quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A utopia de um inconformismo realista


               O ser humano é caracterizado por muita coisa! E uma característica muito comum é o comodismo/conformismo. Então nós, portugueses (a começar por mim), estamos na linha da frente. Muitos de nós, para mexerem uma palha que seja, necessitam de um agente activo que provoque um estímulo, não fazem nada sem uma boa motivação ou  sem que alguém dê o primeiro passo. Por isso, só quando estamos perante situações extremas, quando estamos no limite, é que evoluímos, pois só pensamos nas questões quando nos deparamos com uma crise radical, quando verificamos uma alteração do modo de funcionamento e interacção com os outros e o meio! Quando a sobrevivência é ameaçada e os problemas são insuperáveis é que acordamos e tentamos modificar o estado de coisas: na teoria de Darwin ”a necessidade faz a adaptação”.
                Razão pela qual devemos encarar esta época difícil de crise económica e as suas consequências não como o fim da linha, mas sim como sendo uma altura de oportunidades: a altura de todas as mudanças. Estamos confrontados com a decisão de olhar para o passado, corrigir os erros e evoluir, ou então fechar os olhos e laissez-faire, e ver o futuro ofuscado por um monstro que ajudamos todo este tempo a alimentar.
       Esta é a altura de todos participarmos activamente na sociedade, fazendo ouvir a nossa voz para que, juntos, possamos construir um futuro mais risonho. Chegou a hora de romper com antigos padrões mentais, a hora acabar com a falsidade, de implorar para que todos, independentemente das ideologias e convicções, sejam sérios e honestos e não se deixem corromper pelo poder... HAJA TRANSPARÊNCIA. A integridade nunca matou ninguém e só quando algo for feito nesta área poderemos sonhar com uma sociedade mais justa e melhor. Enquanto tudo permanecer igual, continuaremos a ser uns bons robôs.
                 Causa utópica dirão muitos, mas se também muitos formos a travar esta luta, tudo pode ser possível! Quem sabe se, talvez um dia, muitas das promessas eleitorais sejam cumpridas: sejam realidade (isto sim uma verdadeira utopia).

Sérgio Carneiro

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