos de falar com esse sujeito. Também é óptimo pois tem motorista e podemos falar com ele em privado no seu carro, enquanto os contribuintes pagam o motorista, chauffeur, e as suas mentiras! Ainda bem que o povo gosta de pão e circo! Agora, siga para os Jerónimos que são horas!

(À entrada dos Jerónimos, avista-se toda a igreja repleta da mais alta gente que este país tem. Todos eles de pé, os imbecis!, aplaudindo Rabbit, Silva_Cavaco e Portas. Todos eles sorrindo para estes três energúmenos que têm nas suas mãos parte do destino deste “país-centavos”. O coro e a orquestra preparam-se para entoar a Nona Sinfonia de Beethoven!

SILVA_CAVACO – (Discursando) Como todos podemos ver, o governo continua intacto e imaculado! Apesar de o anjo Gaspar se demitir, visto ser angelical de mais, as Finanças não caíram, aliás, Gaspar elevou as finanças, elevando-se a arcanjo do Banco de Portugal! Podemos vê-lo, tanto a ele como Portas e Rabbit num acrescento que far-se-á nos painéis de S. Vicente e no Padrão dos Descobrimentos, visto que eles descobriram um Portugal capaz de afastar a Mentira, a Falsidade, a Hipocrisia e a Corrupção! VIVA PORTUGAL!

(enquanto o pano cai muito devagar, o coro entoa a sinfonia preteritamente anunciada, Silva_Cavaco, Portas e Rabbit dão as mãos, a multidão aplaude; dos jerónimos caem confettis. A alegria faz lembrar a paródia de Bolero, de Maurice Ravel, o ambiente é irreal, surreal, INACREDITÁVEL! Ao fundo, Camões e Vasco da Gama juntam-se a Cristo e a D. Afonso Henriques que olham pasmados.)

FIM

            E assim terminou esta opereta em 3 actos, caro leitor amigo! Voltamos a lavar a cara, pelo menos mais duas vezes, depois deste final, visto que quase parece realidade! Mas a ficção, a fantasia tem destas coisas: de tão detalhada aparecer toma os tons e as cores do quotidiano, do verídico, do verdadeiro. Mas acalma-te leitor fiel e amigo, acalma-te! A nossa realidade é outra
            O nosso país não vive em profunda crise, o emprego abunda, a fome e a miséria são mitos sociais e a palavra IRREVOGÁVEL ainda vale o que vale!
            Vamo-nos rir, pois!




terça-feira, 3 de setembro de 2013

Sem Rumo- texto de um anónimo marcoense

Um anónimo marcoense fez-nos chegar esta mensagem e decidimos publicar a sua opinião. Este é um grito de um marcoense!



A faltar sensivelmente um mês e meio para a chamada as urnas torna-se necessário uma análise reflexiva do que espera á cidade de Marco de Canaveses para o próximo quadriénio. As perguntas da praxe começam a ser formadas, em quem vou votar? Quem são os candidatos? Quais são as ideias?  A minha análise por incrivel que pareça não vai para o cenário partidário em sim, mas o público alvo dos mesmos.
Na minha opinião, este texto não deixa de ser uma análise opinativa, a pergunta mais importante que temos em mãos é no minimo bizarra. Quais são as pessoas que estão a fazer as perguntas da praxe?
Pois meus caros, um dos grandes problemas do nosso município é mesmo esse, estamos a meio da campanha eleitoral e ainda não se sente o fernesim próprio desta temporada, a crise social instaurada reduziu significativamente a opinião pública muito devido ao pronfundo fosso que a comunidade polita se encontra no imagético da população. Sim a minha preocupação maior nestas autárquicas de 2013 é aridez da participação pública, uma população não envolvida nos seus direitos civicos é um alerta vermelho para a democracia.
Tendo dito isto deixo um apelo, apesar de todo o descrédito que a classe política enfrenta, não nos esqueçamos que o nosso futuro estará nas mãos de um destes senhores durante os próximos quatro anos, pensem bem, porque só podem voltar a falar em 2017, o vosso futuro está em jogo.
            A verdade tem de ser explicitada, apesar do nosso concelho ter uma falta de envolvÊncia nestas questões de forma preocupante e crónica, andamos um bocado á deriva, cada um no seu cantinho do barco, os candidatos não têm ajudado a romper este marasmo. Ora vejamos, já passou um mês desde que as eleições foram anúnciadas, e a maior parte da população ainda não chegou o programa ou ideias, as ruas não estão animadas pelos candidatos, eles estão aqui mas ninguém sabe onde os encontrar.
            Numa análise mais fria a cada candidato, eu peço desculpa apesar deste ano termos bastantes, Lino Tavares Dias, Manuel Moreira, Artur Melo, Ferreira Torres, eu só consigo ver os dois primeiros como candidatos sérios. Os motivos não são comuns em relação aos outros candidatos, enquanto que Artur Melo fica á margem devido ao pouco impacto que cria na população, com Ferreira Torres acontece precisamente o contrário.
            Em relação aos outros dois, digo sinceramente sem qualquer tipo de dúvida que apenas são candidatos fortes devido À parca concorrÊncia. Pelo PSD temos um repetente Manuel Moreira, com um grande carisma junto á população, um candidato que (pelo menos em tempo eleitoral) se encontra sempre nas ruas, sendo que a população pelo que vou ouvindo nas ruas já se encontra familiarizada com o seu trabalho, apesar de algumas decisões serem fortemente contestadas, excesso de festas, o ruído noturno, o esquecimento de certas questões.
            O PS arriscou com um candidato novo, pelo menos de nome, Lino Tavares Dias, aqui só posso perguntar, o que é que a população sabe do candidato? Apesar de já ter tido acesso ao programa, em geral bom, com toques de risco e inovação porém centrado excessivamente do território, existem outras questões urgentes. A população não conhece o mesmo, correndo o PS que o seu candidato entre num café e não seja notado, o que a nível eleitoral é mau.
            Apesar de todos estes aspetos gostaria de felicitar ambos os partidos por perceberem que a politica necessitava reoxigenação, para a classe politicar voltar a ganhar credibilidade, vejo que o PSD incluiu bastantes jovens das suas listas e que o PS arriscou mais e vemos candidatos ás juntas jovens como Bruno Caetano e Miguel Carneiro. Na minha opinião o país e sobretudo o conselho necessitam que uma juventude responsável e preparada para lidar com este novo mundo assuma as rédeas desta carroagem desgovernada. Assim sendo os meus parabéns.

            Portanto se as eleições fossem hoje e tivesse que arriscar penso que a população Marcoense que se dirigir às urnas vai optar pela familiaridade, a menos que este Agosto seja um mês quente.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Políticas sociais nas autarquias


" Portugal em pleno século XXI atravessa uma grande crise económica, que origina a realidade de um País com consequências frágeis e drásticas. A crise económica provocou uma elevada taxa de desemprego, que gerou um leque de desigualdades sociais, económicas e de exclusão social. Neste contexto é assim necessário que o Governo juntamente com as Autarquias locais implemente medidas que vão ao encontro desta nova realidade do País, dos Concelhos e Freguesias no âmbito das várias políticas socias.
As Autarquias locais têm um papel fundamental nas políticas sociais. Estas estão integradas a várias áreas, como: de saúde, educação, assistência social, emprego, habitação, saneamento básico, entre outras. Num trabalho em rede com as entidades sociais e juntas de freguesia, pretendem criar uma interligação, chamada rede social, onde tentam combater o conceito de pobreza e criar ferramentas de resposta como por exemplo: projectos e programas sociais que visem implementar medidas quanto aos problemas da população nomeadamente a camada jovem do concelho, bem como às suas necessidades. De salientar este foco nas juntas de freguesia que o candidato, Manuel Pizarro, pretende despoletar, pois entende-se como um serviço de relevância pela maior proximidade que abarca com a população local.O Candidato do Partido Socialista Manuel Pizarro á Câmara municipal do Porto, compreende algumas propostas, são estas a defesa do orçamento participativo, isto é a criação de sinergias em rede, conjuntamente com as entidades sociais e politicas locais com o fim de traçarem um plano de estratégias a executar a favor de todos e com a participação de todos; A defesa de uma potencialização da empregabilidade no Porto, ou seja, a centralização da sua actividade na camara numa aposta virada para o turismo, a cultura, a inovação, ligando a universidade/politécnico e os laboratórios de investigação, como fundamenta os princípios do candidato Pizarro” O Centro Empresarial de Campanhã, que já mereceu o apoio de vários empresários e empreendedores, aposta na criação de 1500 postos de trabalho, fixando empresas ligadas à criatividade, cultura e tecnologia, em profunda ligação com as instituições de ensino superior do Porto.”
Desta forma vai ser importante para a Cidade e para este mesmo Distrito, porque é uma candidatura valorizadora do Património Social, Associativo, Arquitectónico, Cultural e Educativo. No Porto, Manuel Pizarro, pretende concretizar soluções face às necessidades das pessoas, pois a sua candidatura é pelas pessoas. POR TODOS! "


Tânia Teixeira, JS Porto

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Intermunicipalidade: desafio autárquico imediato

"Pode falar-se de intermunicipalismo sem falar nas comunidades intermunicipais, até porque tal conceito e práticas não nasceram com estas, e surgem como uma solução para determinadas matérias em que a gestão de recursos tem a ganhar com a lógica da escala, acompanhada pela diferenciação espacial e o fundamento identitário, que não é de somenos importância. Porém, a lógica intermunicipal é amplamente aprofundada com a instituição daquelas comunidades, pela mão de Miguel Relvas – que pretendeu recentemente ir mais longe, e foi travado, e bem, pelo Tribunal Constitucional, por inverter a lógica da escolha eleitoral e democrática dos autarcas e as suas competências -, como recurso para impedir a instituição da regionalização.

É minha convicção que muitas das questões que se colocam ao país a curto e médio prazo, nas mais diversas áreas, e mesmo as polémicas das diversas reformas do Estado, passam obrigatoriamente por uma diferente gestão e divisão do território, bem como pelo aprofundamento da democracia, nos diferentes níveis de gestão administrativa do território, desde a freguesia, ao município, à comunidade intermunicipal, à região (entidade administrativa a introduzir com urgência), ao governo e administrações centrais, reorganizando competências, atribuições e meios, claro está, com a devida distribuição destes nos níveis descentralizados, que efectivamente podem prestar serviços mais próximos, como uma gestão potencialmente mais eficaz e eficiente.

A regionalização é para mim um ponto de partida, quando pretendemos abordar a questão da gestão do território português, mesmo falando-se aqui de intermunicipalismo. Um e outro conceitos têm por base as mesmas características tendentes à sua ponderação: escala, diferenciação espacial e identidade, elementos estes que nos recordam as melhores práticas de gestão comum intermunicipal de recursos da mais diversas ordens, desde a saúde (que porventura no futuro terá que ser revista em alguns dos seus aspectos), à gestão dos resíduos, à água e saneamento, ao património histórico, material e imaterial.

Em relação ao último, o património histórico, vem já sendo habitual o recurso ao excelente exemplo da Rota do Românico, no território do Baixo Tâmega e Vale do Sousa, resultado da vontade dos vários municípios da região valorizarem e aproveitarem economicamente os recursos de que dispõem, num projecto que certamente será uma das mais importantes mais-valias municipais e intermunicipais a longo prazo. De novo escala, diferenciação espacial e identidade, representando uma óptica alargada de complementaridade, a mesma que pode estar na base de lógicas estratégicas comuns para a empregabilidade, a usar também e por exemplo no âmbito da gestão dos recursos ambientais e florestais, enquanto ecossistemas e sistemas empresariais e industriais, isto se olharmos uma vez mais para o território do Baixo Tâmega e Vale do Sousa.

Estas ideias partem contudo, da construção de uma visão da sociedade civil, preocupada com a gestão dos recursos da comunidade e, como vimos anteriormente, pelo campo das opções e decisões políticas. As mesmas opções e decisões que seria importante serem apresentadas neste momento político de apresentação dos projectos partidários autárquicos, e portanto um desafio de serem apresentadas as visões sobre este âmbito intermunicipal, por dois motivos principais: por corresponder às atribuições e competências próprias dos presidentes de câmara, que têm assento no órgão de gestão das comunidades intermunicipais ou nas juntas metropolitanas, e por ir de encontro a uma mais eficaz e eficiente gestão do território e dos recursos, e estará muitas vezes em cima da mesa, aquando das decisões e opções."


Gabriel Carvalho, membro da JS Amarante




terça-feira, 13 de agosto de 2013

Parque Fluvial do Tâmega em Ruínas







"O Parque Fluvial do Tâmega actualmente encontra-se num estado lastimável, uma obra em completa ruína. O Parque é uma obra fundamental para o aproveitamento dos recursos naturais e pela qualidade de vida que oferece a todos os Marcuenses. No entanto desde o início, o projecto pela forma como foi conduzido falhou. Não houve uma maturação necessária ou sequer uma estratégia para a criação de um projecto de arquitectura integrado na paisagem do Tâmega, criando sérias problemáticas que actualmente estão à vista de todos os marcuenses. Os Rios Tâmega e Douro, são recursos naturais que muito são elogiados nos discursos “secos” do presidente da câmara, Manuel Moreira, contudo a realidade não será bem esta. Ou pelo menos a dita importância dos Rios é mais uma vez um acto malabarista para eludir os marcuenses.

A Realidade é a seguinte:
-Em pleno parque fluvial são despejadas águas de esgoto sem qualquer tratamento. Um ataque para a saúde pública dos moradores e dos utilizadores do parque.
-A infraestrutura criada no Parque Fluvial não tem saneamento básico.
- As margens do Rio Tâmega não foram devidamente consolidadas, provocando assim, durante o inverno, pequenos deslizamentos de terra. Inclusive, alguns equipamentos de desporto encontram-se em zonas perigosas.
-Os sistemas de rega parecem estar inutilizados, pelo descuido actual da relva existente no Parque.
-O pavimento está muito desgastado.
-A envolvente do Parque Fluvial, como é o exemplo da Rua do Pisão em Sobretâmega, não tem qualquer passeio pedonal, e com um descuido total com as águas pluviais.
-Os acessos ao Parque Fluvial pela freguesia de Sobretâmega, poderá ser feito pela Travessa do Pisão, uma rua sem protecção nas bermas, completamente cheia de silvas e perigosa para os transeuntes que a utilizam, principalmente quem faz o percurso de carro, pois a Travessa nem sequer iluminação pública tem.
-Não foram construídos WC´s públicos.
-Inexistência de água potável para os usufruidores do Parque Fluvial.


Resumindo, os projectos dos últimos anos da Câmara Municipal, habituaram os munícipes a obras falhadas, perigosas para quem as utiliza e sem o mínimo de bom senso."



Pedro Leal

sábado, 10 de agosto de 2013

Faz Falta (…) Política sem púlpito e dialogante



"É sempre um exercício penoso fazer uma leitura das candidaturas e perceber qual o futuro para o concelho. O critério fundamental para perceber como será o Marco no futuro, com novos rostos na cena política, passa muito provavelmente por fazer uma análise dos programas eleitorais das respectivas candidaturas. Por agora, o partido que mais se tem destacado e apresenta uma teia programática, é o Partido Socialista. O ciclo de debates exercido pela candidatura, foi um passo fundamental para lançar e firmar uma equipae sobretudo a dinâmica sobre a qual assenta a candidatura de Lino Tavares Dias. O dado preferencial da candidatura passou por criar debates rotativos, nómadas e abordando temas específicos estrategicamente localizados em determinadas freguesias.
O momento mais positivo da campanha socialista é sobretudo a tentativa de criação de um debate amplo, entrosado com a realidade do concelho marcuense. Aproximando desta feita as populações locais. O debate em Vila Boa do Bispo destacou-se pelo grau de debate e espírito crítico existente entre plateia e oradores. É um facto, os Marcuenses preferem uma política próxima e dialogante.
O ponto mais negativo nestes debates foi sobretudo não ter conseguido granjear um público jovem na faixa etária 18- 25 anos. Desta feita vislumbra-se uma faixa etária atípica, ou pelo menos, pouco envolvida com as campanhas partidárias. Neste sentido é gravoso observar que os jovens não se aproximam do debate político e sobretudo não conhecem os projectos partidários para o concelho. Uma questão a ser analisada pelo “aparelho” socialista marcoense. Visto que o próprio concelho foi dos que mais cresceu na região do baixo Tâmega (censos 2011), tendo uma população jovem muito alargada.
O Partido Socialista apresenta a sua candidatura através do debate, esperando-se a entrada na segunda fase de campanha uma maior aproximação com o público jovem e o continuar uma estratégia decisiva de diálogo e verdadeira discussão do concelho de todos nós.
A política viciada é aquela que vive ainda do púlpito e dos discursos, muitas das vezes pesados e secos em conteúdo. Ao contrário Lino Tavares Dias consegue discutir problemáticas do Marco de Canaveses através da sua bagagem experimental que adquiriu de Marco de Canaveses, envolvendo no diálogo, os Marcuenses. Construindo-se desta feita uma política sem púlpito, isto é uma tipologia política de discussão e não meramente discursiva (Discussão/Discurso).Aproximando-se de um modelo menos imperativo e mais exclamativo.

O slogan “Fazer o que Faz Falta” é generalista e clarifica na sua gênese o pensamento que existe por trás de uma grandiosa atenção dada ao território e às pessoas. O que faz falta, vira o seu foco de atenção para problemáticas básicas que ainda imperam no concelho, tais como: Faz Falta uma rede de transportes públicos, Faz Falta saneamento básico, Faz Falta um plano urbano estratégico, Faz Falta uma coordenação camarária em vários níveis, Faz Falta dar atenção a todos os Marcuenses...Faz Falta (…)"

                                                                                                                                                 Pedro Leal


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Marcoenses, vamos mudar ou continuar a dança?

A campanha para as Autárquicas 2013 está já a todo o vapor no concelho do Marco. O Partido Socialista apresenta-nos um candidato independente, com uma vasta experiência e um conhecimento útil da região. O PS quer, definitivamente, neste ato eleitoral, definir-se e afirmar-se. Por isso, tem mostrado a todos os marcoenses a união que existe dentro e fora do partido em torno de um verdadeiro projeto de credibilidade. Com ideias e planos para o nosso concelho, Lino Tavares Dias garante fazer o melhor que sabe e o que faz falta à nossa terra.

Do lado de lá, temos um presidente da Câmara em funções. Alguém que tem demonstrado que ser político de carreira numa autarquia endividada não funciona. Manuel Moreira continua com a mudança tranquila (ou a dança tranquila, como dizem por aí), uma mudança que dura há oito anos e que tem muito que se lhe diga, ou não. Eu acredito que os marcoenses querem mudar de rumo, que querem um novo futuro.

Até 29 de setembro, espero assistir a uma campanha limpa, com boas ideias, sem demagogias e falsas promessas. Acima de tudo, espero eu, estamos todos a lutar por um Marco melhor!