sábado, 30 de junho de 2012

Encontros com o cinema Português- Curta "North Atlantic"





Hoje deixo neste espaço da JS Marco mais uma proposta e divulgação de uma curta nacional. O seu nome é North Atlantic da autoria de Bernardo Nascimento. A curta já conta com um excelente reportório de prémios, notório da sua qualidade.


   O enredo leva-nos a pleno Oceano Atlântico, numa noite de tempestade, dois homens,um em terra outro a bordo de um avião.Misturando-se o fim da história com um bater de dedos e um leve assobio ritmado. Uma melodia num tom introspectivo para um final já de si esperado.
 De referir será que North Atlantic é a única curta portuguesa a concurso no primeiro festival de curtas-metragens promovido pelo You Tube. Por isso confirmem a qualidade da obra e dêem o vosso voto.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Associações académicas, a minha visão por Luís Soares


Não posso abordar o tema em questão sem primeiro falar do “meio”, ambiente ou o que lhe quiserem chamar. O “meio” como é sabido assume-se como um dos mais importantes pilares para a formação da personalidade de um individuo. Pois muito bem, eu como sou uma pessoa que acredita que é através do “meio” que se potenciam vivências, oportunidades, qualidades, defeitos ou até mesmo clientelas, devo frisar que a minha grande incubadora foi Coimbra, a cidade universitária que com quem tanto aprendi e me influenciou.

Em Coimbra enquanto estudante fiz dezenas de amigos, centenas de colegas e milhares de conhecidos, fartei-me de aprender coisas novas, discutir, estudar e politicar, mas também de sair a noite, socializar e apanhar bebedeiras de não me lembrar no dia seguinte. Em Coimbra aprendi a cozinhar e a fazer a amor, a rir com amigos até a barriga doer e a chorar sem conseguir parar. Ali tenho a certeza que fiz os melhores dos amigos e dos amores e tive as melhores das aventuras. A Coimbra cheguei rapaz tenro e de lá sai homem feito com sentido crítico e de opiniões formadas. Só há uma coisa que Coimbra não me ensinou nem sequer fez questão em me avisar: “o que é bom, não dura sempre”, e, presunção aparte, o que é certo é que por ali vivi e experienciei mais do que alguma vez possa ter imaginado.

Na academia costuma dizer-se que um ano bem vívido em Coimbra equivale por cinco. No meu caso devo dizer que essa foi uma máxima da qual eu fiz bem uso, e muito por culpa da minha paixão pelo associativismo estudantil e enquanto membro activo da Académica de Coimbra (AAC).

Como dirigente associativo passei por variados cargos, claro está que uns foram mais trabalhosos que outros, mas todos eles muito enriquecedores do ponto de vista intelectual e de experiência profissional. De entre outros, tenho que dar especial destaque à ocasião em que fui individualmente eleito para a Comissão Central da Queima das Fitas de Coimbra 2009 onde assumi o cargo de comissário da produção, sendo o responsável máximo por toda a produção da Queima das Fitas naquele mesmo ano. A fantástica oportunidade de poder participar e organizar uma festa tão grandiosa como a Queima das Fitas, de lidar com todo o tipo de personalidades, artistas, bandas etc., e o trabalho em equipa com colegas magníficos em torno de um objectivo comum foi de facto a experiencia mais espectacular e inesquecível que algum dia tive o prazer de estar envolvido.

Contudo, e experiencias de lado, hoje sou só mais um entre milhares de outros jovens portugueses que decidiram fazer a vontade a alguns irresponsáveis políticos em emigrar e contribuir para a riqueza das economias de outros países.  

Neste texto adoraria apenas focar as vantagens e pontos positivos das associações académicas e a sua importância no consequente mercado de trabalho, no entanto penso que todos nós sabemos bem o quanto estas são benéficas e quão essenciais são aos meios estudantis.

É indiscutível o valor e a importância das associações académicas a todos os níveis, quer o que elas representam historicamente quer principalmente o que elas significam no âmbito cultural, desportivo e da tradição para as cidades e comunidades onde se encontram, quer mesmo para o próprio país... É simplesmente imensurável. Diga-se que a cidade de Coimbra teria sem duvida menos encanto, se não tivesse a constante dinamização da AAC e das suas 16 secções culturais e 26 desportivas, grupos académicos, organismos autónomos e até mesmo das festas académicas, Latada e Queima das Fitas.

Até aqui tudo bem. O problema que eu queria chamar atenção tem a ver com a forma como estas associações são, por vezes, encaradas por certos dirigentes associativos. Da minha experiencia algumas ilações tirei, é que de tantas pessoas com quem me relacionei pela minha passagem pelo associativismo estudantil, só encontrei dois tipos de personalidades e feitios: a) as que estavam lá por amor a camisola e aos projectos que abraçavam sem sequer pensar em quaisquer contrapartidas e b) as que só lá estavam por motivos pessoais, e pior do que tudo por ambições políticas e partidárias. Infelizmente este é um problema que é transversal a todas as associações académicas do país.

Mas como diz o ditado “o exemplo deveria vir de cima”, e a verdade é esta, de cima não tem vindo grande coisa nos últimos anos, a nossa sociedade está doente e apática, e muitos dos nossos dirigentes políticos são oportunistas e incompetentes. Então porque é que certos dirigentes associativos deveriam ser diferentes e pensar noutras coisas sem ser neles próprios?

Faz-me uma certa confusão a forma como muitas pessoas olham para as associações, federações e núcleos académicos, mas mais confuso fico quando as mesmas pessoas, com 20 e poucos anos, as vejam meramente como trampolins para cargos remunerados (ou não) em partidos políticos, Jotas, empresas públicas e até mesmo para os gabinetes dos ministérios e secretariados de estado, para que dessa forma se tornem políticos profissionais a tempo inteiro e evitem a tão árdua passagem pelo mercado de trabalho. (Note-se que muitos dos nossos deputados e governantes seguiram a risca o que mencionei, dando inclusive origem a tão célebre expressão “Jobs for the boys”).

A meu ver, a também infeliz promiscuidade entre as direcções das associações académicas com os partidos políticos e as juventudes partidárias em nada ajuda a melhorar este cenário. Os joguinhos do poder da treta que muitos jovens politiqueiros com cérebros formatados de um discurso fácil, dotados de técnicas de cacique ensinadas pelos seus mentores políticos utilizam nas campanhas eleitorais das associações académicas para que desta forma arranjem mais umas quantas assinaturas e afiliações e posteriormente possam controlar e manipular as mesmas associações, deixam-me tão desiludido como os demais que se deixam levar facilmente por falsas promessas de manjedouras políticas. 

Posto isto, não quero que o meu discurso seja mal interpretado e muito menos “que paguem os justos pelos pecadores”. Não critico pessoas. Critico sim ideias, manias e defeitos que se foram acomodando na nossa sociedade ao longo dos tempos sem que nos dessemos conta e que são tratados levianamente de como se fizessem parte do nosso ADN. Que fique bem claro que tenho o maior apreço e respeito por todos os dignos dirigentes associativos, que tanto do seu tempo pessoal dedicam, e as grandes causas da comunidade estudantil e civil que abraçam. (Aos outros é que nem tanto).

Por ultimo, as associações de estudantes em todo o seu esplendor e eclecticismo são excelentes dinamizadoras dos meios estudantis e revelam-se fulcrais no desenvolvimento pessoal de particularmente por quem por elas passa. As associações formam, educam e ensinam e são sem dúvida mais enriquecedoras do que qualquer estágio ou experiência profissional não remunerada. Sensibilizam, organizam e mobilizam mais do que qualquer outra entidade e possuem um portentoso activo que ninguém pode controlar ou mandar calar, “Jovens Irreverentes”. Esses são os que mais fazem falta, os que ousam por paixão e dedicação, e os que acreditam que o que está mal pode mudar.

Luís Soares
(Independente partidário, relativamente dependente das vitórias do FCP)  

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Assembleia Municipal

Hoje é dia de Assembleia Municipal. Esta irá decorrer no Salão Nobre dos Paços do Concelho a partir das 20:30h. Sendo este o órgão que representa, por excelência os eleitores e todos os marcoenses, é de sublinhar a importância do escrutínio a que este deve ser sujeito. Deste modo é salutar a presença de tantos marcoenses quanto possível no propósito de acompanhar a atividade política no nosso concelho.

Nós, como não poderia deixar de ser, estaremos lá e fazemos também o apelo aos leitores para que o envolvimento da população nestas sessões seja contínuo: aqui todos podemos intervir (nomeadamente no período reservado ao público) e sentir, de perto, a qualidade do trabalho dos elementos da Assembleia. É certo que Manuel Moreira tem um método muito próprio de convidar a população a estar presente (as horas a fio que a sua voz ecoa no salão são um verdadeiro desafio para qualquer marcoense que queira assistir pessoalmente às sessões), sendo também certo que este método torna a participação dos cidadãos menos fácil, todavia é através deste órgão que temos a possibilidade direta de questionar o executivo e demais presentes relativamente à sua atividade.



Logo... Lá estaremos! E tu?

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Soalhães: Festas e Feira Cultural

A Junta de Freguesia de Soalhães organiza as já tradicionais Festas da Freguesia e leva ainda a cabo a 7ª edição da Feira Cultural da freguesia. As atividades terão início no próximo dia 1 de Julho (domingo) com o hastear de bandeira, a tradicional garraiada e o típico concurso "Cagada da Vaca". Em Agosto continuarão as festividades, pelo que Soalhães é uma freguesia de passagem obrigatória este verão.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Pequenos Gozos d'O Jumento

Transcrevo aqui um post trágico-cómico repleto de ironia e sagacidade publicado no blogue O Jumento que pode, muito bem, refletir a perspetiva de muitos leitores.




Financeiramente capados pelo Gaspar, azar que sucedeu a todos os funcionários públicos excepto os que trabalham no off-shore do Banco de Portugal e a todos os pensionistas excepto os que beneficiam do único fundo de pensão de bancário que não foi nacionalizado pelo Gaspar, precisamente e por mera coincidência o do já referido off-shore, resta-nos ter pequenos gozos.

Dá-me um imenso gozo ver um Paulo Portas extasiado de felicidade ao lado da artista Joana Vasconcelos com aquele ar de quem está numa das nossas feiras mas sem aqueles trajes de caçador sentado. Paulo Portas sabe que muitos portugueses conhecem os trabalhos de Joana Vasconcelos graças à exposição da Colecção Berardo exposta no CCB, uma colecção odiada por este governo.

Dá-me um imenso gozo ver muita gente do governo a formar fila para aparecer na Embraer, um projecto dos tempos de José Sócrates. Dá-me gozo ver que muitos dos que querem chamar a si os louros pelo projecto foram os que no passado se divertiram a gozar com o cluster da aviação em pleno Alentejo, o mesmo Alentejo onde os governos do PSD não investiram um tostão porque não tinham votos na região.

Dá-me gozo ver o Passos Coelho elogiar a aposta portuguesa nas energias renováveis a propósito de uma grande conferência internacional. É o mesmo Passos Coelho que veio para o governo apoiado em gente que odiava as renováveis, gentes que só mudou opinião quando foram comprados pela EDP, gente que escorraçou a Nissan de Portugal.

Dá-me gozo ver os que no passado tinham um orgasmo sempre que os juros da dívida portuguesa subiam estarem agora tão atentos aos mercados financeiros como estão quando a selecção portuguesa joga no Europeu. Só que estão a acompanhar os juros da dívida espanhola e quando roem as unhas não é com receio da equipa de Paulo Bento perder mas sim com medo de que os juros da dívida espanhola voltem a subir.
Sinto gozo quando um Passos Coelho que passou meses a afundar a imagem da Grécia numa tentativa desesperada de se apresentar na Europa como um aluno graxista que pede à professora Merkel para lhe bater mais, anda agora preocupado com a situação financeira de Espanha onde o seu amigo Rajoy está a fazer a Portugal o mesmo que ele fez à Grécia. É um gozo ver o mesmo Passos que forçou um pedido de ajuda internacional rezar agora para que a Espanha não o faça.

É um goz ver Passos, Coelho mais os seus ministros e os rapazolas da troika chamarem a si os louros pelo aumento das exportações quando se sabe que ao contrário do que estes aldrabões dizem esse crescimento das exportações é anterior ao actual governo e a qualquer uma das reformas previstas no memorando ou impostas aos trabalhadores pela CIP e pelo sô Álvaro.

Dá-me gozo ver alguns grupos profissionais que usaram todos os meios e poderes de que dispunham para derrubar um governo de que não gostavam e agora estarem farto de comer e ficar calados, professores aceitam qualquer avaliação, magistrados a fazerem contas à vida e jornalistas a comerem do Relvas.

Dá gozo ver o Jerónimo de Sousa que tanto se bateu para derrubar Sócrates e levar Passos Coelho e Paulo Portas para o poder vir agora armado em líder do proletariado a apresentar moções de censura exigindo que o PS vote a favor. Um dia destes ainda vamos assistir a muito do que já se viu, como as manifestações espontâneas convocadas por telemóvel, as esperas ao primeiro-ministro e outras práticas democráticas do Mário Nogueira.

Dá gozo ver os banqueiros que durante tantos anos foram exibidos como o modelo de sucesso das reformas liberais e grandes defensores das vantagens do liberalismo virem agora chular o dinheiro dos contribuintes para reporem capital que destruiram com negócios obscuros.

Dá gozo ver um liberal de mais de 70 anos, ministro do Cavaquismo e contador de pentelhos andar a lamber as botas aos comunistas chineses a troco de uma gorjeta.

Infelizmente são estes os pequenos gozos que nos restam, o que vale é que são cada vez mais as oportunidades de gozar.

II Mercado Romano em Tongobriga



Depois da edição do ano transato, a Junta de Freguesia do Freixo organiza novamente o Mercado Romano na cidade romana de Tongobriga. Dias que nos remetem para os primeiros séculos do nosso calendário cristão repletos de animação. Fica o programa do evento e  o convite a todos os leitores.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Inauguração PR3 MCN "Caminho do Rio"

Foi inaugurado no passado dia 17 de Junho o terceiro percurso de Pequena Rota no concelho do Marco de Canaveses. Este percurso ligou o Parque de Merendas de Montedeiras à praia Fluvial de Vimeiero em Sande, estendendo-se por 9,5 km. A Associação de Amigos do Rio Ovelha foi um dos elementos da organização (a par com a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Sande) e disponibilizou no seu blogue - que podem consultar no conjunto de ligações, do lado esquerdo, do nosso espaço - o vídeo relativo à ocasião.


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Núcleos de Estudantes Socialistas e Políticas de Ensino Superior


Os Núcleos de Estudantes Socialistas (NES) de Ensino Superior (ES) inserem-se na Organização Nacional de Estudantes Socialistas de Ensino Superior (ONESES) e representam todos os estudantes que estão filiados na Juventude Socialista (JS).

A sua idealização é, na minha opinião, representativa de um passo de excelência na missão de incutir a participação política junto dos jovens estudantes de Ensino Superior, através da partilha da experiência de militantes da JS deslocados dos seus núcleos de residência e do seu proativismo no sentido da defesa constante das comunidades estudantis e não só.

Os NES têm um papel fundamental que deve ser levado a cabo com a máxima responsabilidade, pois representam a JS junto de uma comunidade maioritariamente constituída por jovens, que sem dúvida, em maior número, não conhecem a realidade das juventudes partidárias e têm também no ES, um primeiro contacto com a sua forma de trabalhar e de se relaccionar com todos eles.

Ao longo do percurso estudantil e académico, é de crer que a “educação para a cidadania e para a democracia” está muito longe de roçar os mínimos desejáveis no sentido da promoção da participação cívica e política. Cabe portanto, aos NES desenvolver um conjunto de acções que visem contrariar esta realidade, aproximando os estudantes das questões políticas e também de todas aquelas que dizem respeito à comunidade estudantil, quer particularmente à sua própria Instituição de Ensino Superior (IES) quer às questões mais gerais do ES.

Esta é a forma mais indicada de agir, não só porque os NES têm como àrea de actuação o Ensino Superior mas também porque a defesa das comunidades locais deve ser um valor inerente a todos os cidadãos, nas quais estão inseridos.

Como estruturas da Juventude Socialista, também os NES devem claramente partilhar e defender os valores inerentes à JS no seio dos estudantes, mas sempre com a cautela de não formatar ou infringir éticamente os valores democráticos e promover acima de tudo o desenvolvimento do pensamento crítico e abrangente dos jovens bem como o argumentário dos seus militantes.

Esta perspectiva até aqui enunciada passa pela interacção dos NES com os estudantes, com a associação que os representa e ainda com os órgãos de gestão da IES na qual se encontram, sem esquecer o  desenvolvimento de propostas para a comunidade, para o ES em geral e ainda o constante feedback que deve ser dado às estruturas da ONESES e da Juventude Socialista no sentido de constituir a informação necessária a melhores respostas, defendidas pela via de um peso político muito mais relevante.

A política é a forma priveligiada de defender os interesses  das comunidades e da sociedade em geral. Desta forma, será tanto melhor e mais representativa quanto maior for a participação de todos os sujeitos nos diferentes meios envolvidos.

As políticas de ES serão portanto mais eficazes quanto maior for o envolvimento de todos os seus agentes e na verdade, existe ainda muito a realizar no sentido de satisfazer os anseios da população cujos NES pretendem particularmente defender – os estudantes de ES.

Neste domínio, é sabido que a resposta dada pelas políticas de ES não tem vindo a satisfazer aquelas que são as expectativas dos estudantes, mais particularmente no que toca à sempre controversa acção social através da violação da universalidade do ES. O valor das propinas e até a sua própria existência representam ainda hoje um foco de enorme contestação por parte das massas estudantis.

Os temas que abrangem o ES e marcam constantemente o debate em torno das suas questões são vários (Acção Social, Propinas, Números Clausus, Financiamento e Rede de ES, Empregabilidade, Relação com o tecido empresarial, Autonomia das IES, Estatutos dos Estudantes, Investigação, Pedagogia, etc..)

A seguinte abordagem tentará representar de um modo generalizado as maiores preocupações dos estudantes:

- Propinas:

Segundo a Lei n.º 49/2005  “o valor da propina é fixado em função da natureza dos cursos e da sua qualidade, com um valor mínimo correspondente a 1,3 do salário mínimo nacional em vigor e um valor máximo que não poderá ser superior ao valor fixado no nº 2 do artigo 1.º da tabela anexa ao Decreto-Lei n.o 31 658 (1200 escudos), de 21 de Novembro de 1941, actualizada, para o ano civil anterior, através da aplicação do índice de preços no consumidor do Instituto Nacional de Estatística.” O valor da propina máxima tem ainda em conta a inflação ocorrente no ano civil anterior.


Actualmente o valor mínimo da propina é portanto de €630,5 e o valor máximo, tendo em conta a inflação ocorrentre em 2011 (3,7%), será de €1.036,6 a partir de Setembro de 2012, passando pela primeira vez os €1000 – o maior aumento desde 2003 e que corresponde a um crescimento de 21,5% em relação ao valor da propina máxima desse ano.



As  estruturas político partidárias mais à esquerda defendem a abolição do pagamento de propinas como forma de universalização do ES, no entanto, o mesmo nunca será universal enquanto existam números cláusus, isto é, uma definição do número de vagas para cada curso e ainda limitações socioeconómicas que impeçam a escalada dos jovens através dos precedentes ciclos de ensino.

Por outro lado e além dos elevados custos que cada estudante de ES representa para o Estado, existe a visão partilhada por Vital Moreira, eurodeputado pelo PS, que aponta às propinas um papel de correcção de desigualdade de oportunidades. Isto é, se o ES fosse gratuito, acentuar-se-iam as desigualdades económicas entre os estudantes com mais posses e os mais frágeis economicamente. Esta visão consiste no seguinte: "quanto menos propinas pagarem os que podem, menos dinheiro existe para apoiar os que realmente precisam que ele seja gratuito".

A verdade é de que as desigualdades continuam a acentuar-se devido ao incumprimento do papel que deve ser desempenhado pelo Estado e que está escrito no Artigo 18.º da Lei de Bases do Financiamento  do ES:

Artigo 18.º Compromisso do Estado

1- O Estado, na sua relação com os estudantes, compromete-se a garantir a existência de um sistema de acção social que permita o acesso ao ensino superior e a frequência das suas instituições a todos os estudantes.

 2 - A acção social garante que nenhum estudante será excluído do subsistema do ensino superior por incapacidade financeira.

-Acção social direta:

É facilmente perceptível que a acção social no ES está longe de atingir os padrões razoáveis no sentido de se tornar um mecanismo que garanta o acesso ao ES a todos os estudantes que não disponham de capacidades financeiras para tal. Ao longo dos últimos anos estiveram em vigor vários regulamentos de atribuição de bolsas de estudo de acção social que não conseguiram garantir a igualdade de oportunidades nem os anseios dos estudantes.

O caso do último regulamento de atribuição de bolsas é gritante pois não deu continuidade a um regime transitório que protegia os estudantes que tinham ingressado no ES na vigência de regras anteriores. Isto é, ao longo do percurso académico de milhares de estudantes que respeitaram o regulamento vigente, aquando da primeira vez que obtiveram bolsa, as suas expectativas foram defraudadas pela alteração de regras que definem os valores atríbuidos aos rendimentos que os seus agregados familiares devem possuir para que estes, sejam classificados como carentes economicamente. Tratou-se, nada mais nada menos, do que da violação de um contrato por parte do governo pela alteração das regras “a meio do jogo”.

Mais do que isto, é do conhecimento geral o constante atraso que ocorre na atribuição de bolsas de estudo, que tem vindo a marginalizar milhares de estudantes. Mais ainda,  não devemos esquecer a elevada redução do número de estudantes beneficiários, este ano colocado ao nível do ano 2000 com uma redução na ordem dos 16% em relação ao ano letivo anterior – um enorme retrocesso.


-Acção social indireta:

No presente, a maior preocupação acerca deste tópico prende-se com os passes sociais. Não é para menos. Se as bolsas de estudo por si só não abarcam todos os estudantes carenciados, o preço da totalidade das mensalidades  dos transportes públicos por ano lectivo, com o fim dos descontos nos passes sub-23, está hoje, para os estudantes mais deslocados, ao nível de uma propina com o valor mínimo atribuído por lei. Relembre-se que a meio deste ano lectivo os passes sociais perderam 25% do seu desconto e que a partir do próximo ano lectivo os restantes 25%, dos 50% definidos aquando da criação dos passes sub-23,  deixarão também de existir.

 
Entre todas as outras problemáticas derivadas das políticas, destaca-se o frágil número de estágios profissionais que dificulta não só a aquisição da experiência (por si só representante de uma mais valia para o currículo de qualquer jovem) como também impossibilita o acesso a algumas ordens profissionais. Aliás, cada vez se sente mais uma maior necessidade de  articulação entre as IES e o tecido empresarial, que a meu ver precisa de sofrer uma evolução que adapte as instituições às necessidades da Economia mas sem nunca colocar o ES num papel de submissão. Isto é, o ES não pode favorecer os grandes interesses económicos e tem de conseguir um meio termo que possibilite a inovação e o empreendedorismo e simultaneamente uma adequação ao mercado do trabalho. Daí surge a importância da não descaracterização do Ensino, nomeadamente no que toca à importante diferenciação entre os Institutos Politécnicos e as Universidades, sem se pretender com esta afirmação colocá-los em patamares qualitativos distintos. A rede de ES necessita de uma maior uniformização da excelência, sem esquecer a competitivdade e as vantagens inerentes à mesma através das diferenças entre IES. Uma rede de ES ajustada e cuja excelência seja padronizada, seria sem dúvida uma mais valia, que tenderia a evitar a mobilidade dos estudantes e a promover a manutenção das suas zonas de conforto bem como a promoção de um maior desenvolvimento da envolvente económica.

Os númerus clausus representam ainda aquele que deve ser um balanceamento do número de estudantes que ingressam em cada ano letivo em cada curso e têm de ser avaliados mediante o sucesso académico dos estudantes –  apesar do sucesso académico dever ser maximizado, é necessário que este seja permanentemente avaliado de uma forma realista para que se estime correctamente o número de diplomados a ser colocado no mercado de trabalho em cada ano. No entanto, existirá sempre uma problemática que diz respeito às imprevisibilidades inerentes ao desenvolvimento económico do país que a qualquer momento pode, por motivos conjunturais, requerer mais ou menos profissionais qualificados nas diferentes áreas. É uma tarefa hercúlea que encontra na sustentabilidade da Segurança Social o seu maior problema – o número de profissionais que se reformam é muito inferior ao número de diplomados que ingressam pela primeira vez no mercado de trabalho usufruindo de um curso de ES.

A solução encontra-se num passado muito recente, no legado do último governo do Partido Socialista e é completamente contrária às políticas de cortes cegos do actual governo, designadamente no investimento na inovação e na investigação científica.

Além do prolongamento da presença dos jovens no ES que adia o ingresso no mercado de trabalho, a  promoção do número de doutorandos, pelo menos na área da Ciência e Tecnologia, representa o primeiro passo para o desenvolvimento de novos produtos que possam ser colocados ao serviço da Economia, impulsionando as exportações das nossas empresas e a criação de postos de trabalho. O nosso país necessita de investimento nas áreas supracitadas, colocando a inteligência das novas gerações ao serviço do desenvolvimento nacional (precisamente o contrário do pretendido pelo governo com os incentivos à emigração ) à imagem dos pólos de investigação existentes em Harvard e no MIT, nos Estados Unidos da América que inclusive acolhem cérebros de outros países.

A verdade é que têm sido os mesmos que reduziram o orçamento no ES, (muito além do memorando) como se de um despesismo se tratasse, a pactuar pacificamente com o desprezo de todo o investimento no desenvolvimento intelectual que até aqui foi feito e que efetivamente representa a solução para grande parte dos problemas económicos do nosso país. Mais do que isto, o investimento na Educação é o primeiro passo para o desenvolvimento social e para o combate às desigualdades económicas.

Para que não se releguem às questões economicistas as temáticas que mais preocupam os estudantes, é de realçar aquele que é o tema mais directamente interligado com o rendimento académico dos estudantes de ES – a pedagogia (ou a falta dela). A fraca orientação tutorial é um dos problemas que tem vindo a ser levantado ao longo da implementação do Tratado de Bolonha, tratado este, cujos pressupostos visam uma maior autonomia do estudante tornando o seu acompanhamento diminuto por parte dos docentes.


Esta problemática não se fica por aqui. De facto, a mudança de paradigma não foi acompanhada da dotação de intrumentos e ferramentas de aprendizagem que dotassem os estudantes de competências para um estudo mais independente. Acrescido a este problema, surge ainda a controversa questão da falta de formação pedagógica dos docentes de ES. Em Portugal ao contrário de outros países, não existe qualquer tipo de formação pedagógica obrigatória no ensino pós-secundário, sendo que os docentes são apenas contratados mediante as suas qualidades científicas, que obviamente não são indicadores suficientes das capacidades que detêm para leccionar com o sentido de optimização do rendimento académico dos estudantes. No que toca à pedagogia no ES, existem três elementos chave cuja implementação deve ser tornada realidade tão breve quanto possível e que se baseiam naquilo que é já realidade noutras latitudes:

-Realização de provas de aptidão pedagógica no momento da contratação dos docentes de ES;

-Realização de formações pedagógicas periódicas com presença obrigatória;

-Implementação de um sistema de avaliação anual das capacidades pedagógicas dos docentes.

A avaliação das capacidades pedagógicas dos docentes deve ser uma realidade que tenha repercurssões no futuro dos mesmos enquanto profissionais do ensino. De facto, existem sistemas de avaliação pedagógica vigentes que funcionam à base de inquéritos pedagógicos mas que não servem o seu propósito. Estes inquéritos que até aqui tinham vindo a ser preenchidos manualmente pelos estudantes, serviam apenas para expor a cada docente individualmente, a sua classificação e a média das classificações obtidas pela totalidade dos docentes do seu curso/IES, sem que daí surgisse qualquer consequência. Hoje em dia, estes inquéritos já nem para isso servem, na medida em que tem havido uma transição para o preenchimento dos mesmos via internet, facto que pelo reduzido número da amostra, origina resultados pouco fiáveis estatisticamente.

Desta forma, termino esta pequena reflexão acerca dos Núcleos de Estudantes Socialistas de Ensino Superior e também sobre políticas de Ensino Superior. Agradeço desde já o convite da JS Marco de Canaveses, efetuado na pessoa do seu coordenador, Miguel Carneiro, e desejo a continuação desta óptima iniciativa que mês após mês nos tem apresentado textos de excelente qualidade e que acrescentam contributos importantíssimos para o desenvolvimento do pensamento crítico de todos os jovens socialistas.
André Lopes

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Emprego: as ofertas andam por aí


Emprego... Aquela palavra que parece nascer todos os dias com o sol mas que, tal como o sol, é, todos os dias, inalcançável! Hipérbole mesmo hiperbolizada esta minha frase... Existem diversos métodos de procura (do mais tradicional boca-a-boca às redes sociais profissionais - LinkedIn) e, claro está, não vou investir muito nos mesmos. Quero apenas deixar aqui uma sugestão, um sítio que tenho acompanhado e que apresenta um conjunto de informações relativas a empregos interessantes e já bastante digeridas, "arrumadinhas" e bem apresentadas para que nos possamos orientar: o Dinheiro Vivo.

Este sítio tem um separador dedicado ao EMPREGO onde pontificam conteúdos muito pertinentes, nomeadamente relativos a propostas de emprego de diversos setores de atividade. Quero aqui deixar a sugestão do sítio e aproveito para deixar também algumas ligações ao mesmo onde podem procurar mais informações relativas às propostas sugeridas.




Proponho-te que acompanhes o espaço e invistas um pouco do teu tempo a descobrir os meandros destas propostas de emprego, será, certamente, construtivo. De uma outra perspetiva, é verdade que os empregos podem não ser exatamente aquilo que procuras (não te deixes enganar, em cada setor existem posições para diversas áreas do conhecimento)... Todavia, a meu ver, nunca se sabe quando uma destas hipóteses não pode ser o princípio de uma carreira com potencial de evolução e crescimento.

Dá uma olhada!!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

E tu, és a favor ou contra os exames nacionais?


Porque todos os anos, por esta altura, se questiona a justiça dos exames nacionais, deixo aqui, para lançar o debate, o texto de Daniel Oliveira, publicado no Expresso Online

«O que é que isso interessa? Não sai no exame. 

Num país com baixos índices de escolarização e altos níveis de iliteracia, os pais tendem a confundir a preparação, a cultura e o conhecimento dos seus filhos com as notas que eles têm em exames. Este "conhecidómetro" instantâneo transformou-se no alfa e no ómega do nosso sistema educativo. Pouco interessa o que realmente se aprende na escola e qual a utilidade do que se aprende para o desenvolvimento intelectual, cultural, técnico e emocional (desculpem, "emocional" não, que é "eduquês") da criança (desculpem, "criança" não, que é "piegas") e do adolescente. A escola tem apenas uma função: preparar para os examesA.
Um pai um pouco mais exigente, que tente acompanhar os estudos do seu filho, depara-se sempre com a mesma avassaladora e pragmática resposta: "pai, isso não me interessa, não sai no teste"; "mãe, não é assim que está no livro". A nossa escola promove duas coisas: a completa ausência de sentido crítico e a capacidade de memorização. Não desprezo a segunda, muitíssimo longe disso. Mas, se não me levarem a mal, não chega.
Na escola portuguesa também se despreza cada vez mais a capacidade de desenvolver projetos, em grupo ou individualmente, promove-se pouco o desejo de ir mais longe do que é debitado nas aulas e dá-se muito pouco valor à expressão oral. Depois de centenas de exames, um aluno com excelentes notas pode acabar a escola sem saber desenvolver oralmente uma ideia e sem conseguir argumentar num debate. Porque o essencial da avaliação é feita através de provas escritas, sem consulta, e iguais para todos.
Compreende-se esta opção: é aquela que melhor serve o raciocínio do burocrata. E para o burocrata a exigência não se mede por o gosto por aprender (ui, o que eu fui escrever!) e pelo desenvolvimento de capacidades que são forçosamente diferentes, de pessoa para pessoa. O burocrata abomina, pela sua natureza, as variações que lhe estragam os gráficos.
Os testes e exames não servem para avaliar o que se aprendeu nas aulas e fora delas, as aulas é que servem para os alunos se prepararem para os testes e exames. E avaliados de uma forma que, com raríssimas exceções, nunca mais vão voltar a experimentar na sua vida. Nunca mais, em toda a minha vida, me tive de sentar numa secretária e despejar por escrito o que, como a esmagadora maioria dos alunos, tinha decorado uns dias antes.
O ministro Nuno Crato passa por um reformador. Porque alguém meteu na cabeça das pessoas que há uma qualquer relação entre a "escola moderna" (um movimento pedagógico considerado libertário) e as práticas e teorias em vigor nas escolas públicas e no Ministério da Educação. Na realidade, a escola sonhada por Nuno Crato é muito próxima da escola que realmente temos. Ele apenas decidiu agravar todos os seus vícios: a "examinite" aguda, o domínio absoluto do que a gíria estudantil chama de "encornanço" e o predomínio burocrático da avaliação como princípio e fim das funções do ensino. Lamentavelmente, como poderemos ver comparando o nosso sistema educativo com os melhores da Europa - o finlandês, por exemplo, que tem os melhores resultados no mundo apenas tem, que eu saiba, um exame no fim do ensino secundário -, este sistema não prepara profissionais competentes, pessoas interessadas e cidadãos conscientes. Este sistema burocrático, pensado por burocratas, apenas forma excelentes burocratas.
Nuno Crato já tinha criado os exames no final do 2º ciclo e, absoluta originalidade em toda a Europa, no final do 1º ciclo. Promete agora a introdução de mais exames nacionais, no final de cada ciclo, em mais disciplinas. Não tenho a menor dúvida que a medida é popular. Popular entre muitos pais, que podem ver as capacidades dos seus filhos traduzidas em números, sem terem de acompanhar o que eles realmente sabem. Popular entre muitos professores com menos imaginação que têm assim metas bem definidas, sem a maçada de trabalhar com a singularidade de cada aluno.
A escola, como uma fábrica de salsichas, é o sonho do ministro contabilista, do professor sem vocação e do pai sem paciência. Não vale a pena é enganar as pessoas: não se traduz em qualquer tipo de "exigência" (uma palavra com poderes mágicos, capaz de, só por ser dita, transformar a EB 2 3 de Alguidares de Baixo no Winchester College) nem em mais qualificação profissional e humana dos jovens portugueses. Os países que conseguiram dar à Escola Pública essa capacidade seguiram o caminho oposto. Aquele que Nuno Crato abomina.»

Capital Europeia Juventude: Braga em ebulição constante


Braga é, em 2012, Capital Europeia da Juventude... Já lá foste?! A cidade e toda a região estão num rebuliço constante. A programação é variada, os conteúdos ricos e as opções... Quase infinitas. Todos os dias existem atividades, todos os dias se preparam mais iniciativas e todos os dias os jovens têm a possibilidade de evoluir mais!

Com uma ação desenvolvida sobre 3 eixos principais de ação: Desenvolvimento Integral do Jovem, Reflexão dos Jovens sobre o Futuro das Cidades, sobre a sua Qualidade de Vida e Inclusão Social e a Dimensão Europeia do Evento. Podes encontrar no sítio oficial da Capital Europeia da Juventude (CEJ) muita mais informação. De entre a informação lá contida gostaria de sublinhar:

a) Programação Oficial: Com iniciativas que visam a implementação de novas ideias e projetos no espaço que é a Capital, promovendo a participação ativa dos jovens na definição dos caminhos do futuro da nossa sociedade e funcionando como uma espécie de laboratório de políticas de juventude para as cidades europeias. Neste segmento podes encontrar informação relativa ao Y.World, Art Campus, Urban Art, às iniciativas Create Your Future, Bracara From Augustus, Youth City Makers, Breathe the Future ou o Youth Think Tank. Não hesites em estudar as possibilidades!

b) Programa Educativo/ Youth Empowerment: Nesta secção podes encontrar um conjunto de projetos direcionados para a capacitação da juventude ao nível de políticas de juventude, a disseminação de boas práticas europeias de juventude, formação não formal de quadros associativos... Podes ainda aceder à bolsa de voluntariado da Capital e ficar a conhecer os projetos que estão a ser desenvolvidos com outras cidades europeias. Ivestiga!

c) [Em Caixote]: Este conceito visa a dinamização e valorização artística, cultural e turística do centro histórico de Braga, através da ação conjunto dos atores locais, promovendo jovens criadores da região e todo o país. O espaço [Em Caixote] tem uma programação eclética, inovadora e dinâmica... Certamente irás encontrar algum evento mesmo à tua medida. Dá uma espreitadela!

d) Programa Alternativo: Este programa fo criado com o intuito de conferir espaço de manobra ao tecido associativo e empresarial local no sentido de se estabelecerem parcerias com os mesmos, fazendo de Braga CEJ 2012 um evento agregador e mobilizador. Aqui poderás encontrar atividades desenvolvidas pelas diversas associações, fundações, empresas entre outros, com associação à Braga CEJ 2012.

Procura na página das notícias e eventos as atividades que irão acontecer, onde irão decorrer! Existem inúmeros workshops, colóquios, formações, palestras, talks... Em que podes participar e onde podes aprender muito.
Vai ficando atento à página do facebook da Capital Europeia da Juventude e descobre tudo o que por ali se passa!



Vem fazer parte deste acontecimento único: Braga Capital Europeia da Juventude!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Política e os Portugueses 9

Episódios do dia-a-dia em que sinto no meu bolso (e no de todos) as políticas concretizadas no Hemiciclo (esse lugar que não raras vezes me parece distante):

I. Discute-se incessantemente a questão da privatização da RTP. Assumo, desde já que sou a favor de uma privatização parcial, isto é, deixar para o Estado o papel de difusor de conhecimento, cultura e desporto/lazer através da RTP 2, fazendo deste o seu canal de comunicação por excelência. Mas isto são outros quinhentos... Para uma outra altura! Esta discussão em torno da privatização faz-se muitas vezes através de argumentos no mínimo dúbios. Todavia, assomou-me recentemente o seguinte pensamento: como é possível assumir encargos mensais na ordem de milhões de euros com a RTP e, simultaneamente, exigir aos portugueses 20€ para aceder ao serviço de urgência de um hospital do SNS? Algo está incrivelmente desequilibrado na conceção estratégica da política governativa.

II. O reembolso do IRS é um momento em que se obtém (para quem a ele tem direito) um encaixe financeiro suplementar, resultante do processo de poupança (retenção em fonte) concretizado ao longo do ano em prol do estado. Este ano será ainda mais bem-vindo este suplemento financeiro, por motivos que não vale a pena enumerar mas que todos conhecem. Cómico e até patético é assistir a um governo que promete reembolsos do IRS em 20 dias após verificação da declaração de IRS (via online) e depois andar por aí a mentir, a garantir que estão todos a ser pagos no prazo assumido. Não, não estão. Mas mal não vem ao mundo, a meu ver, que haja um atraso de 10 dias que sejam. Penso apenas ser desnecessário esconder a verdade e contribuir com mais uma facada na seriedade e transparência do poder político: assim os portugueses continuarão a não acreditar! Bastaria, creio eu, dizer que o atraso é reduzido e que será regularizado o reeembolso do IRS assim que possível. Simples!


Vamos mudar isto ou quê?? Não é mais tempo de ficar no café a opinar ou no sofá a barafustar! Ação, intervenção e envolvimento é o que se exige!! Junta-te a nós... O Marco precisa, Portugal precisa de ti!
Porque, frequentemente, a política que ambiciono e projecto é muito distante da política praticada. Mas também porque a política é essencial para o quotidiano equilibrado de uma sociedade sustentável!!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Um Sistema em Auto-implosão por Pedro Bragança



O Sistema de Ensino Superior Português (divido em quatro subsistemas) enfrenta hoje uma confusão sistémica e ilegibilidade formal a vários níveis que está na origem da torrencial e inaceitável fuga de jovens graduados para o estrangeiro.
Comecemos pelo início. A liberalização do Ensino ocorre nos últimos vinte anos anunciando uma abertura das instituições à sociedade e, sobretudo, ao direito privado. A suposta democratização do acesso à graduação resultou, no entanto numa absoluta anarquia por nunca ter sido acompanhada por uma fiscalização competente do Estado, à medida que este se ia, paulatinamente, demitindo de ter o comando da oferta formativa superior, em Portugal.
Com o passar dos anos e, sobretudo, com o chegar dos 90, o Ensino Superior Particular e Cooperativo obtém a maioria da oferta formativa (em número de vagas) num conjunto significativo de áreas do saber e o Estado perde o controlo que nunca esteve interessado em ter. Com a chegada do novo milénio alguns cursos de ensino superior tinham já o dobro das vagas no subsistema particular e cooperativo em relação ao universitário público e isso levanta o véu sobre o que se vem a passar mais tarde.
Era previsível. O tecido empresarial português e a comunidade científica (de investigação) jamais conseguiriam absorver tal revolução no número de jovens ‘’à saída’’ das instituições que, em alguns casos, em 20 anos aumentou mais de 800%. O colapso do sistema – que já começa a ser hoje vislumbrado – vai intensificar-se enquanto não houver uma Politica de Ensino Superior que inverta todos os erros cometidos nos últimos anos que resultam e resultarão na já referida fuga sistemática e torrencial de graduados que, em muitos casos, obtiveram um investimento médio de dezenas de milhares de euros do Estado Português durante a sua formação. Trata-se, por isso, de financiar a qualificação do mercado de trabalho suíço, alemão, ou chinês.
O Ensino Superior público português tem qualidade e é caro. A imediata solução para o problema anunciado consta no encerramento de Instituições que não servem o país. A formação superior, científica ou técnica, é de interesse nacional e, por isso, uma missão do Estado Português; todas as áreas do saber leccionadas nas Universidade e Politécnicos públicos não devem ser replicadas como são, com qualidade muitas vezes discutível, em instituições de direito privado desreguladas sobre vários pontos de vista (como nos números clausus).
Há que fechar as portas das empresas do subsistema de ensino particular e cooperativo cuja missão se extingue na obtenção de lucros, com a irresponsabilidade e implosão do país.
Ao mesmo tempo que o sistema de Ensino Superior Português ia crescendo e se ia densificando (disseminando pelo território) ia-se perdendo uma leitura de Rede. Hoje, todos os distritos em Portugal desfrutam de, pelo menos, uma instituição de Ensino Superior; há eixos de 50 km em 50 km com quatro cursos de doutoramentos na mesma área do saber (de instituições parceiras); há três instituições do mesmo subsistema a leccionarem o mesmo curso na mesma cidade (o caso do curso de Arquitectura, em Lisboa, leccionado no Instituto Superior Técnico (UTL), na Universidade Técnica de Lisboa e no ISCTE)... Para além de não ter havido qualquer regulação sobre a abertura de instituições privadas, nem tão pouco sobre a sua actividade, deixou de haver uma ideia estratégica para a rede de ensino superior que nunca deveria ter deixado de ser centralizadora e pluriregional.
Hoje, as instituições e a respectiva oferta formativa, já não podiam ser entendidas como forma de valorização dos terrenos que estão à volta das suas sedes, nem como respostas a exigências de presidentes de Câmaras Municipais. O Ensino Superior tem de ser um desígnio nacional e deve constituir uma obsessão (sob todos os pontos de vista, inclusive o do investimento público) porque é, mais do que nada, a aparente única forma de salvação da hecatombe social e civilizacional que vivemos. Convém-nos, por isso, ter menos Instituições e melhores; centralizar o investimento naquilo que realmente nos interessa porque Portugal é um país pequeno e com uma rede de mobilidade e acessibilidade viária invejável.
Torna-se, agora, insustentável, manter muitas das Universidade e Politécnicos que temos. Devemos condensar o investimento nas melhores instituições às quais, por outro lado, se deve exigir que assumam uma centralidade pluriregional e uma superação do ponto de vista da qualidade de ensino e investigação.
O falhanço do sistema binário – a divisão de um sistema de ensino superior na sua vertente universitária (da ciência, investigação e projecto) e politécnica (da profissão, técnica e execução) – em Portugal é uma evidência dos dias de hoje.
É fundamental clarificar as competências, do ponto de vista curricular e nas suas missões, das Universidades e dos Politécnicos para que não continuemos a ter Universidades em buscar da profissionalização da sua formação e Politécnicos a exercerem uma extraordinárias pressão para serem incluídos no panorama científico nacional. Essa clarificação tanto pode resultar na fusão dos subsistemas, como num afastamento claro entre os dois. Nem um, nem outro, são caso raro na Europa.
De resto, a defesa do terceiros ciclos no Ensino Superior Politécnico constitui-se como uma aberração e o caminho no sentido da implosão do sistema de ensino superior português.
Podemos especular muitos culpados sobre o actual momento de desorientação evidente. Em primeiro lugar os sucessivos Governos, os Partidos Políticos e as Juventudes Partidárias que raras vezes obtiveram uma posição crítica bastante para conjecturarem a situação actual. Frequentemente, respondendo a anseios de pequenos interesses, hipotecou-se o futuro do país a longo prazo – como se o futuro do pais fosse hipotecável... Em segundo lugar um Movimento Associativo expectante, quieto e sempre disposto a negociar. Negociou-se frequentemente uma calamidade ente dirigentes nas Associações e Federações e ex-dirigentes das mesmas Associações e Federações, agora membros do Governos.
Há, pelo que me parece, um corpo autónomo e repugnante que viveu durante muitos anos num micro clima próprio e que se construiu sobre auto-defesas ilegítimas. Esse corpo de pessoas é responsável por este sistema desorganizado mas é o mesmo sistema que os jovens, descomprometidos de interesses e favores, independentemente do lugar mais apropriado que encontrem para isso, terão de se empenhar em combater se quiserem aspirar a um futuro mais respirável.
Pedro Bragança
(Independente)

Sessão Esclarecimento: Penha Longa 15 Junho


É já hoje, a partir das 21:30h na Junta Freguesia de Penha Longa que irá decorrer a segunda sessão de esclarecimento acerca da reforma da adminsitração local. Depois de uma primeira sessão muito concorrida (maioritariamente intervenientes políticos, é verdade) Penha Longa recebe a segunda sessão de esclarecimento.

Admitindo que melhor poderia ter sido feito na primeira sessão, nomeadamente quanto ao rumo e âmbito da sessão - dedicou-se boa parte do tempo a discutir se a reforma é desejada ou não - e quanto à divulgação - maior divulgação boca-a-boca e freguesia a freguesia - não queremos nesta segunda sessão repetir os erros. Assim sendo, podem hoje contar com um debate de cariz mais construtivo e futurista, objetivando a real discussão das implicações da reforma, dos critérios a esta inerentes e ainda as interpretações possíveis da portaria publicada em Diário da República (que pode ver aqui). O trabalho de casa foi, a meu ver, feito da melhor forma possível e esta será uma sessão onde a população fará, sem dúvida, a sua voz ouvir-se, colocando as suas questões e explanando as suas opiniões.

Junta Freguesia Penha Longa

A Junta de Freguesia (foto acima) acolhe então a segunda sessão de esclarecimento que contará, na mesa de debate com Agostinho Sousa Pinto (PS), Rui Cunha Monteiro (PSD) e Avelino Ferreira Torres (CDS-PP). Além destes convidados estarão ainda representadas as juntas de freguesia de Penha Longa, Paços Gaiolo, Paredes de Viadores, Sande e São Lourenço. Num claro esforço de incluir toda a população e escutar também o tecido associativo marcoense foram também convidadas a estar presente diversas associações locais (desportivas, culturais e sociais), tal como grupos de jovens das freguesias abrangidas. Penso que temos, por tudo isto, todos os ingredientes para que esta seja uma sessão profícua e positiva, onde os marcoenses vejam esclarecidas muitas das questões que vão surgindo relativamente a esta temática.

A toda a população, a todos os marcoenses, reitero novamente o convite: apreçam e deixem o vosso contributo em prol do melhor futuro possível do nosso concelho.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Sessões de esclarecimento estão a decorrer

A Juventude Socialista iniciou, no passado dia 1 de Junho, a primeira de cinco sessões de esclarecimento acerca da reforma da administração local.

Realizada na Casa do Povo da Livração, em Toutosa, a sessão superou as expetativas, tanto em termos de adesão, como em relação ao interesse e desenvolvimento do tema a que nos propusemos.

Foi a primeira de cinco sessões pelo concelho que se pretende que sejam elucidativas acerca de uma alteração que a todos interessa.

Em Toutosa, a população, os dirigentes associativos e os presidentes das Juntas de Freguesias da margem direita do Tâmega juntaram-se aos representantes partidários para um discussão construtiva que a JS Marco quis desenvolver.

Esta sexta-feira, dia 15, a JS vai voltar ao assunto, desta vez na Junta de Freguesia de Penha Longa.

Eterno Pessoa


Fernando António Nogueira Pessoa é um dos nomes mais sonantes da literatura portuguesa à escala mundial. 

Com Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro e Bernardo Soares, Fernando Pessoa consegue fazer chegar a sua genialidade, através das palavras, a todos os que o lêem.

Nascido a 13 de Junho de 1888, fez ontem 124 anos que Pessoa nasceu.

Se vivesse na nossa época, certamente se imporia por um país diferente. 

Poderíamos até arriscar que, se vivesse no nosso tempo, Fernando Pessoa partilharia da nossa ideologia... :)

Fica a mensagem e recordação deste grande escritor e poeta que muito nos deu e tanto nos trouxe. 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Parabéns Agostinho Sousa Pinto


No passado dia 2 de Junho decorreram as eleições para a Comissão Política Concelhia (CPC) do Partido Socialista (PS) do Marco de Canaveses tendo havido duas listas a votos, lista A - liderada por Rolando Pimenta e lista B - liderada por Agostinho Sousa Pinto. Os militantes premiaram e reconheceram, de forma inequívoca, Agostinho Sousa Pinto, depositando nele 203 votos (e 120 na lista de Rolando Pimenta). Estas foram as eleições mais concorridasda concelhia marcoense do PS, num claro sinal de mobilização e dinâmica desta estrutura socialista.

Quero aproveitar o espaço online da JS Marco Canaveses para, a dois títulos, congratular Agostinho Sousa Pinto pela sua vitória:

a) Enquanto Coordenador Concelhio da JS Marco Canaveses quero deixar as mais sinceras felicitações à lista vencedora e comunicar a certeza de que a JS Marco será sempre um parceiro do PS Marco, sublinhando a nossa disponibilidade e vontade de colaborar na construção de uma estrutura socialista marcoense de envergadura, trabalho e dinâmica pujantes. Pretendo ainda deixar o reconhecimento público pela inclusão de um número alargado de jovens nas suas listas, fazendo questão de os incorporar em posições de relevo, num claro sinal de que, para a sua candidatura, os jovens são mesmo um capital próprio do PS a considerar. Deixo aqui as palavras de Agostinho Sousa Pinto (no seu programa de candidatura) relativamente à juventude:

"A natureza irreverente, criativa, moderna e talentosa dos mais jovens, a sua capacidade crítica e de mobilização, faz destes um dos pilar fundamental para o enriquecimento e actualização das nossas propostas políticas. Consideramos ser de extraordinária importância incluir este capital cívico e humano num projeto comum, funcionando como mobilizadores e exemplo de como se pode exercer a cidadania no Marco de Canaveses. Para tal, é fundamental atribuir-lhes mais responsabilidades internas para que se sintam Socialistas de pleno direito e parceiros ativos e intervenientes na definição do nosso futuro colectivo. E porque os factos devem confirmar o discurso, a lista de candidatos a membros desta CPC inclui um grande número de Jovens, militantes ou não da JS."

b) Enquanto amigo e camarada, os votos não diferem sobremaneira dos acima expressos, porém quero aproveitar este espaço para, já o tendo feito pessoalmente, dar os parabéns a um amigo cujo trabalho e dedicação merecem inteiramente esta vitória. Acompanhei, de perto, o desenrolar do processo de candidatura e devo relevar o caráter idóneo, humilde e agregador que Agostinho Sousa Pinto revelou ao longo do mesmo, nunca fechando a porta à completa união do partido e, mais que isso, trabalhando afincadamente no sentido de aglomerar em torno de si todas as forças vivas que compõem o PS Marco. Com Agostinho Sousa Pinto estou certo de que o principal vencedor foi mesmo o PS Marco e TODOS os seus militantes.

Agostinho, caro amigo e camarada, trabalho árduo avizinha-se, contudo, não será nunca cumprido de forma solitária, isto posso assegurar-lhe.

Votos sinceros de um excelente mandato e dos maiores sucessos políticos, profissionais e pessoais.