Caros leitores,
Divulgamos aqui no nosso espaço, com enorme prazer, um texto da autoria de João Valdoleiros... Uma pequena amostra do que estará por vir, brevemente... No nosso blogue.
Sobre a recente e muito publicitada colocação de dívida pública portuguesa nos mercados, ou seja, os custos da credibilidade.
As trombetas dos mass-média ao serviço do Poder instituido soaram vibrantemente com esta vitória de Pirro, esquecendo como então, que os custos da vitória eram tão dolorosos, que jamais o mundo (leia-se Portugal), se esqueceria de tal.
Hoje, depois duma desmesurada euforia, regressamos à realidade do país que temos, recordando os custos de tal vitória pírrica – um desemprego galopante, uma sucessão de falências em geral de micro, pequenas e médias empresas (afinal aquelas que suportam o tecido empresarial e garantem postos de trabalho), uma economia numa crescente espiral recessiva (até o FMI chama à atenção de Gaspar), à evasão fiscal generalizada (salve-se quem puder, porque os off-shores são só para os tubarões do sistema), a um orçamento de estado totalmente inexequível (logo se verão os “buracos” da Madeira, dos BCPês, dos Banifs e das Galileis deste Portugal, que Gaspar na sua prática político-financeira irá tapar, com o dinheiro dos funcionários públicos e pensionistas).
Não interessa e muito menos importa esclarecer os contribuintes portugueses do valor dos juros que se vão pagar aos mercados por estes empréstimos. O mínimo que se pode concluir e que é do conhecimento geral, é que, como Portugal aumentou a sua credibilidade externa (não é o que apregoam?), os juros vão ser mais elevados que os praticados pelas instâncias europeias (ora digam lá se não é outra vitória de Pirro?).
A crediblidade paga-se, não?
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