domingo, 2 de outubro de 2011

Não se faz!

Esta semana fomos surpreendidos com a triste revelação de que depois de tudo marcado e anunciado, o governo decidiu anular a atribuição dos prémios destinados aos 2 melhores alunos de cada escola secundária pública, o que considero um ato vergonhoso. Ao tomar esta atitude, o nosso governo terá defraudado os anseios de milhares de jovens, alguns deles, possivelmente, com dificuldades económicas e para quem este prémio poderia representar o começar de um novo ciclo, com um maior alívio financeiro, pois como todos sabemos o prémio representa o valor da propina cobrada pela maior parte das Universidades públicas. Algumas escolas estão até recorrer a entidades privadas para que "patrocinem" esse prémio, de modo a colmatar a "falha" do Estado, a troco de alguma publicidade, julgo.

Apesar de ter sido habituado desde pequeno a que os meus pais me dissessem que o meu "emprego" era a escola e que por isso não tinha direito a prendas por ter boas notas e por passar de ano, embora hoje, à luz de outro critério, saiba que as notas verdadeiramente importantes não são essas e que dar erros, aos montes, nos ditados não seja um caso assim tão sério, considero este prémio implementado pelo anterior governo, uma boa medida para aumentar a motivação dos estudantes.

É certo que alguns alunos não precisam deste prémio para estarem motivados nos estudos e que o simples facto de quererem ser bons naquilo que fazem ou de quererem tirar boas notas para conseguirem entrar no curso que sempre sonharam lhes chega, no entanto, infelizmente, não podemos olhar para esses casos como sendo a regra. Por vezes o sucesso de alguns alunos é afetado pelo seu estatuto económico ou pelo ambiente familiar e há necessidade de criar estímulos adicionais para que consigam mais motivação.

Foi tudo isto que o Estado, e quem o governa, deitou por terra ao "tirar o que prometeu.


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