domingo, 11 de setembro de 2011

Marco de Canaveses não tem PDM actualizado

Realidade do concelho:
   O concelho de Marco de Canaveses de acordo com os Census 2011 verificou um aumento substancial no número de alojamentos aumentando de 20.346 (Census 2001) para 24.092 (Census 2011), no que se refere aos edifícios aumentou de 15.763 (Census 2001) para 18.919 (Census 2011). Com uma população residente de 53.569 (Census 2011).
   O Marco é regido por um PDM (Plano Director Municipal) do ano de 1993, aprovado em Assembleia de Câmara no mês de Dezembro de 1993 e publicado em Diário da República em Maio de 1994, com uma validade de 10 anos neste momento largamente ultrapassada, conduzindo a um desgaste territorial, sem a existência de um plano adequado às novas realidades do concelho:

1ª Consequência
  A identidade urbana do Marco de Canaveses é posta em causa, sem um PDM consistente que controle a densidade e volumetria de focos urbanos, não salvaguardando o património edificado e a imagem da cidade, sem a imposição de uma lógica de traçados no tecido existente.
2ª Consequência
  Os impactos ambientais são notórios neste momento, com construções que dizimam áreas ecologicamente rentáveis para zonas de lazer, parques desportivos e náuticos e outro tipo de infra-estruturas. Não respeitando a componente ecológica porque não existe um real conhecimento das realidades do município. Levando ao descontrolo de infra-estruturas que se organizam sem uma lógica de real benefício.
3ª Consequência
  A rede de transportes é largamente deficitária e o PDM actual não prevê a racionalização do sistema de transportes, para uma melhor mobilidade intra- urbana. A prioridade dos transportes colectivos, como meios eficientes, ecológicos e socialmente acessíveis não faz parte da realidade marcoense. O reforço da circulação pedonal e ciclável não existe, sem funções de “interface”. Não existindo uma coesão territorial e social.

   Um PDM é formulado com o objectivo de reduzir eventuais “decalages” urbanas, preservar o meio ambiente, tornar mais eficiente o território de modo a rentabilizar as infra-estruturas presentes. Aumentando o nível de performance do território, assegurando a sua sustentabilidade e rentabilidade. Imperando sobre a política de construção arquitectónica, com impacto directo nas restantes políticas sociais.
   O PDM que vigora no concelho poderá levar a uma gestão fraudulenta do território, tais como especulações imobiliárias; desgaste das redes de saneamento, escolas, pontes, estradas, “reservas verdes”, entre outros. A deficitária articulação entre localidades conduz a tipologias de freguesias desertificadas, urbanisticamente deformadas, com eixos de comunicação desregulados.
  Apraz-nos a nós jovens reivindicar um PDM eficiente, adequando à realidade do concelho que substitua o anterior que já está obsoleto.

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