sábado, 7 de julho de 2012

O Turismo de Baião por Daniela Carvalho


Para os que conhecem menos bem, Baião localiza-se no limite interior do Distrito do Porto, entre os concelhos de Marco de Canaveses, Amarante e Mesão Frio. O Rio Douro circunscreve as freguesias ribeirinhas do município, separando Baião dos concelhos de Cinfães e Resende. A par do rio Douro, a Serra do Marão, a Serra da Aboboreira e o rio Ovil são exemplos de fortes marcas naturais presentes no concelho. Acresce-se a estas caraterísticas distintivas, o forte potencial cultural que muito enriquece Baião.

Não obstante este conjunto de caraterísticas atrativas, não é preciso recuar muito no tempo… e até há bem poucos anos atrás, mencionava-se e falava-se de Baião como uma terra longínqua, que ficava bem lá no interior. O concelho era alvo de notícias sobretudo pejorativas. Hoje, a realidade é bem diferente e é cada vez mais evidente o orgulho de cada baionense ao falar ou referir as suas origens.

Esta transformação deve-se, com certeza, a um importante esforço de promoção e divulgação de Baião pela positiva e, como consequência, é evidente o aumento do número de investidores e turistas interessados em descobrir o potencial deste concelho.

Os últimos anos têm sido alvo de uma importante evolução turística para Baião e o esforço conjunto das entidades públicas e privadas que de algum modo estão ligadas ao concelho tem contribuído para esse desenvolvimento. As parcerias que se têm vindo a estabelecer e a consolidar entre os agentes turísticos do território têm possibilitado um trabalho articulado entre as várias partes, o que muito contribui para a satisfação daqueles que nos visitam.

Da minha simples experiência e análise muito pessoais, o verdadeiro “salto” que representaram estes últimos anos na imagem exterior do concelho e na consequente atratividade do mesmo, ficou a dever-se à conjugação de dois fatores distintos, mas complementares:

- o esforço significativo, tanto em eventos bem selecionados, organizados e divulgados (festivais gastronómicos, colóquios nacionais e internacionais, atividades culturais e desportivas), como em equipamentos de alojamento e receção de visitantes (casas de turismo rural, hotel, restauração  de qualidade, não descurando os produtos tradicionais, como, por exemplo, a promoção dos vinhos da casta “Avesso”);

- uma estratégia bem definida, firme e determinada, em estabelecer um fio condutor a todos estes eventos, não só no encetar de um trabalho cada vez mais em parceria, como já foi referido, mas, sobretudo na interligação entre todos os fatores que, juntos, potenciam uma atração por este território.

Um território que, afinal, tem muitos pontos comuns com toda a envolvente do “Douro Verde”: as “Paisagens Milenares” – conceito que alia a natureza, a geografia, a história e o património. O mesmo se diga da preocupação em valorizar a grande riqueza “imaterial”, escondido, “a descobrir”, partindo do que é “visível” à primeira vista (paisagens, monumentos, entre outros) até à história, à literatura, à música, entre outras artes, que nos trazem a memória e o encanto.

É evidente que, uma forte aposta nos diversos canais da Comunicação Social contribui com uma grande quota de responsabilidade nos sucessos obtidos; mas tal esforço, de pouco valeria, sem o enquadramento na estratégia referida.

3 comentários :

  1. Muito boa apresentação. Viva Baião

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  2. É sim senhor... As prestações de Baião em feiras de turismo e a divulgação dos produtos de terras Baionenses tem sido profusa... Nesse contexto a loja dos produtos de Baião no Porto é mais uma face visível da estratégia que o executivo de Baião está a concretizar

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    Respostas
    1. Não se atreva o meu amigo a sugerir sequer a Manuel Moreira,que no mínimo imite o município vizinho na promulgação dos produtos da terra marcoense.
      Vai contribuir logo para a causa da Confraria do Anho assado com Arroz de forno e da Rota dos Verdes.
      Se ao menos nos falasse da Gastronomia da Lampreia da zona de Alpendurada/Várzea do Douro/Torrão ou do Sável,para variar,vá que não vá.
      Ou porqe não,dos queijinhos da Aboboreira.
      Olhe amigo Miguel,desejo-lhe bom apetite.

      João Valdoleiros

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