quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Divagando... Pelo Carnaval


Divagando....
A quadra carnavalesca parece ter chegado mais cedo a Portugal, e também ao nosso Marco, alegremo-nos com tal antecipação, pois sobram os motivos para o nosso gáudio e risonha crítica, passíveis de serem apresentados nos corsos carnavalescos, proporcionando-nos uma excelente terapêutica ( leia-se, “purga”) para a cura, pelo menos temporária, da crise económica, financeira e social que a muitos afeta. Intoxicados, que andamos pela ingestão das receitas miraculosas da troika, este período de verdadeiro pré-carnaval vem a calhar.
Gaspar, promovido a candidato para encarnar a figura do Rei Momo, esforça-se com os seus esgares para a todos nos convencer, que o seu carnaval é um sucedâneo do conhecidíssimo e reputado Carnaval de Munique, deixando escapar assim a sua faceta germanófila.
Enfim, gostos não se discutem e cada um, democraticamente falando, come do que gosta, mas considero imperdoável e inaceitável, que o Rei Momo Gaspar me obrigue a gostar dos cozinhados da Sraª Merkel ou do seu adjunto Olli Rehn.
Não, não me esqueci que no nosso Marco também a quadra carnavalesca já começou. O povo ainda terá que aguardar uma boa temporada para ver desfilar o corso com as mais diversas figuras, desde as que se desunham a tentar convencer os seus pares que eles, sim, são os melhores para se candidatarem a reis momos, até aqueles, que pretendem disfarçar-se de “anjinhos” isentos de todos os pecados, ou querendo apenas desfilar com máscaras de bons samaritanos, sempre atentos a cuidar de sarar toda a espécie de feridas.
Não fora estes carnavais e morreriamos de pasmo, pois a cassete da partidocracia está gasta, de tão repetida e com cheiro a mofo.Necessita-se dumas lufadas de ar puro, bem oxigenado, sem odores envenenados.
Usa dizer-se que cada um come do que gosta e neste carnaval ainda não se foge à regra, cada um disfarça-se com a máscara que lhe dá mais jeito, até que um dia se faça luz na mente daqueles que realmente têm o poder nas suas mãos, o direito de voto. Vivo com a esperança de um dia assistir a uma boa e desejada vassourada.
João Valdoleiros

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