Este é o exemplo que o Estado oferece a todos os portugueses. Esta questão não merece sequer palavras, apenas um espaço no blogue para sublinhar a inexistência de qualquer moralidade neste episódio. Técnicos especializados em cuidados de saúde (não vão distribuir panfletos!), em questões que envolvem o bem-estar e, mais que isso, a saúde e a vida dos portugueses são recrutados com base num só critério: preço. O capital impera sobre qualquer lógica.
Temos sido regularmente convidados a emigrar por parte de Pedro Passos Coelho, somos apelidados de piegas e agora somos (e falo na 1ª pessoa do plural pois entendo que esta situação pode acontecer com qualquer um de nós) recursos humanos altamente qualificados contratados a 3,96€/ hora. Ou seja, isto representa - só o consigo ver desta forma, vindo do estado - um convite à não frequência do ensino superior. Hipérbole da minha parte, obviamente... Mas não se esqueçam que uma empregada doméstica cobra cerca 5€/ hora sem qualquer encargo em impostos. Eu próprio, por serviços indiferenciados, auferi 5€/ hora! Afinal estava a ser muito bem remunerado!!
Enfim... Isto não merece sequer discussão... Apenas repúdio da minha parte!
A verdadeira democracia do CAPITAL.
Caro Miguel
ResponderEliminarCompreendo a sua reação de repúdio e enorme desagrado por estas situações,que se vêm a repetir com frequência,denotando a maior desfaçatez por parte dum governo a quem os "ingénuos eleitores" portugueses (e fico-me pelo termo "ingénuos")confiaram os destinos da sua pátria,ameaçada pelo "fantasma bancarrota" que afirmavam ser só português, mas que afinal tinha sósias por tudo quanto é país europeu.
Grave,muito grave mesmo,caro amigo Miguel,é ter de reconhecer,que a sua máquina de propaganda provoca um bloqueio intelectual em milhares e milhares de portugueses, tornando-os verdadeiros "zombies",incapazes de vontade própria.
Camões,se hoje ressuscitasse,estou convicto,rasgaria de raiva o seu épico manuscrito e penitenciar-se-ia pelo seu engano.
Cumprimentos
Miguel Fontes
Meu caro amigo
ResponderEliminarO seu grito de revolta,permita-me a minha brutal franqueza,não passa dum grito num deserto onde os oásis são coisa muitíssimo rara.
Recordo-lhe,que somos descendentes dos maiores esclavagistas que o Mundo conheceu,daí que deva interpretar estas contratações de enfermeiros e nutricionistas (os médicos não esperam pela demora),como meras ressuscitações/recuperações culturais de usos e costumes antigos,que deram a inúmeros figurões cá das berças,a projeção social,que só o dinheiro traz.
Adicione à mistela o nosso velho masoquismo e congénito fatalismo e depressa concluirá,que um "isco de 3€/hora",é suficiente para fisgar peixe em quantidade mais que suficiente para alimentar os esclavagistas da era moderna.
Um abraço
João Valdoleiros
Dr João,
ResponderEliminarA minha opinião é muito crítica perante este tipo de situações. Não tenho qualquer problema em reconhecer no PS casos que tais, nomeadamente o do (Eng.) José Sócrates. Este tipo de situações não valorizam o nosso sistema democrático pois deixa espaço à imaginação de qualquer português e permite esboçar no horizonte um AMPLO espaço para que caminhos menos honrosos cheguem aos mesmos destinos que aqueles que escolhem fazer o trabalho dia a dia, que aqueles que procuram através do estudo, do mérito profissional e académico estabelecer um percurso que coabite com o sucesso pessoal e profissional. Perante este tipo de episódios ficam sempre por responder questões como: para que estudo eu? Para que aprendo profissões? Para quê? Quando o caminho é tão mais fácil por outras latitudes. Enfim... Espero nunca me deixar seduzir por este tipo de comportamentos, mas que irrita irrita... Muito!