terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Mudam-se os tempos...

Toda a gente se lembra disto?


e disto?


Pois é, toda a gente se lembra de como foi contestada, no tempo do anterior governo, uma suposta "falta de liberdade de expressão", lembram-se, também, da "claustrofobia democrática e constitucional" tão apregoada, tanto por vozes à esquerda como à direita, mas sobretudo à direita. 
Toda a gente recorda, também, o alarido à volta do afastamento de Manuela Moura Guedes. Contudo, passado algum tempo, não vejo nenhum dos defensores da tal "liberdade de expressão" vir a terreiro convocar manifestações, etc, etc, face a tudo o que vai acontecendo. 
Todos nos lembramos da célebre frase do Jorge Coelho, "quem se mete com o PS, leva", pois bem, parece que agora a realidade é, "quem se mete com o Relvas, leva". 
Ora vejamos, começou com a demissão da Raquel Freire e do Pedro Rosa Mendes, na Antena 1, depois a demissão da administração da RTP, o conselho de redacção do Público, a demissão do Reitor da Lusófona e mais haverão que não sabemos, tendo o último, acho eu, sido o Nuno Santos na RTP. Todos os que podiam ser obstáculo a alguma coisa vão sendo irradiados.
Sabemos, também, quem está agora nos cargos que entretanto ficaram vagos e quem dirige, ou é dono, de outros meios como Ongoing, Sol, etc.
Será que agora não há, realmente, falta de liberdade?  O que é feito dos que criticavam?
Possivelmente estarão dependentes de algum gabinete ministerial, enquanto outros esperarão que finalmente os ponham como correspondentes lá na América do Norte, não sei...
O que é certo é que com estes ajustes, tudo vai ficando controlado para que não haja grandes alaridos e o governo vá avançando na legislatura, tranquilamente. Prova disso é que ainda neste fim de semana, Miguel Relvas, discursava numa qualquer "universidade laranja", mais satisfeito que nunca, depois de todas as polémicas de que foi alvo. 



Sem ninguém pela frente será fácil concretizar todos os anseios, nomeadamente, as privatizações. 


1 comentário :

  1. Meus caros jovens socialistas,e não só,
    permitam-me sugerir-lhes a leitura duma pequena (grande)obra literária da autoria de Rob Riemen,intitulada "O eterno retorno do Fascismo".
    Da sua atenta leitura,poderão extrair conclusões deveras interessantes e simpáticas coincidências com a nossa atual situação política.
    Em resumo,"O Fascismo não dorme nunca".

    Um abraço
    João Valdoleiros

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