sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Política e os Portugueses 8

Episódios do dia-a-dia em que sinto no meu bolso (e no de todos)  as políticas concretizadas no Hemiciclo (esse lugar que não raras vezes me parece distante):
I. O Primeiro Ministro fala e o povo obedece... Ou não! Este Carnaval não há feriado... Aliás, nunca houve. Mas o PM fala na impossibilidade de haver celebrações carnavalescas num momento em que: a) calendários escolares estavam definidos; b) sector privado tinha já definido a pausa no seu calendário; c) coletividades estavam já com preparativos adiantados. É óbvio que tudo isto são ninharias ao lado de uma afirmação do PM, tudo seria posto em 2º plano. Não, neste caso, verifica-se que o PM fala e o povo obedece... À exceção da função pública que lá foi para os postos de trabalho prestar serviços a... Ninguém (está tudo a ver o Carnaval).
II. As férias foram assunto central no acordo de concertação social: a sua redução é essencial. Aparentemente trabalhamos muito pouco... Ou produzimos muito pouco. Qual será? De qualquer forma interessa-me apenas lembrar o caso da Autoeuropa, que vai manter os 25 dias de férias para os trabalhadores! Mais ainda, esta fábrica tem o 1º lugar no ranking de assiduidade de fábricas de todo o grupo Volkswagen (sim, aqui entram fábricas alemãs) e ainda aumentou a sua força de trabalho em 12%. Isto leva-me a pensar que o fardo da culpa da falta de produtividade ou incapacidade competitiva pode não estar apenas nos trabalhadores portugueses... O que incomoda um pouco é o facto de a classe gestora do nosso país ser ainda pouco responsabilizada socialmente e ser ainda um feudo de anonimato e incolumidade (exemplo: a culpa das greves e da má situação financeira das empresas públicas é apenas dos funcionários "comunas" e não dos gestores).
Vamos mudar isto ou quê?? Não é mais tempo de ficar no café a opinar ou no sofá a barafustar! Ação, intervenção e envolvimento é o que se exige!! Junta-te a nós... O Marco precisa, Portugal precisa de ti!
Porque, frequentemente, a política que ambiciono e projecto é muito distante da política praticada. Mas também porque a política é essencial para o quotidiano equilibrado de uma sociedade sustentável!!

2 comentários :

  1. Enquanto não compreenderem que horas de trabalho significa qualidade, Portugal torna-se um país insustentável de viver. ;@

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  2. Muitos outros casos existem Sara... Por vezes questiono-me: já consideraram que a gestão empresarial pode ser um dos principais responsáveis pela insustentabilidade do nosso tecido empresarial... É que, nestes momentos, quem leva no corpo, por defeito, são os funcionários!!

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