quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Três investigadoras portuguesas premiadas





Três investigadoras portuguesas foram premiadas pelo estudo da resistência do vírus da sida aos antirretrovirais, da regeneração da medula e da produção de energia limpa, a partir de uma bactéria.
O galardão, no valor unitário de 20 mil euros, é instituído pela L'Oréal Portugal, e distingue Ana Abecasis, Ana Ribeiro e Leonor Morgado, e foi entregue em Lisboa, na cerimónia de encerramento das "Medalhas de Honra L'Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência", edição 2012.


Ana Abecasis está a estudar a resistência do VIH aos medicamentos antirretrovirais, enquanto Ana Ribeiro, a regeneração da medula no peixe-zebra, e Leonor Morgado, a produção de bioenergia a partir da bactéria "Geobacter sulfurreducens"

Ana Abecasis, 33 anos, investigadora no Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, propõe-se na sua investigação, centrar-se em perceber de que modo as mutações do HIV são transmitidas e o que torna o vírus mais resistente aos antirretrovirais, obrigando os doentes a fazer tratamentos mais caros, mais tóxicos e menos eficazes.

Já Ana Ribeiro, 32 anos, investigadora no Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa, quis perceber como é que o peixe-zebra, consegue regenerar a sua medula, e no que é que ele difere em relação aos mamíferos. Segundo a investigadora, o peixe-zebra quando faz uma lesão na medula espinal fica paralisado, mas, passado um mês, recupera a sua função motora e volta a nadar. Tal deve-se à regeneração celular da medula.

Leonor Morgado, 29, investigadora no Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, teve por base a bactéria “Geobacter sulfurreducens”, presente nas lamas e o objetivo foi estudar a produção de energia mais ecológica.
De acordo com a cientista, a bactéria tem "capacidade de transferir eletrões para o exterior das suas células", favorecendo a "remoção de compostos poluentes do meio ambiente" (biorremediação), e o "uso de células microbianas, nas quais os microrganismos crescem produzindo corrente elétrica" (bioenergia).


A nível internacional, o prémio L'Oréal-UNESCO For Women in Science reconhece, desde há 14 anos,  anualmente cinco cientistas, uma de cada continente. Há 12 anos, foram também lançadas as Bolsas Internacionais UNESCO-L'Oréal que apoiam, anualmente, 15 jovens cientistas em doutoramento ou pós-doutoramento.
Globalmente, com estes projetos e todos os que à semelhança das “Medalhas de Honra” se estão a desenvolver localmente, a L’Oréal já levou o seu apoio a cerca de 1.000 investigadoras de 100 países, reforçando o seu compromisso para com uma ciência mais justa e equitativa.


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