segunda-feira, 19 de março de 2012

NEGÓCIOS IMPOSSÍVEIS no Marco por Vicente Moreira


Instalou-se”.
Numa altura que muito se fala em crise parece que ela veio para ficar. Já todos sentem na “pele” o que são, para além de números e powerpoint’s bonitos, as medidas de austeridade da team Troika-Governo.
Falo pois de acontecimentos como o fecho de empresas, do acabar de fábricas com décadas de existência, dos despedimentos colectivos, os, muito na moda, processos de layoff, os cortes de salários generalizados, da perda de poder de compra e das muitas famílias em situações dramáticas.
mas depois da tempestade…
Como em qualquer tempestade ou tormenta há sempre o período pós stress, de bonança e de recuperação, é aqui que está o pensamento dos que por esta fase passam. Pelo menos deveria ser o objectivo de todos os portugueses, ou seja, ultrapassar esta fase menos boa o quanto antes. Até porque as oportunidades estão aí.
Será um erro dizer que vivemos numa fase de imensas oportunidades?
Penso que não. As oportunidades sempre existiram e sempre vão existir, assim surjam ideias idiotas e geniais para materializar uma oportunidade. São em tempos de crise e de maior aperto onde o Homem mais se ultrapassa e sobressai, sendo pois espectável que mais oportunidades possam ser aproveitadas e/ou engendradas nestes períodos.
E como (quase sempre) um bom negócio está associado ao aproveitamento de oportunidade da melhor forma, resta pois saber quais serão elas no futuro.
À falta do conhecimento sobre as novas oportunidades, ainda menos quando se fala de oportunidades no Marco (de Canaveses), porque não falar daquelas que serão porventura oportunidades/negócios impossíveis de se realizar?
Impossível é uma palavra forte, fechada, mas se alguém falar em Universidades, em Centros de Investigação, em Incubadora de Empresas ou em negócios de áreas tecnológicas no Marco, alguém tem dúvidas sobre se é uma piada?
Eventualmente, estas áreas em nada terão a ver com o contexto da região, não sendo de todo uma oportunidade futura. Mas é esse o objectivo: Negócios que cá não o são.
Fonte: IAPMEI

Afinal somos a, fantástica, 14ª potência do distrito em termos de “PME Líder 2011” de um universo de 18 (DEZOITO!) cidades. Margem de melhoria não nos falta.


Quem não gostaria de ver cá:


·         um polo universitário?               


·         uma software-house?                                


·         um Centro Fraunhofer?


·         start-ups tecnológicas?             


·         uma mini PT-Inovação?                                            


·         a indústria autmóvel?


·         um atelier de renome?


·         a industria farmacêutica?


·         um chef ou restaurante de nível nacional?


·        


O impossível apenas poderá querer dizer que não existe a oportunidade, que não existe a oportunidade no Marco, ou que não são minimamente fomentadas por estes lados.
Impossible is Nothing
Já como a patrocinadora do Benfica diz, “nada é impossível”, e que óptimo que seria tornar o impossível em possível.
Seria o primeiro a (1) ficar feliz pela criação no Marco de empresas/negócios como as que citei em cima, (2) ficar surpreso pelo muito que se deve ter mudado pelos lados da minha terra natal e (3) querer conhecer o, eventual, conterrâneo capaz de tal proeza!
O pseudo-interior?
Será este meramente um problema geográfico? Com a Covilhã a receber o investimento de 30-50 milhões para o centro de dados da PT em pleno interior de Portugal, julgo que não.
Será um problema cultural? Novos negócios que nada dizem ao concelho = maus negócios?
Falta de competitividade? Para quem pensa em investir, será o Marco mais aliciante que outros concelhos, ou estará apenas na 14ª posição de escolha?
Falta de estratégia? Haverá incentivo à aposta no Marco?
Algo considera-se impossível até alguém conseguir o “click” do concretizar. Portanto, o futuro que traga muitos e bons ”clicks”, até porque como se diz onde trabalho sem desafio não há motivação e “se fosse fácil estavam cá outros”!

Para a semana:


1 comentário :

  1. Completamente. Vivemos sempre na ideia que cá não se faz nada, mas se tal é real, é porque nunca se investiu cá. =|

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