quarta-feira, 6 de março de 2013

Divagações por João Valdoleiros




O Presidente da República deveria ser, mas prima por não querer ser o garante dos princípios e direitos constitucionais dos cidadãos, já que  jurou defender a Constituição da República. Parece mais interessado, e ele lá saberá porquê, em demonstrar exatamente e constantemente o contrário, com o seu ruidoso silêncio.
Em consequência de tal, ocorre-me a ideia, que sua Ex.cia possa ter sido sequestrado (ideologicamente, pelo menos), coisa preocupante sem dúvida. Diria até, fora de todas as especulações possíveis à volta do seu mutismo, dado o temperamento sereno, pacífico, do nosso bom povo lusitano, incapaz de se revoltar para cuidar e exigir os seus direitos constitucionais, mas antes e sempre disposto a revelar o seu masoquismo.
Os mass-média deram à estampa, que 90% dos guarda-costas da P.S.P., se encontram ao serviço de suas Ex.cias os ministros e outros governantes deste “jardim plantado à beira-mar”, garantindo-lhes a plena integridade física, 24 horas sobre 24 horas. E por acréscimo, um sono de justos.
Ora, tal decisão, com toda a certeza saída dum cérebro tão tortuoso, como engenhoso dum tal Relvas (Macedo, parece-me bem menos timorato e apenas uma figura de retórica) só revela, até nisto, a mais completa incongruência. Ou seja, não diz “a cara com a careta”.
Obviamente, que me refiro à bravata, que um tal Relvas teve ao “atropelar” a música e a letra da canção de Zeca Afonso, “Grandola, vila morena”, talvez o maior símbolo da nossa libertação dum regime ditatorial iníquo e desumano.
Percebemos, agora, donde lhe veio a “coragem”, afinal paga pelos dinheiros de todos nós.
Deixo aqui, ao licenciado Relvas a letra da canção de Zeca Afonso, para que possa pedir os devidos “créditos” à universidade do Zé Povo.

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ò cidade

Dentro de ti,ò cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola,vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola,vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade

Grândola, a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

2 comentários :

  1. Quem viu e quem vê o presidente de todos os portugueses. Há 2 ou 3 anos não passava uma semana sem um recado bem incisivo aos responsáveis políticos do governo socialista. Interrompia férias e tudo o mais... Agora, quer um protagonismo inversamente proporcional à sua influência. Será que ele não teve influência na queda do anterior executivo? Enfim. Pena é que se assistam a posições completamente díspares em função das cores políticas vigentes. Contra o meu partido falo que é tudo menos exemplar nesse aspeto... Mas é lamentavel o exemplo que os jovens têm na sociedade e na classe política atual. É um enorme gosto contar com os seus contributos, dr João.

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    1. Caro amigo Miguel

      Fico-lhe grato pelas palavras elogiosas aos meus contributos ao vosso blogue.Faço-o com a convicção, que de algum modo poderei contribuir com a minha experiência de vida(política também),para que os jovens marcuenses de todas as cores partidárias,sem excepção,mas em especial os militantes e simpatizantes da J.S.,continuem com a sua luta por um Marco melhor e que,simultâneamente,contribua para uma causa que a todos nós deverá interessar,a abolição duma política de partidocracias obsoletas,comprometidas com interesses díspares da Democracia e a criação duma praxis partidária,que todos motive e envolva.
      Que sejam os jovens de hoje,os refundadores da Democracia em Portugal.Quanto aos restantes membros da sociedade e da política,só nos resta penitenciarmo-nos para expiarmos os nossos enormes erros e contribuirmos no pouco tempo que nos resta de vida para que os nossos jovens possam vir a ter um legado de que ainda se possam orgulhar.
      Um abraço
      João Valdoleiros

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