sexta-feira, 9 de setembro de 2011

MARCO REAL: o bom e o menos bom

É bom sonhar. É bom acreditar em utopias. Às vezes, é bom não viver com os pés assentes na terra. Às vezes, é bom fazer de conta que não vemos o que está à nossa volta, alheando-nos daquilo que nos rodeia...Enfim, todas estas atitudes são muito típicas dos jovens. Mas, às vezes, é bom sermos realistas. É bom não acalentar esperanças vazias. É bom estarmos atentos àquilo que nos rodeia! Só essa atenção nos trará a verdadeira consciência daquilo que está bem, do que não está muito bem e necessita ser melhorado. Só assim estaremos em condições de apresentar soluções. Paradoxalmente e felizmente, esta atitude activa também caracteriza a juventude! (embora nem sempre da forma que se justificaria!)

Se puser de parte o meu lado idealista, alheado e utópico (e o quanto é difícil, por vezes!), a minha postura atenta permite-me apontar alguns aspectos (bons e menos bons) do Marco real, o município que de facto existe, aquele com que podemos contar, aquele com que me deparo todos os dias.

Começando pelo lado BOM, devo referir o Parque Fluvial do Tâmega e a sua contribuição para o incremento da prática desportiva livre, o que se constata diariamente através do número de pessoas que frequentam aquele espaço para praticarem exercício físico (eu própria o frequento habitualmente!). Efectivamente, deve dar-se continuidade à política de criação destas áreas, que permitem simultaneamente potencializar certas zonas do concelho, nomeadamente as zonas sobranceiras aos rios. De facto, o desporto e o lazer são temas indissociavelmente relacionados com os jovens, na medida em que os motivam facilmente. Assim sendo, a juventude marcoense deve congratular-se com a existência deste espaço e deve esperar que os responsáveis pelas políticas de juventude e desporto prossigam neste caminho.

Como retrato do que há de MENOS BOM, mencione-se a Biblioteca Municipal, enquanto local pouco atractivo, pouco organizado e nada modernizado. É ainda inegável que a nossa biblioteca está dotada de um fraco e reduzido espólio. No que a esta questão diz respeito, não posso deixar de salientar os inconvenientes com que já me deparei, na qualidade de estudante de Direito, aquando da utilização daquele espaço. Realmente, a Biblioteca Municipal não dispõe de um Código Civil actualizado, de uma Constituição da República Portuguesa, de um Código Penal ou de um Código de Processo Civil. Atente-se que são instrumentos de trabalho/consulta básicos para qualquer pessoa da área e que não exigem muito dinheiro para a sua aquisição. Parece-me que seria o mínimo que uma estante de livros de Direito deveria possuir numa Biblioteca Municipal. Não se pede que urgentemente se concretize o projecto que já existe para a futura biblioteca. Pede-se aos responsáveis que estejam mais atentos e mais cientes das verdadeiras necessidades. Pede-se que haja uma actualização e um ligeiro alargamento do espólio existente, o que pode acontecer com relativamente pouco esforço. Porque não envolver neste âmbito as várias empresas e instituições marcoenses?

Em suma, não pode ignorar-se o papel relevante das bibliotecas públicas no desenvolvimento dos indivíduos (dos jovens em particular), na medida em que constituem uma porta de acesso ao conhecimento.




Sem comentários :

Enviar um comentário

Obrigada por partilhares a tua opinião connosco!