I. As prioridades, em muitas ocasiões da vida, refletem em muito aquilo que pensamos ou consideramos mais importante. Para este Governo, nos dias que que vivemos, a prioridade é claramente a imagem política do partido e do governo relativamente ao diferendo com Paulo Portas, uma vez que foi tão célere a convocatória para reunião dos órgãos nacionais do partido... Uma rapidez que assombra o mais pacato dos portugueses, visto que essa mesma rapidez não se tem verificado relativamente a uma das maiores manifestações desde o 25 de Abril de 1974: no dia 15 de Setembro saíram 1 milhão de Portugueses à rua para por em causa tudo aquilo que Passos Coelhos, Paulo Portas e companhia têm feito ao longo do ano, não obstante os números massivos da manifestação... Ouvem-se apenas grilos a ecoar nos jardins de São Bento relativamente ao descontentamento nacional. Coisa secundária, portanto...
II. A Reorganização da Administração Local tal como está plasmada na lei nº 22/ 2012 é, na minha modesta opinião, redutora, ineficaz e insuficiente. Esta lei, que poderia criar as condições para uma reorganização condigna para com as populações, castra à partida muito daquilo que poderia alcançar: representatividade, eficiência administrativa, regionalização, proximidade de qualidade... Foi vergonhoso assistir ao não consenso por parte do PSD e CDS relativamente à constituição dos executivos municipais... Em cima de tudo isto, temos no Marco de Canaveses a condução do pouco que resta (agregação de freguesias) de forma deficitária, autista e autocrática!!! Lamentável... Quando a mudança se exige... O calor aperta nos nós das gravatas! Depois estranhe-se que a sociedade esteja de costas voltadas para a política!!
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