quarta-feira, 9 de maio de 2012

O POVO faz toda a diferença II





Não era própria a intenção de escrever este texto de modo segmentado (I, II e III), porém fi-lo, de forma a evitar qualquer indução de erro relativamente aos factos sucedidos nas semanas transatas, almejando somente enaltecer um pequeno-grande aspeto a ter em conta: com esta segunda parte quero deixar um pequeno tributo ao trabalho feito pelos fantásticos militantes da JS Marco de Canaveses. A estrutura concelhia da JS Marco esteve, como disse antes, desde o primeiro momento com a população marcoense (mesmo que, para alguns, o 1º momento seja 2010: sim estivemos com os marcoenses, fizemos TANTO quanto outras forças políticas fizeram nesse momento!).

Existiu, contudo, um momento de viragem da nossa ação: 15 de Abril de 2012. Se, antes, tínhamos acompanhado o desenrolar da situação, tínhamos dado a conhecer aos marcoenses a realidade que se desvendava (através do blogue, páginas e grupos nas redes sociais), tínhamos entrado em contacto com os intervenientes (Comissão de Utentes, CP, REFER e até deputados da Assembleia da República) alertando para a possibilidade da supressão das ligações, a partir desse dia a nossa ação tornou-se muito mais incisiva, concisa e pragmática. A JS Marco Canaveses sabia que os marcoenses teriam de sair à rua, teriam de mostrar toda a sua indignação e descontentamento perante uma hipótese que não deveria nunca ter sido colocada.

A JS Marco Canaveses fez então uso de todos os meios possíveis e impossíveis no sentido de mobilizar o máximo de marcoenses e não só para uma causa que ultrapassa, indubitavelmente, as fronteiras do município.

Fizemos uso intensivo das redes sociais (quantos de vocês não souberam do que se iria suceder através de comunicações da JS e dos seus membros?), criamos suportes de divulgação, tais como imagens, cartazes, banners, tarjas e ainda vídeos (todos estes elementos estão visíveis ao longo do texto). Esta face mais visível da nossa ação permitiu, na minha perspetiva, divulgar a manifestação de forma muito eficaz.

Por outro lado, concomitantemente, estava a ser desenvolvido um trabalho menos visível aos olhos dos munícipes: movimentações no sentido de assegurar a maior abrangência regional possível. Os resultados estavam à vista de todos: TODAS AS ESTRUTURAS CONCELHIAS DA JS PORTO ESTIVERAM COM OS MARCOENSES, marcando presença na manifestação; além disto, verificou-se ainda a presença dos presidentes das Câmaras Municipais de Baião e Amarante, demonstrando a solidariedade dos Socialistas para com o povo marcoense. Mais ainda, entramos em contacto com diversos autarcas marcoenses, procurando assegurar a sua presença na mesma manifestação (foi fantástico, neste particular aspeto, o contributo da Junta de Freguesia do Torrão: quem não escutou o grupo de bombos, liderados pelo Sr. Manuel Lopes?).

Foi, sem espaço para dúvidas, um trabalho intenso mas, olhando para trás, profícuo e, acima de tudo, justificado... Pois o Marco de Canaveses é uma causa bem maior que qualquer força partidária. Foram dias de suor, dias em que a cor partidária foi, inúmeras vezes, esquecida.


Foram muitos os marcoenses que reconheceram mérito ao trabalho desenvolvido pela JS Marco Canaveses pela causa ferroviária, conferindo algum brilho ao esforço por nós desenvolvido. Um muito obrigado pelas palavras!


Hilariante foi notar as expressões de desagrado de alguns, pouquíssimos (muito poucos mesmo), conterrâneos perante tamanha mobilização da JS Marco Canaveses. Tendo mobilizado mais de 70 camaradas para uma causa que não podia ser perdida, tendo demonstrado a força viva que esta estrutura é, tendo revelado que, quando é o Marco de Canaveses que está em risco, não há energias a poupar e contribuindo, deste modo, para o sucesso da manifestação marcoense... Foi deveras cómico (sempre fui fã de eufemismos) verificar o desagrado de outros! Não era o Marco de Canaveses que estava desagradado... Eram alguns!

Corro o risco, eu sei, de parecer querer glorificar o trabalho da JS Marco Canaveses... Não quero! Pretendo apenas salientar o trabalho que foi desenvolvido e as forças despendidas no sentido de mostrar que o Marco de Canaveses não estava disposto a perder esta batalha. Não quero, muito menos, fazer qualquer aproveitamento político do sucedido (menos aproveitamento político seria impossível, o dia teria sido propício para o fazer!)... Quero que estas sejam as letras de um simples OBRIGADO a todos que ajudaram nesta luta (que não está ainda terminada). Para terminar este capítulo, sublinhar apenas que, na minha ótica, aproveitamento político consiste em pouco ou nada fazer e, no momento certo, aparecer de mãos a abanar e nada para acrescentar à exceção de um "presente". Palavras leva-as o vento...

Continua... Para a 3ª e última parte.

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