segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A eterna desculpa de Manuel Moreira

Os anos podem passar, as condições podem mudar, mas há algo que permanecerá igual: a desculpa constante de Manuel Moreira com o passado. 


De facto, a dívida que o actual presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses herdou, não pode ser esquecida. As condições não foram (nem são) fáceis. No entanto, há que destacar que a desculpa do passado não serve para tudo. 



Já lá vão quase oito anos desde a tomada de posse e muito pouco mudou. Se antes éramos já um dos concelhos mais atrasados do país, agora essa condição agravou-se. De acordo com um estudo elaborado pela Universidade da Beira Interior, somos agora o 12.º pior município do país para se viver (ver aqui), entre os 308.



E há problemas que são bem conhecidos dos marcoenses: a reduzida cobertura da rede de água e saneamento (uma das mais baixas do país), a falta de dinâmica da economia concelhia, as ligações ferroviárias entre a cidade e a estação de Caíde (Lousada), a destruição da linha do Tâmega, a inexistência de uma política de mobilidade interna, uma falsa agenda cultural...


São só alguns exemplos do que sente a população que cá vive. Há acções e iniciativas para as quais pouco ou nenhum dinheiro será preciso, mas a vontade de fazer parece tão pouca que chega a causar vergonha alheia. 


Precisamos de uma câmara municipal mais aberta, de um presidente que sinta diariamente todos estes problemas, que tente fazer mais e melhor. Não precisamos de festas, não precisamos de falsas promessas, não precisamos de obra para inglês ver. Precisamos sim de mais trabalho, de coisas que por mais pequenas que possam parecer, acabem por fazer toda a diferença. 



Não precisamos que nos mintam. O Marco não tem turismo ou uma boa qualidade de vida. Mas podia ter. A culpa não é toda sua, senhor presidente, mas vai ter de concordar, já podia ter feito bem melhor.



E se o passado não pode servir para Manuel Moreira se desculpar perante os marcoenses, também o futuro não o poderá ser. Isto porque por aí tem surgido (novamente) o medo do regresso de Ferreira Torres. E, tendo isso em conta, muitos já se aproveitam do facto para não deixar fugir o "voto útil". 



Voto útil será aquele que rompa com o passado. E do passado já faz parte o actual presidente... Por muito que ele se esqueça disso. 

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